quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Áh! Se não fosse por Maria... Edna Cavaletti.


 
A nossa Mãe querida... - Como estaríamos vivendo em meio de nossos pecados? Obrigado Mãe pelo seu sim, pela sua fé em Deus Pai, porque acreditou, porque se despojou de tudo aquilo que ainda não entendia....Ficou em silêncio guardando tudo em seu coração, esperando o momento de entender. Mãe querida com certeza o Pai iria ter muito trabalho para conquistar na fé uma outra Maria como a Senhora, tão meiga e tão sóbria.. tão amorosa e pronta para os desejos do criador.

Traz com todo o seu carinho, o salvador em teu ventre, e com muita certeza sabe meio que nas sombras o quanto ainda iria sofrer por Jesus. Porque quando a Senhora reza, proclama o magnificat a Senhora demonstra todo o conhecimento do Antigo Testamento. Corresponde ao anseio do Pai, mas demonstra sabedoria quando questiona o anjo Gabriel de como se daria a gravidez, já que não conhecia o varão. Acredita piamente na ação do Espírito Santo, não se contenda de tanta alegria e anda muito mais de 120 quilômetros, - para contar a grande boa nova e a servir a sua prima Santa Izabel. E a tua presença Santa e do nosso Salvador faz com que o nosso precursor estremeça no ventre de Izabel, e é certo que nesta hora de grande Revelação e de Graça João Batista recebe o batismo do Senhor.

Todas as mães querem tudo de melhor para seus filhos, hoje em dia – enxoval bonito, um local mais apropriado e possível para a chegada da criança. Mas Jesus nasceu mesmo foi na manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria, - Maria mãe da divina graça conseguiu a serenidade e a força para superar suas necessidades. E deu á luz ao menino Jesus.

O primeiro passeio de Jesus foi no templo, para consagrar o menino a Deus, Simeão, conta as escrituras, que reconhece o pequeno menino como o salvador do mundo e anuncia á Maria que uma espada de dor iria transpassar o coração de Maria. Com absoluta certeza Maria se assustou, mas se manteve calada guardava tudo em seu coração.

Um outro momento marcante foi quando Maria e José perderam Jesus, durante três dias, e depois encontraram-no entre os doutores da lei, e todos estavam admirados com a sua sabedoria. Nesse mistério eu sempre penso no sofrimento de todos os desaparecidos, porque para a família não saber se está vivo ou morto é de uma aflição sem medidas. Mãe dos aflitos, diante dessas perplexidades que tantas almas se depara, no seu imenso amor por nós tenho certeza que ela conforta ainda mais os corações desses sofredores. (a todos e todas um FELIZ ANO NOVO DE PAZ – SAÚDE E AMOR E PRINCÍPALMENTE FÉ.              QUE VENHA 2017.                    

Aprender a servir;- Carvajal.


 
                        - o exemplo de Cristo. Servir é reinar.

                        - diversos serviços que podemos prestar á igreja, á sociedade, aos que estão ao nosso lado.

                        - servir com alegria sendo competentes na nossa profissão.

            O evangelho da missa, narra o pedido que os filhos de Zebedeu dirigiram ao Senhor para que lhes reservasse os primeiros postos no novo reino. Quando souberam desse desejo, os outros discípulos indignaram-se contra os dois irmãos. O desgosto que experimentaram não foi provavelmente provocado pela peculiaridade do pedido, mas porque todos se sentiam com igual ou maior direito de ocupar esses postos proeminentes.

            Jesus, que conhece a ambição daqueles que serão os alicerces da sua igreja, diz-lhe que eles não devem comportar-se como os reizinhos que oprimem e subjugam os seus súditos. A autoridade da igreja não será assim;- pelo contrário;- quem quiser ser grande entre vós seja o vosso servidor;- e quem entre vós quiser ser o primeiro seja escravo de todos.- é um novo modo de ser senhor, uma nova maneira de ser grande;- e Jesus mostra o fundamento dessa nova nobreza e a sua razão de ser;- porque o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção de muitos.

            A vida de cristo é uma constante ajuda aos homens, e a sua doutrina um contínuo convite ao espírito de serviço. Ele é o exemplo que deve ser imitado pelos que exercem a autoridade na sua igreja;- sendo Deus e juiz, que há de vir julgar o mundo, não se impõe, serve por amor até dar a sua vida por todos, esta é a sua forma de ser o primeiro. Assim o entenderam os apóstolos, especialmente depois da vinda do Espírito Santo. São Pedro exortará os presbíteros a apascentar o rebanho de Deus, não como dominadores, mas servindo de exemplo;- e o mesmo dirá São Paulo, que, sem estar submetido a ninguém, se fez servo de todos para ganhar a todos.

