terça-feira, 5 de junho de 2018

G.P.S.

G. P. S.

            A nossa existência é uma peregrinação;- o ser humano é viator – está a caminho – é um peregrino que percorre uma estrada até a meta desejada. O Papa Francisco o apresenta como ícone de misericórdia dessa peregrinação que realizamos na nossa vida. Uma peregrinação cuja meta a alcançar é a Misericórdia Divina e que exige empenho e sacrifício, porque o único caminho que conduz á misericórdia de Deus é, segundo o bem aventurado P. Miguel Sopocko, o caminho da penitência, o caminho da conversão.
            As peregrinações são tempos fortes de oração que nos colocam diante das realidades mais profundas de nossa passagem pelo mundo. Evocam a nossa marcha na terra para o Céu e restituem ou fortalecem em nós a consciência de que o tempo da nossa peregrinação terrena é também o tempo da misericórdia de Deus para conosco. Tempo que nos é dado para realizarmos a própria vida segundo o plano de Deus e para decidirmos o nosso destino último.
            Uma vez soada a nossa última hora, cessado o bater do nosso coração, tudo estará terminado para nós, o tempo de adquirir méritos e também deméritos. Tal e qual a morte nos encontrar, nos apresentaremos a Cristo Juiz.
            O nosso grito de súplica, as nossas lágrimas, os nossos suspiros de arrependimento – que enquanto estávamos sobre a terra poderiam ter ganhado para nós o coração de Deus e feito de nós, com a ajuda dos sacramentos, de pecadores santos – já para nada mais servem;- o tempo da misericórdia foi transcorrido, agora começa o tempo de justiça.
            No Diário de Santa Faustina, a secretária da Misericórdia Divina, repetidas vezes encontramos advertências semelhantes dirigidas a nós pelo próprio Jesus;- ANTES DE VIR COMO JUSTO JUIZ, ABRO DE PAR EM PAR AS PORTAS DA MINHA MISERICÓRDIA. QUEM NÃO QUISER PASSAR PELA PORTA DA MISERICÓRDIA, TERÁ QUE PASSAR PELA PORTA DA MINHA JUSTIÇA. ENQUANTO É TEMPO, RECORRAM Á FONTE DA MINHA MISERICÓRDIA, TIREM PROVEITO DO SANGUE E DA ÁGUA QUE JORRARAM PARA ELES. NESSA ÚLTIMA HORA (na hora da nossa morte) , A ALMA NADA TEM PARA A SUA DEFESA, ALÉM DA MINHA MISERICÓRDIA. FELIZ A ALMA QUE, DURANTE A VIDA, MERGULHOU NA FONTE DA MISERICÓRDIA, PORQUE NÃO SERÁ ATINGIDA PELA JUSTIÇA.

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