A POMBA E A FORMIGA -
ANA F. PEREIRA.
UMA PEQUENA FORMIGA TINHA PARADO DE
TRABALHAR PARA ADMIRAR UMA POMBA BRANCA QUE, DE ASAS ABERTAS, VOAVA PELO CÉU. O
SEU ENTUSIASMO PELA BELÍSSIMA AVE FOI TÃO GRANDE QUE NÃO REPAROU ONDE PUNHA AO
PÉS E, SEM SABER COMO, CAIU NA ÁGUA DE UM REGATO QUE ALI CORRIA, LEVANDO AS
FOLHAS CAÍDAS. O REGATO TERIA LEVADO TAMBÉM A FORMIGA, SE A POMBA NÃO A VISSE
DO ALTO.
INTERROMPEU O VOO E
DESCEU ATÉ QUASE TOCAR AS ÁGUAS. DEPOIS, COM UM FIO DE GRAMA NO BICO, AJUDOU A
SALVAR-SE A POBRE FORMIGUINHA, QUE SAIU GOTEJANTE DO REGATO E ESTENDEU-SE NA
MARGEM PARA SE ENXUGAR.
COMO FAREI PARA DEMONSTRAR MINHA GRATIDÃO? PENSAVA ELA,
ACOMPANHANDO COM O OLHAR A GENEROSA AVE, QUE VOLTARA A VOAR. MAS A OCASIÃO NÃO
TARDOU A APRESENTAR-SE. QUANDO CHEGOU O MEIO-DIA, A POMBA, CANSADA E SOFRENDO
CALOR, POUSOU NUM RAMO DE ÁRVORE E ADORMECEU. UM RAPAZ QUE ANDAVA Á CAÇA DE
PÁSSAROS COM O SEU ESTILINGUE, VIU A POMBA. ERA PRESA FÁCIL.
IMEDIATAMENTE,
O MENINO PEGOU UMA PEDRA PONTUDA, COLOCOU-A NO ESTILINGUE E ESTICOU O ELÁSTICO,
PRONTO PARA O ATAQUE. A FORMIGUINHA, QUE VOLTAVA PARA CASA, VIU COM ANGÚSTIA
AQUELE GESTO.
QUE
FAZER PARA AJUDAR A POMBA? APROXIMOU-SE DO CALCANHAR DO RAPAZ E LHE DEU UMA
FERROADA. O MENINO SOLTOU UM GRANDE BERRO ERGUENDO O PÉ.
O SEU GRITO
ACORDOU A POMBA, QUE LOGO ABRIU AS ASAS E VOOU PARA O CÉU AZUL, ENQUANTO A
FORMIGUINHA, FELIZ, AGRADECIA A DEUS, PORQUE Á ELA, PEQUENININHA, FORA
PERMITIDO PAGAR UM FAVOR QUE RECEBERA.
QUANDO A ÚLTIMA ÁRVORE
TIVER CAÍDO, QUANDO O ÚLTIMO RIO TIVER SECADO, QUANDO O ÚLTIMO PEIXE FOR
PESCADO, VOCÊS VÃO ENTENDER QUE O DINHEIRO NÃO SE COME. GREENPEACE.
O PECADO ESMAGA O
CORAÇÃO DO PAI, MAS A ORAÇÃO ESMAGA O MAL. EDNA.
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