            O senhor não se dirige, porém, apenas aos seus apóstolos, mas aos discípulos de todos os tempos. Ensina-nos que há uma honra singular em auxiliar e assistir os homens, imitando o Mestre. Uma tal dignidade exprime-se na disposição de servir segundo o exemplo de Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir. Se, portanto, á luz da atitude de Cristo, se pode verdadeiramente reinar somente servindo, ao mesmo tempo este servir exige tal maturidade espiritual que se deve defini-lo precisamente como reinar.

            Para se poder servir os outros digna e eficazmente, é necessário chegar a um auto-domínio muito grande, que saiba ultrapassar as barreiras do egoísmo, os pruridos de independência e de superioridade em relação ao próximo, as impaciências de quem só tem olhos e tempo para as suas próprias preocupações. E tudo isto, só o consegue o homem espiritualmente amadurecido, forte, enérgico. Daí, que, paradoxalmente, servir seja realmente reinar. Só quem é senhor;- e não servo,- quem reina dentro de si mesmo, é que pode servir.

            A vida de Jesus é um incansável serviço aos homens, tanto material como espiritual;- o senhor atende-os, ensina-lhes, conforta-os, até dar a vida por eles. Se queremos ser seus discípulos, como podemos deixar de fomentar essa disposição do coração que nos impele a dar-nos continuamente aos que estão ao nosso lado? Na última noite antes da Paixão, Cristo quis deixar-nos um exemplo particularmente significativo de como nós devíamos comportar;- enquanto celebravam a ceia, levantou-se, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-a. depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés do discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que cingira. Realizou a tarefa própria dos servos da casa.

            O senhor prega novamente com o exemplo, com as obras. Diante dos discípulos, que discutiam por motivos de soberba e de vanglória, Jesus inclina-se e cumpre com gosto o ofício de servo. Comove-me esta delicadeza do nosso Cristo. Porque não afirma;- se eu me ocupo disto, quanto mais não tereis vós que fazer! Coloca-se no mesmo nível, não coage;- fustiga amorosamente a falta de generosidade daqueles homens.

            Como aos primeiros doze, também a nós pode o senhor insinuar-nos, e nos insinua continuamente;- exemplum dedi vobis, dei-vos exemplo de humildade. Converti-me em servo, para que vós saibais, com o coração manso e humilde, servir a todos os homens. Para servir, devemos antes de mais nada entender o exercício da nossa profissão, não apenas como um meio de ganharmos a vida e desenvolvermos nobremente a nossa personalidade, mas como um serviço á sociedade, um meio de contribuir para o seu desenvolvimento e para o necessário bem-estar.

            A essa intenção sustentada, devemos acrescentar um extraordinário escrúpulo em trabalhar conscienciosamente, mediante o estudo profundo de cada assunto, a diligência e o conteúdo como na forma e nos prazos. Seria um logro á sociedade oferecermos gato por lebre ou deixarmos as coisas mal resolvidas e cheias de pontos fracos, pois não serviríamos os outros, antes lhes carregaríamos sobre os ombros a tarefa de rever, consertar ou concluir aquilo que não lhes competia e que lhes vai tirar tempo para as suas próprias responsabilidades.

 

Cometeríamos uma grave injustiça e seríamos um fardo para os demais, não uma ajuda.

            Por outro lado, a figura de Cristo, que, no exercício da sua missão de dar a conhecer o Pai, atende com solicitude os que se aproximam dele e chega a lavar os pés dos discípulos, deve ser um estímulo poderoso para não apenas nos contentarmos com trabalhar honradamente e bem, mas para vermos sempre o lado humano das pessoas a quem estamos ligados por vínculos profissionais. Quantas vezes não tendemos a encarar os que trabalham ás nossas ordens como simples peças de uma engrenagem?

            A vida familiar é outro lugar excelente para manifestarmos o espírito de serviço num sem fim de detalhes que ajudam imperceptivelmente a fomentar um convívio grato e amável, em que Cristo está presente. Não é verdade que, quando se ausenta um membro da família que vive esse espírito sem chamar a atenção, se nota um vazio de alegria, de expansão, de bom humor?

            Esses pequenos serviços em que procuramos adivinhar os desejos dos outros e dar-lhes pequenas alegrias são, além do mais, um meio de nós mesmos não cairmos no aburguesamento e de crescermos na vida de união com Deus, que vê o que se passa em segredo. Daí a felicidade de quem procura fazer felizes os outros. O segredo da nossa própria felicidade tem uma única condição;- que nunca a procuremos, isto é, que a procuremos para os outros, esquecendo-nos de nós mesmos, com humildade de coração e delicadeza humana.

            Não podemos imaginar o Senhor de cara fechada, queixumento, quando as multidões o buscam ou enquanto lava os pés dos discípulos. Ele serve com alegria, amavelmente, em tom divinamente cordial. Assim devemos nós fazer ao cumprirmos os nossos deveres e no nosso relacionamento. Servi o Senhor com alegria, diz-nos o espírito santo pela boca do salmista. O Senhor promete a alegria, a felicidade, a quem serve;- depois de lavar os pés dos discípulos, afirma;- se aprendestes isto, sereis felizes se o praticardes.

