Aos 22 de Janeiro de 1935
nascia em Moscou o Padre Aleksandr Mien. Seus pais eram judeus sem fé.
A mãe
era atraída pelo cristianismo, e se fez batizar junto com o seu filho de poucos
meses. (que belo).
Esse
menino cresceu profundamente religioso e com uma vocação precoce para o
sacerdócio.
Este
livro romanceado de Jesus Cristo o Filho de Maria, é de muito proveito para
todos nós, a muitos anos eu fiquei sabendo deste Padre, e sempre gostei de ter
noticias dele. Um grande profeta que faleceu em 1990, sacerdote ortodoxo russo.
Teve
coragem de assumir um grande desafio, em apresentar ao seu povo A FIGURA DE
JESUS.
A
abertura cultural e religiosa, da então União Soviética, que foi promovida pela
perestróika após 70 anos de revolução socialista.
Tornou-se
um best-seller na Rússia, sendo em seguida traduzido nas principais línguas.
Sempre
me chamou á atenção pessoas com forte dedicação, seja lá no que se propõe a
fazer. Num clima terrível que ele viveu, e imprimiu seu caráter religioso, não
posso deixar de citá-lo no nosso blog de catequese.
Neste
livro, ele põe seu amor e seu talento, de uma forma maravilhosa, que o leitor
ficará atento, e saberá captar nas entrelinhas, toda a coragem deste Padre tão
querido.
Padre
Aleksandr escreveu dirigindo-se, ao povo soviético da década de Sessenta, para
tornar Jesus Cristo mais conhecido.
Fiel á
Igreja Ortodoxa num dos momentos mais difíceis de sua história, sempre com
muitos compromissos, era ao mesmo tempo, aberto A UMA RELAÇÃO DE VERDADEIRA
FRATERNIDADE COM TODAS AS IGREJAS CRISTÃS.
Vou ser
fiel na introdução do livro JESUS DE NAZARÉ. Porque eu gostaria que vocês do
deserto meditassem nestas paginas maravilhosas deste livro.
Uma
chuvinha fina, quase uma benção do céu, caiu por alguns instantes no mesmo
momento em que o corpo agora já sem vida do PADRE ALEKSANDR parou nos degraus,
ao sair pela última vez daquela igrejinha rural onde trabalhava durante anos.
Uma brisa suave soprou os galhos de árvores altíssimas, fazendo voar sobre a
multidão que, atônita, rezava fora da igreja, algumas folhas já amarelecidas
das bétulas.
Naquela
manhã de começo de outono, o tempo era instável, como instável era o momento
histórico que se vivia na Rússia, momento que eu tive o privilégio de partilhar
com aquela gente. Talvez essa mesma labilidade generalizada fosse a causa
remota daquela morte terrível, daquele assassinato bárbaro e sacrílego. Mas o
povo russo, acostumado á incerteza, aos difíceis tempos tumultuados, as
mudanças repentinas, ambíguas e sanguinolentas, aprendeu a sofrer calado, mas
com dignidade.
Do meu
canto, observava os rostos das pessoas ao meu lado, os filhos espirituais do
Padre Aleksandr. Serioja, o escultor, chorava em silêncio, sem enxugar as
lágrimas, segurando uma vela na mão. O desalento e as lágrimas em nada
perturbavam;- pelo contrário, só realçavam a extraordinária dignidade dos
russos perante o sofrimento.
Mais
uma vez, o sangue de um ministro de Deus embebia o solo russo. Dois dias antes,
9 de setembro de 1990, ás cinco da manhã, aquele sacerdote ortodoxo, Aleksandr
mien, cujo corpo agora estava preparado para retornar á terra, fora assassinado
em uma rua de SEMKHOZ, pequena cidade da periferia de Moscou, a caminho da
igreja onde celebraria a liturgia. O assassino, até hoje não identificado,
esmagou-lhe o crânio com um golpe de machado.
Mas o
sangue do PADRE ALEKSANDR era idêntico ao sangue dos profetas da Antiga Aliança
e, justamente como um profeta importuno, fora varrido do caminho. Seus funerais
realizavam-se naquela manhã de outono, no mesmo dia em que SE CELEBRAVA A
LITURGIA DA DECAPITAÇÃO DE JOÃO BATISTA, PROFETA QUE PAGOU COM O SANGUE O PREÇO
POR NÃO FAZER CONCESSÕES, POR NÃO CALAR A VERDADE...
MOSCOU,
JUNHO DE 1996
GIOVANNI
GUAITA.
Mas porque eu estou
escrevendo isto? Simplesmente para lembrarmos que o nosso Brasil é democrático,
e podemos falar sem sermos castigados..
Mas
também percebo, porque eu ouço, que muitas verdades nós não falamos por medo de
sermos repreendidos.
Eu gostaria de fazer um apelo a todos nós da
catequese, não vamos ter uma fé morna, vamos ter uma fé fervorosa e sem medo.
Não vamos calar a verdade, o que for SIM é SIM, o que for NÃO é NÃO. Vamos
profetizar com raça e com fé.
Para
que um dia quando avistarmos o Senhor Jesus, tenhamos a certeza de dizer-lhe
que fiz tudo o que podia. Mas vamos fazer isso tudo com muita educação, e
respeito com todos os nossos irmãos.
Vamos
ajudar nossos Padres com carinho, para fazermos uma Igreja mais santa, sem medo
de nos expor. FAÇAM ISSO POR JESUS E MARIA.
QUE
TODOS TENHAM UMA SANTA QUARESMA.
TUDO POR JESUS, NADA SEM MARIA.
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