quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

TEXTO DE PARA VIVER EM PLENITUDE. JOHN POWELL.


            Todo bebê que chega a este mundo é um ponto de interrogação vivo. A primeira pergunta feita é sobre si mesmo;- quem sou eu? o bebê começa a descortinar a realidade física;- mãos, pés, e assim por diante. Passa pelas experiências de estar molhado e de sentir fome. Depois vem a descoberta da realidade emocional pessoal;- segurança, insegurança, necessidade de gratificação e atenção.
Em um ponto qualquer de sua crescente consciência de si mesmo, a criança descobre que não é toda a realidade, que todos os outros seres não são meras extensões dela própria. Esse evento é o ponto de partida para a descoberta dos outros, para a alteridade. Quem são eles? Alguns são calorosos, outros frios. Alguns podem ser manipulados pelo choro, outros não.
            Para o bebê, o que todas as pessoas tem em comum é que existem. São uma parte do mundo. A criança tem de aprender a se relacionar com elas. Assim, desde os primeiros dias de vida, a criança começa o trabalho de interpretar a realidade e ajustar-se a ela. Na medida em que aqueles olhinhos começam a focalizar a realidade física, sua inteligenciazinha começa seu trabalho de compreender, interpretar e avaliar.
É o começo de uma visão que vai moldar uma vida humana. O corpo humano é instintivamente adaptável. Os poros fecham-se com o frio. As pupilas dos olhos contraem-se com o brilho da luz. Assim, á medida que o bebê cresce, desenvolve todo um repertório de reações de adaptação psicologia comparáveis ás do corpo.

            Ao olhar para cada nova criatura deste mundo, é preciso fazer um ajuste qualquer. Esse processo acabará constituindo a interpretação e o ajuste personalizado á realidade de um ser único, irrepetível. 

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