            Talvez seja esta a primeira qualidade de um coração que, tendo-se dado a Deus, procura continuamente ocasiões – ás vezes – muito pequenas – de se dar aos outros. Aquilo que entregamos com um sorriso é como se adquirisse um valor novo e se apreciasse em dobro. E sempre que se apresenta a oportunidade ou o dever de prestarmos um serviço em si desagradável e incômodo, devemos pedir com as palavras daquele universitário que assistia os doentes de um hospital e que um dia, ao ter de lavar um vaso sanitário bastante repugnante, dizia baixinho;- Jesus, que eu faça boa cara!

            Devemos prestar atenção e ajudar os outros sem esperar nada em troca, sabendo que todo o serviço amplia o coração e o enriquece. E, em qualquer caso, recordemos que Cristo é bom-pagador e que, quando o imitamos, ele tem em conta o menor gesto, o menor auxílio que tenhamos prestado. Sentimo-nos bem pagos com o seu olhar.

            Examinemos hoje se temos e manifestamos uma clara disposição de serviço no exercício da nossa profissão, se realmente servimos a sociedade através dela – não remota e indiretamente, coisa que pode esconder muitas artimanhas do egoísmo e da vaidade, mas de modo imediato, sem segundas intenções. De maneira particular, este espírito deve pôr-se de manifesto nas situações em que se exerce um cargo de responsabilidade, de autoridade ou de formação. Vejamos ainda se procuramos evitar habitualmente que os outros nos prestem serviços não estritamente necessários ao desempenho do nosso cargo e que nós mesmos poderíamos realizar. Devemos ter uma atitude muito diferente da daqueles que se valem da sua autoridade, prestígio ou idade para pedir ou, ainda pior, para exigir que os sirvam, que os rodeiem de atenções e facilidades que seriam intoleráveis mesmo do ponto de vista humano.

            Recorremos a São José, servo fiel e prudente, que sempre esteve disposto a sustentar a Sagrada Família á custa de inúmeros sacrifícios e que prestou tantas ajudas a Jesus e a Maria. Pedimos-lhe que nos ensine a servir sem pretender recompensa alguma de prestígio ou de vantagens pessoais, como o Santo Patriarca não os teve;- nem mesmo chegou a ver os frutos da sua dedicação, já que não se fala mais nele a partir do começo da vida pública de Jesus. A sua recompensa visível foi o sorriso de que o rodearam, até á morte, Jesus e Maria. E, no fim, o abraço de Deus Pai.   

oração a São José;- a vós recorremos, bem aventurado São José, nas nossas tribulações e, tendo implorado o socorro da vossa santíssima esposa, solicitamos também confiante a vossa proteção. Pelo afeto que vos uniu á imaculada virgem Maria mãe de Deus, e pelo amor paternal que consagrastes ao menino Jesus, vos pedimos que olheis benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue e que nos assistais com o vosso poder e auxílio nas nossas necessidades.

            Protegei, ó prudentíssimo guarda da divina família, os filhos escolhidos de Jesus Cristo;- preservai-nos, ó Pai amantíssimo, deste contágio de erro e de corrupção que infetam o mundo;- nos sede propício e nos assisti do alto do céu, ó poderosíssimo libertador nosso, nesta luta com o poder das trevas;- e, assim, como livraste do perigo da morte o menino Jesus, defendei agora a santa igreja de Deus das insídias dos seus inimigos e de toda a adversidade. Concedei-nos a todos a vossa perpétua proteção, a fim de que, imitando o vosso exemplo e ajudados com o vosso auxílio, possamos viver santamente, morrer piedosamente e obter no céu a bem aventurança eterna. Amém.

Confissão e comunhão;- Padre Hélio Libardi.


 
            Confissão e comunhão não se separam? Devemos ter sempre um grande respeito pela comunhão, afinal é Jesus presente como alimento. Quanto mais estiver em estado de graça e com o coração purificado mais perfeita será a união com Deus através de Jesus e mais intenso o desejo de viver em fraternidade. A confissão é um dos caminhos de purificação. Não é o único caminho para se alcançar o perdão. São Pedro fala em sua carta que a caridade, o amor, cobre uma multidão de pecados. Jesus também disse aos apóstolos;- vós estais limpos pela palavra que vos anunciei.

            Muita gente não está em pecado e não consegue comungar porque não se confessou. Ora, sabemos que o pecado grave impede a comunhão. Mas se não se está em pecado grave não há problemas, porque o pecado leve não nos impede da aproximação da comunhão. Uma pessoa que não está em pecado grave pode comungar muito tempo sem ter a preocupação da confissão. Temos de aprender que a obrigação da confissão só existe para os pecados graves. Essa confissão é necessária. Há, contudo, um conselho da igreja para que as pessoas se confessem mais vezes procurando uma caminhada de conversão mais intensa.

