sábado, 19 de agosto de 2017

QUE DESABAFO MAIS EDUCADOR; EU SINCERAMENTE TE AMO EM CRISTO; PADRE ZEZINHO


 
 

            Estou magoado com um colega meu, enquanto escrevo este prefácio. Tentei fazer o bem na sua diocese, desgastei-me física e mentalmente durante cinco dias, falei a mais de 1.000.000 de pessoas pelo rádio, falei pessoalmente a mais de 2.000 pessoas e, com pressão baixa, quase caindo de cansaço, dei dois shows em seguida, para resolver o problema de excesso de ingressos vendidos por cambistas sem escrúpulos, quase acabei no hospital enquanto me consumia para servir os fiéis de sua cidade...- como resultado leio num boletim por ele dirigido apenas a lacônica observação de que;

1-     Eu não estava num dos meus melhores dias, pois ficara doente...

2-     Apelei para a dublagem, o que desagradou bastante aos fãs...

3-     O show foi tumultuado pela vendagem excessiva de ingressos...

Nada mais acrescentou. Quem o ler entenderá que meu trabalho foi apenas isso. Nunca saberá do bem que foi feito e do comportamento maravilhoso do povo, das orações, do silêncio, das alegrias, da partilha, dos gestos de igreja que aconteceram naqueles dias. Não. Ele não foi bom para comigo. Acentuou três aspectos negativos e ficou neles, quando havia mais de 100 aspectos positivos...

            Mas ele não tem culpa. Pensando bem, somos todos assim. Quando não simpatizamos muito com uma pessoa, damos ênfase aos possíveis fracassos e ignoramos seus sucessos ou seu lado bom. Eu mesmo tenho enorme facilidade em elogiar meus amigos e as pessoas que admiro, enquanto acho difícil falar do lado bom das pessoas de quem discordo ou que não amo bastante...

            Nós, seguidores de Jesus, gostamos de posar de bons e honestos. Mas, em geral, somos bons só quando nos interessa ser bons, e só com aqueles que nos despertam simpatia. Com os demais, somos maus ou indiferentes...

            NA VERDADE, NÃO SOMOS TÃO MAUS QUANTO DIZEM QUE SOMOS, MAS ESTAMOS LONGE DE SER BONS QUANTO PENSAMOS SER...

            Espero que este livro (A DIFÍCIL ARTE DE SER BOM) seja franco e claro. Ser bom não é nem nunca foi fácil;- por causa de nós mesmos e por causa dos outros. Quem sabe, falando de meus tropeços, eu ajude outras pessoas a repensarem seu conceito de bondade. Não façam como eu, que fiquei magoado porque alguém só viu o aspecto negativo de minha luta por servir seus companheiros de igreja. Se eu fosse bom de fato, teria protestado contra sua injustiça, sem ficar com raiva...

            JÁ ACONTECEU ISSO COM VOCÊ?

COMENTÁRIO;- este livro é para mim, livro de cabeceira. Ele me acalma – me ensina- me acalenta- e me deixa mais sábia. Mais forte para enfrentar o povo que está sempre com muitas pedras nas mãos. Obrigado padre.

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