domingo, 3 de março de 2013

JESUS, MESTRE DE NAZARÉ. ALEKSANDR MIEN.


 

Aos 22 de Janeiro de 1935 nascia em Moscou o Padre Aleksandr Mien. Seus pais eram judeus sem fé.

            A mãe era atraída pelo cristianismo, e se fez batizar junto com o seu filho de poucos meses. (que belo).

            Esse menino cresceu profundamente religioso e com uma vocação precoce para o sacerdócio.

            Este livro romanceado de Jesus Cristo o Filho de Maria, é de muito proveito para todos nós, a muitos anos eu fiquei sabendo deste Padre, e sempre gostei de ter noticias dele. Um grande profeta que faleceu em 1990, sacerdote ortodoxo russo.

            Teve coragem de assumir um grande desafio, em apresentar ao seu povo A FIGURA DE JESUS.

            A abertura cultural e religiosa, da então União Soviética, que foi promovida pela perestróika após 70 anos de revolução socialista.

            Tornou-se um best-seller na Rússia, sendo em seguida traduzido nas principais línguas.

            Sempre me chamou á atenção pessoas com forte dedicação, seja lá no que se propõe a fazer. Num clima terrível que ele viveu, e imprimiu seu caráter religioso, não posso deixar de citá-lo no nosso blog de catequese.

            Neste livro, ele põe seu amor e seu talento, de uma forma maravilhosa, que o leitor ficará atento, e saberá captar nas entrelinhas, toda a coragem deste Padre tão querido.

            Padre Aleksandr escreveu dirigindo-se, ao povo soviético da década de Sessenta, para tornar Jesus Cristo mais conhecido.

            Fiel á Igreja Ortodoxa num dos momentos mais difíceis de sua história, sempre com muitos compromissos, era ao mesmo tempo, aberto A UMA RELAÇÃO DE VERDADEIRA FRATERNIDADE COM TODAS AS IGREJAS CRISTÃS.

            Vou ser fiel na introdução do livro JESUS DE NAZARÉ. Porque eu gostaria que vocês do deserto meditassem nestas paginas maravilhosas deste livro.

            Uma chuvinha fina, quase uma benção do céu, caiu por alguns instantes no mesmo momento em que o corpo agora já sem vida do PADRE ALEKSANDR parou nos degraus, ao sair pela última vez daquela igrejinha rural onde trabalhava durante anos. Uma brisa suave soprou os galhos de árvores altíssimas, fazendo voar sobre a multidão que, atônita, rezava fora da igreja, algumas folhas já amarelecidas das bétulas.

            Naquela manhã de começo de outono, o tempo era instável, como instável era o momento histórico que se vivia na Rússia, momento que eu tive o privilégio de partilhar com aquela gente. Talvez essa mesma labilidade generalizada fosse a causa remota daquela morte terrível, daquele assassinato bárbaro e sacrílego. Mas o povo russo, acostumado á incerteza, aos difíceis tempos tumultuados, as mudanças repentinas, ambíguas e sanguinolentas, aprendeu a sofrer calado, mas com dignidade.

            Do meu canto, observava os rostos das pessoas ao meu lado, os filhos espirituais do Padre Aleksandr. Serioja, o escultor, chorava em silêncio, sem enxugar as lágrimas, segurando uma vela na mão. O desalento e as lágrimas em nada perturbavam;- pelo contrário, só realçavam a extraordinária dignidade dos russos perante o sofrimento.

            Mais uma vez, o sangue de um ministro de Deus embebia o solo russo. Dois dias antes, 9 de setembro de 1990, ás cinco da manhã, aquele sacerdote ortodoxo, Aleksandr mien, cujo corpo agora estava preparado para retornar á terra, fora assassinado em uma rua de SEMKHOZ, pequena cidade da periferia de Moscou, a caminho da igreja onde celebraria a liturgia. O assassino, até hoje não identificado, esmagou-lhe o crânio com um golpe de machado.

            Mas o sangue do PADRE ALEKSANDR era idêntico ao sangue dos profetas da Antiga Aliança e, justamente como um profeta importuno, fora varrido do caminho. Seus funerais realizavam-se naquela manhã de outono, no mesmo dia em que SE CELEBRAVA A LITURGIA DA DECAPITAÇÃO DE JOÃO BATISTA, PROFETA QUE PAGOU COM O SANGUE O PREÇO POR NÃO FAZER CONCESSÕES, POR NÃO CALAR A VERDADE...

                                   MOSCOU, JUNHO DE 1996

                        GIOVANNI GUAITA.

Mas porque eu estou escrevendo isto? Simplesmente para lembrarmos que o nosso Brasil é democrático, e podemos falar sem sermos castigados..

            Mas também percebo, porque eu ouço, que muitas verdades nós não falamos por medo de sermos repreendidos.

            Eu  gostaria de fazer um apelo a todos nós da catequese, não vamos ter uma fé morna, vamos ter uma fé fervorosa e sem medo. Não vamos calar a verdade, o que for SIM é SIM, o que for NÃO é NÃO. Vamos profetizar com raça e com fé.

            Para que um dia quando avistarmos o Senhor Jesus, tenhamos a certeza de dizer-lhe que fiz tudo o que podia. Mas vamos fazer isso tudo com muita educação, e respeito com todos os nossos irmãos.

            Vamos ajudar nossos Padres com carinho, para fazermos uma Igreja mais santa, sem medo de nos expor. FAÇAM ISSO POR JESUS E MARIA.

            QUE TODOS TENHAM UMA SANTA QUARESMA.

TUDO POR JESUS, NADA SEM MARIA.

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