            A confissão freqüente ajuda no crescimento espiritual, na transformação da pessoa e leva a uma união maior com Deus, mas não é obrigação.houve um tempo na igreja em que se exigiu muita das pessoas para que pudessem comungar, mas a própria igreja rejeitou essas idéias. Por isso encontramos pessoas super-preocupadas que acabam confessando-se sem mesmo ter matéria para receberem a absolvição. Há também os escrupulosos, de consciência super-delicada, que vivem uma tensão grande cada vez que vão comungar. Temos de partir da prática de Jesus. Ele veio para os pecadores, para os doentes, por isso não se pode dar comunhão somente aos santos. Quem mais precisa de Jesus são justamente os pecadores, os que tem problemas e dificuldades. Assim pode acontecer que uma pessoa chegue ao sacerdote e diga que está comungando sempre e sem se confessar, porque não tem pecado e sua consciência não a acusa de nada grave. A atitude do padre será de acolhida, respeitando a consciência dessa pessoa, podendo aproveitar a oportunidade para convidá-la a um crescimento através da confissão freqüente. Desse modo se vê que confissão e comunhão nem sempre andam juntas.     Amém.

Contestação e amor;- Battistini.


 
 

Quanto és contestável, ó igreja! Mesmo assim, quanto te amo! Quanto me tens feito sofrer! Ao mesmo tempo, quantas coisas eu te devo. Gostaria te ver desfeita, ao mesmo tempo, preciso tanto da tua presença! Tens me dado tantos escândalos, ao mesmo tempo, fizeste-me entender a santidade. Nada vi no mundo mais obscurantista, mais compromisso, mais falso e nada toquei de mais puro, mais generoso, mais bonito.

            Quantas vezes tive o desejo de fechar-te na cara a porta de minha alma e quantas vezes rezei para poder morrer em teus braços seguros. Não! Não posso me libertar de ti, porque eu sou tu, mesmo não sendo tu, completamente.

            E, depois, para onde irei? Construir outra? Porém, não poderei construí-la senão com os mesmos defeitos, porque são os meus que carrego dentro. E, se a construir, será a minha igreja, não mais a igreja de cristo. Sou bastante velho para entender que não sou melhor que os outros. Antes de ontem, um amigo escreveu uma carta a um jornal;- deixo a igreja porque, com seu compromisso com os ricos, não é mais confiável! Faz-me pena! Ou é um sentimental que não tem esperança, então, desculpo-o. ou é um orgulhoso que crê ser melhor que os outros. Nenhum de nós é confiável, até que permanece nesta terra. São Francisco gritava;- tu me crês santo, e não sabes que posso ter filhos, até com uma prostituta, se Cristo não me sustentar?

            A credibilidade não é dos homens, é somente de Deus e de Cristo! Dos homens, é a fraqueza e, talvez, a boa vontade de ser algo com a ajuda da graça que jorra e brota das veias invisíveis da igreja visível. Talvez a igreja de ontem era melhor que a igreja de hoje? Será que a igreja de Jerusalém era mais confiável que aquela de Roma? Quando Paulo chegou a Jerusalém levando, no coração, sua sede de universalidade no desejo ardente de seu sopro carismático, talvez os discursos de Tiago (sobre a circuncisão) ou a fraqueza de Pedro (que tardava com os ricos de então, os filhos de Abraão, e escandalizava por almoçar somente com os puros) puderam criar-lhe dúvidas sobre a veracidade da igreja que Cristo havia fundado há pouco tempo, e fazer-lhe nascer a vontade de ir e fundar outra em Antioquia ou em Tarso?

            Talvez Santa Catarina de Siena, vendo o papa fazer uma política suja contra a sua cidade, a cidade de seu coração, poderia imaginar a idéia de correr as colinas da redondezas, transparentes como o céu, e fundar uma outra igreja mais transparente que aquela de Roma, tão cheia de pecados, tão fechada e tão políticante? Não, não creio! Pois Paulo e Catarina sabiam distinguir, entre as pessoas que compõem a igreja, o pessoal da igreja, dizia Maritain, e esta sociedade humana chamada igreja que, diferente de todas as outras coletividades humanas, recebeu de Deus uma personalidade sobrenatural, santa, imaculada, pura, indefectível, amada como esposa por Cristo e digna de ser amada por mim como mãe dulcíssima.

            Aqui está o ministério da igreja de Cristo, verdadeiro e impenetrável mistério. Possui o poder de me dar a santidade e é composta, toda mesmo, do primeiro ao último, somente de pecadores. E que pecadores! Possuí a fé onipotente e invencível de renovar o mistério eucarístico e é composta de homens fracos que andam ás apalpadelas, no escuro, e lutam a cada dia contra a tentação de perder a fé.

            Leva uma mensagem de pura transparência e está encarnada num lodo sujo, como sujo é o mundo. Fala sobre a doçura do Mestre, da sua não violência e, na história, mandou exércitos para acabar com os infiéis e torturar os heresiarcas. Transmite uma mensagem de evangélica pobreza, e não pára de procurar dinheiro e alianças com os potentes. Os que sonham coisas diferentes desta realidade somente perdem tempo e recomeçam sempre do início. E, por demais, demonstram não ter entendido nada a respeito do homem.

            Quando era jovem, não entendia porque Jesus, apesar da negação de Pedro, o quis como chefe de sua igreja, como seu sucessor e primeiro Papa. Agora, não mais fico espantado nem maravilhado, compreendo sempre melhor que ter fundado a igreja sobre o túmulo de um( traidor), de um homem que fica espantado pelas fofocas de uma (criada), era uma advertência contínua para manter cada um de nós na humildade e na consciência da própria fragilidade. não! Não saio desta igreja fundada sobre uma pedra tão fraca, porque eu fundaria outra sobre uma pedra ainda mais fraca que sou eu. Mas, depois, para que servem as pedras? O que conta mesmo é a promessa de Cristo, aquilo que conta mesmo é o cimento que une as pedras, que é o Espírito Santo. Somente ele é capaz de fazer (construir) a igreja com pedras tão mal cortadas, como somos nós. Neste ponto, Deus é verdadeiramente Deus, isto é, o único capaz de criar coisas novas, pois não me importa que ele faça céus e terra novos, é mais necessário que faça novos os nossos corações.

            E este é o trabalho de Cristo, e este é o ambiente divino da igreja. Quereis impedir este (criar novos corações), expulsando alguém da assembléia do povo de Deus? Ou quereis vós, procurando outro lugar mais seguro, colocar-vos em perigo de perder o SENHOR?

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Deus santo – Deus forte -  Deus imortal – tende piedade de nós. Amém.

Humanos e imperfeitos;- padre Zezinho.


 
 

            O ser humano é imperfeito. Pode melhorar e vai melhorar, mas nunca será perfeito. Quando Jesus propôs que fossemos perfeitos como Deus, não quis algo impossível. Sejam perfeitos como Deus, disse Ele. Sua proposta foi o mesmo tempo radical e relativa. Radical no conteúdo, relativa no contexto. O que ele quis realmente dizer é que o homem deve procurar ser plenamente homem, do mesmo modo que Deus é plenamente DEUS. Se Deus fosse um pouquinho menos Deus, não seria DEUS. Quando o homem aceita a idéia de se desumanizar, ainda que um pouco, está deixando de ser humano;- desumaniza-se muito mais do que pensa. Torturar só um pouquinho é torturar. Matar só um pouquinho ou com menos violência é matar. Mentir só um pouquinho ainda é mentir.

            Precisamos buscar a bondade com intenção plena;- ser bons com todos e em todas as circunstâncias, até mesmo na hora de punir e usar da justiça. Por outro lado, não podemos ser maus com ninguém e em nenhuma circunstância, nem mesmo quando todos nos dariam razão. A maldade pode ser explicada, nunca justificada.

            Agora, entre querer ser plenos e perfeitos e ser de fato plenos e perfeitos, há um enorme abismo! Ninguém de nós pode deixar de querer o melhor para si e para o outro. Mas ninguém tem o direito de sentir-se derrotado, frustrado ou deprimido porque não conseguiu seu objetivo. É que, fora de Deus, nada é perfeito. O Deus que é perfeito não fez tudo perfeito. Fez tudo bem feito, mas nada perfeito, pela simples razão de que, se fizesse algo totalmente perfeito teria feito outro Deus. Nesse caso, ele não seria Deus, porque teria sido alcançado pela sua criação. E isso seria impossível porque ser criado, ser criatura, já é uma imperfeição. Quem é criado não pode nunca ser perfeito, pelo simples fato de que foi feito. E isto já é um limite;- teve um começo e dependeu de alguém para ser quem é. Não seria autêntico.

            Na criação nada é perfeito. Nem os astros na sua trajetória, ainda que milimétrica, nem a natureza, nem as plantas, nem as águas, nem as aves, nem os peixes. Há certa ordem na vida, mas, dentro dessa ordem, os indivíduos tem sempre alguma imperfeição. Alguma folha, algum galho, alguma parte do corpo, algum detalhe mostrará uma quebra da harmonia deste ser. Não existem árvores perfeitas, nem flores perfeitas, nem frutos perfeitos, nem vidas perfeitas. A fragilidade delas é sua imperfeição. Ás vezes sua força é sua imperfeição. Nada neste mundo atinge o equilíbrio perfeito.

            Por isso, quando me dói alguma dor;- ou quando meu corpo me machuca com alguma disfunção, se eu for perfeccionista agredirei meu corpo. Se eu for relativista em excesso desprezarei aquele detalhe que poderia ser assumido e corrigido. Se for realista direi que aquela imperfeição faz parte do meu ser pessoa. Tentarei corrigi-la e, se não tiver condições de corrigi-la, conviverei com ela, acentuando outros valores do meu corpo limitado.

            Jesus não nos pediu que fôssemos perfeccionistas, e sim que buscássemos a perfeição. Buscá-la de maneira doentia é neurose. Buscá-la de maneira serena é sabedoria;- por isso, todo aquele que se agride porque não conseguiu tudo o que se propunha, ou erra na proposta, ou erra na resposta. Somos e sempre seremos limitados e imperfeitos.

            Mas, dentro dessa imperfeição, pode-se ser muito bom. O motorista que não respeita os limites do carro ou da estrada pode ser habilidoso, mas não é inteligente. O limite faz parte da plenitude humana.

 

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Oração do amanhecer;-

senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-vos a paz, a sabedoria, a força.

Quero olhar hoje o mundo com os olhos cheios de amor, ser paciente, compreensivo, manso e prudente, ver além das aparências vossos filhos como vós mesmos os vedes e, assim, não ver senão o bem de cada um.

Fechai meus ouvidos a toda calúnia. Guardai minha língua de toda a maldade. Que só de bênçãos se encha meu espírito, que eu seja tão bondoso e alegre que todos quantos se acharem a mim sintam vossa presença.

Revesti-me de vossa beleza, senhor, e que, no decurso deste dia, eu vos revele a todos.      Amém.

                                                           Autor desconhecido.

Quem me tocou;- Aleksandr Mien


 
 

            Jesus em sua vida terrena, não possuía (todo o poder no céu e na terra) e, além disso, as pessoas podiam servir de obstáculo para a cura por terem pouca fé e dúvidas.

Vemos nos evangelhos quantas vezes Jesus curava enfermidades olhando para o céu, ou emitindo um suspiro, como que se esforçando para romper uma barreira. Jesus sentia, quase fisicamente, uma energia sair de si. Certa vez aconteceu que, enquanto estava no meio de uma grande multidão, uma mulher acometida de hemorragia tocou ás escondidas na franja de sua veste com a esperança de se curar. Jesus olhou em derredor e disse;- quem me tocou? – Pedro admirou-se de semelhante pergunta;-

            Mestre, estamos no meio de uma multidão de gente que empurra de todo lado, e perguntas quem te tocou?- sim, alguém me tocou, porque senti uma força sair de mim...

Então aquela mulher atirou-se amedrontada a seus pés e confessou que fora ela.- filha –disse-lhe Jesus – foi a tua fé que te salvou. Vai em paz, curada do teu mal.

            Naquela época crucial e irrequieta, como, aliás, em nossos dias, as doenças psíquicas eram bastante difundidas. O antigo testamento quase não as menciona, mas a freqüência com que os evangelhos falam delas faz pensar em uma espécie de epidemia psíquica das multidões. Era particularmente terrível, um tipo curioso de enfermidade mental, uma espécie de obsessão vista por todos como um domínio diabólico. Quem era afetado por tal enfermidade sentia uma duplicação da personalidade, como se alguém estranho e hostil se instalasse nele. O doente gritava com uma voz alterada, falava em nome dos diabos que viviam nele, chegando até a afirmar que hospedava um exército inteiro de demônios.

            Muitos possessos só de vez em quando eram acometidos por ecessos, mas havia outros que jamais retomavam consciência e fugiam das aldeias para lugares ermos. Muitas vezes viviam em sepulcros vazios, e, á noite, o povo aterrorizado ouvia os seus gritos e gargalhadas. Cristo, só com sua própria presença, já exercia influência sobre estes coitados, bastando ás vezes uma única palavra ou um único gesto para libertar a alma dos poderes obscuros que a dominavam. Mas, ao dar vida nova aos doentes, Jesus exigia deles uma mudança interior radical. Os demônios são como parasitas que se desenvolvem no pecado;- por isso, se o recém-curado não era preenchido logo pelo espírito da nova vida, a possesso demoníaca podia restabelecer-se com o dobro da força.

Os contemporâneos de Cristo imaginavam os diabos de modo naturalista, como seres pérfidos, que viviam no deserto. Por conseguinte, para ser entendido, Jesus usava a representação corrente do diabo para falar do perigo de uma pessoa curada recair na doença;- quando o espírito impuro sai do homem, vagueia por lugares áridos em busca de consolo, mas não podendo encontrar nenhum, diz a si mesmo;- voltarei para a morada de onde saí. E, tendo voltado, encontra aquela casa limpa e arrumada. Então vai e convida outros sete espíritos, piores ainda do que ele, e lá se instalam. No final, o estado daquele homem se torna pior do que antes.

            Desde o começo, as vozes que corriam sobre os milagres de Jesus na Galiléia inquietaram os guardiões da lei de Moisés, em Jerusalém. Acabara-se de pôr um ponto final nas perigosas aglomerações de gente na região do Jordão e já era preciso tomar novas providências para salvaguardar a ortodoxia da fé e chamar as multidões ignorantes á razão. Não era a primeira vez que a Galiléia trazia aborrecimentos para a capital;- perduravam ainda na lembrança de todos as hordas dos prosélitos de Judas de Gamala. Afinal, era notório que a gentinha ignorante do norte estava sempre predisposta a acreditar em impostores e charlatães de qualquer espécie.

            Entretanto, ao chegar a Cafarnaum, os escribas mandados pela capital foram obrigados a reconhecer que não era fácil negar a veracidade dos milagres de Jesus. Mesmo assim, não mediram esforços, aplicando-se ao máximo em busca de explicações racionais consistentes para o que acontecia. Na certa, não estavam propensos a crer, como Nicodemos, que Deus pudesse operar por meio daquele reles Galileu... alguns chegaram á conclusão de que Jesus aprendera mágica no Egito;- outros, ao contrário, procuraram convencer o povo de que o Nazareno expulsava os demônios de comum acordo com o príncipe deles, Beelzebu- Talmude- Barajta- shabbat;- não foi difícil expor ao ridículo os inventores de tais elucubrações ardilosas. O que fez foi simplesmente perguntar áqueles escribas como podia um demônio expulsar outro;- não seria aquela uma espécie de luta fratricida que implicaria o fim do poder diabólico? Depois, sem meios termos, acusou seus adversários de blasfemarem contra o Altíssimo, cuja força sempre se encontra na origem das boas obras e, por fim, os repreendeu;- como se consideravam senhores, se não eram capazes de distinguir o bem do mal? Uma árvore se reconhece por seus frutos;- portanto, ou reconheceis que a árvore é boa porque os frutos são bons, ou declarais que a árvore é ruim, se os frutos parecerem ruins. Filhos de serpentes, como podeis pregar o bem, se vós mesmos sois maus? Porque os lábios falam do que transborda o coração...- em resumo, Jesus acertou em cheio. Os teólogos arrogantes foram desmascarados perante o povo todo. A ira deles no auge chegou, e decidiram, em segredo, que era necessário dar um basta á desordem que Jesus semeava.    

Uma igreja sem imagens? Padre Zezinho.


 
 

Influenciada pelo ataque ás imagens e pela acusação de idolatria contra os católicos, muita gente abandonou o catolicismo. Foi a primeira paulada e a primeira isca dos que os pescaram para outra igreja ou seita.primeiro confundiram, depois pescaram. Mas que fique claro que nós católicos não imaginamos Deus. Não adoramos imagens. Sabemos distinguir entre venerar uma imagem, olhar para ela com respeito e venerar. Não adorar.- sabemos a diferença entre falar com uma imagem e falar com a pessoa que a imagem representa. Admitimos imagens positivas, que levem os fiéis a pensar em Deus ou em pessoas que amaram Deus.

            Mas os católicos evangelizados sabem que a imagem em si não tem poder algum. Gesso, barro e bronze não fazem milagres. Por isso é uma prática católica certa utilizar as imagens como sinal que ajude a nossa devoção, sem dar-lhes um poder mágico. É devoção errada e mostra pouca formação católica tocar imagens ditas milagrosas á espera de um milagre daquela escultura feita por mãos humanas, é errado olhar para uma escultura de gesso, e falar com ela como se fosse Maria ou Jesus, ou são Francisco de Assis, - imagens existem apenas para nos lembrar o que Deus fez ou o que alguém fez em nome de Deus.

            Apontam alguém a quem devemos orar. São lembretes. Não podem ser o sujeito de nossa oração. Rezamos motivados pelas imagens, mas não falamos com as imagens. Falamos com pessoas que as imagens lembram. Por isso falar com as imagens é errado. Onde ainda existe isso nas igrejas é preciso mudar porque é resquício de idolatria. Imagens não falam nem ouvem. Nesse sentido há católicos cuja prática é idólatra. E não há como negá-lo. Mas isso não dá razão aos evangélicos mais agressivos. Ver idolatria em tudo também é falta de equilíbrio emocional. E de caridade, porque muitas vezes trata-se de uma calúnia.

            A idéia que passam é a de que são religiões mais puras porque lá não há imagens. Seria bom que examinassem suas outras idolatrias. Porque todas as religiões correm este risco. Imagens são apenas um dos muitos ídolos humanos. Há muita gente brincando de profetas e de pequenos deuses, prometendo milagres com orações tão poderosas que Deus não resistiria ao charme do pregador que se dá ao luxo de designar lugar, data e hora para o milagre acontecer. Mas é assunto para o tema ecumenismo.

            Para os católicos e é com eles que estou falando, a catequese deve ser clara. Nem por isso devemos jogar as imagens no fogo. Não é preciso quebrar nossas imagens, mas saber para que servem... – e usá-las direito. Você não joga sua televisão fora só porque seu filho a usa de maneira errada e para fins errados. Educa-se ou reeduca-se a pessoa para que use direito a sua televisão. A igreja católica vai sempre manter as imagens, porque não se sente idólatra. Mas vai ter de desenvolver uma catequese mais clara sobre elas. Imagens, sim. Uso errado delas, não.

            Outros povos e outras religiões criavam imagens de Deus em forma de luz, astros, forças da natureza, animais até. Os cristãos sabem que Deus é maior do que tudo isso. Não se parece com isso, não é isso, nem é tudo isso somado. Ele é ele. Só ele mesmo. E existiu antes de tudo isso e existirá depois de tudo isso, se um dia o universo desaparecer. Deus continuará a ser aquele que sempre foi e aquele que sempre será. PORQUE DEUS É ÚNICO.

            O melhor jeito de crer em Deus e imaginá-lo Javé. Ele é ele mesmo. Melhor ainda. O melhor jeito de imaginar Deus é não imaginá-lo... não desenhe na sua mente uma imagem de Deus. Assuma o conceito;- DEUS É ELE MESMO. Não se parece com nada e nada é parecido com ele. É o único ser que de fato não veio de ninguém nem depende de ninguém para existir. Mas todos os seres dependem dele para serem o que são. (sua cabeça consegue aceitar esse tipo de religião?

                        Para refletir;- 1- verdade – aquilo que é o que é. – 2- sabedoria da ciência;- em busca daquilo que é. – 3- sabedoria da fé- em busca daquele que é;- 4- a ciência – ver para crer- 5- a fé – crer mesmo sem ver.- 6- Deus aquele que é quem é- 7- o universo- a obra daquele que é.- 8- a vida e a morte- viemos dele e voltaremos a ele. 9- o homem – aquele que quer ser- 10- as religiões – quem é, quer que sejamos – 11- Jesus de Nazaré – o Pai e eu somos um. – 12- o cristianismo – Jesus é o ungido.- 13- as igrejas – ungidos em Jesus. 14- o catolicismo- o evangelho para todos. 15- a nossa bíblia- Deus se comunicou.

            DEUS AQUELE QUE É QUEM É.

 

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            Todos os povos serão em Jesus abençoados.

E todos cantaram em seu louvor.

Glória ao pai ao filho e ao espírito santo amém.

Porque tenho medo de amar? John Powell.


 
Em vez de expor a pessoa que imaginamos inadequada ou feia, instintivamente construímos muros, ao contrário do conselho dado por Robert Frost;- não construa um muro enquanto não souber o que está deixando de fora. – enquanto tivermos cicatrizes dos sentimentos de ansiedade, culpa e inferioridade, seremos tentados a usar máscaras, a representar papéis.não nos aceitamos nem confiamos em nós mesmos. Essas paredes e máscaras são medidas de auto- proteção;- vivemos por trás de nossos muros e usamos nossas máscaras enquanto são necessários.

             Embora a vida pareça mais segura por trás dessa fachada, é também uma vida solitária. Deixamos de ser autênticos e definhamos enquanto pessoas. Mas a maior tristeza da máscara é termos perdido todo contato genuíno e autêntico com o mundo real e com outros seres humanos que têm em suas mãos nossa maturidade e potencial de realização.

            Quando recorremos á representação de papéis ou ao uso das máscaras, não há possibilidade de desenvolvimento humano ou pessoal. Simplesmente não estamos sendo nós mesmos e, por isso, não podemos elevar-nos como deveríamos numa atmosfera de crescimento. Estamos apenas representando num palco. Quando a cortina desce depois do espetáculo, continuamos a mesma pessoa imatura que éramos quando a cortina se levantou no primeiro ato. Cada um de nós é uma pessoa única e original. Ás vezes fazemos observações brincalhonas;- depois de criar você, Deus quebrou o molde. Na verdade, todos fomos criados a partir de um molde exclusivo. Nunca houve e nunca mais vai haver alguém exatamente igual a você. No entanto, no começo da vida, essa pessoa é, por assim dizer, como o botão de uma flor ou planta;- fechada.- só quando o botão de flor recebe calor do sol e alimento do solo nutridor é que se abre e mostra toda a beleza latente dentro dele. Assim, também uma pessoa, no começo da vida, precisa receber o calor do amor humano, segurança e alimento do afeto dos pais para poder abrir-se e mostrar a beleza única que Deus colocou dentro de cada indivíduo.

            Sabemos que se o botão de uma flor for machucada por forças hostis, como uma geada fora de estação, ela não se abrirá. Da mesma forma, a pessoa que não recebe o calor e o encorajamento do amor e precisa suportar a ausência enregelante de elogios e afeto fica fechada em si mesma. A dinâmica da personalidade fica emperrada. E, se a dinâmica da personalidade estiver seriamente danificada, o resultado será o que os psicólogos chamam de neurose. Embora existam muitas descrições válidas de neurose, em geral podemos reconhecê-la sob a forma de uma incapacidade mutiladora de se relacionar bem com os outros, de ir em sua direção e aceitá-los como são sem medo de rejeição.

Epifania do senhor. Oração das horas.


 

 

Feliz ano novo;- que todos os nossos amigos aqui desta casa sintam a felicidade de viver mais um ano agradecido ao pai por estarmos vivos e podermos com uma consciência mais pura admirar – agradecer – nos iluminar com o rosto de cristo que através do evangelho nos dá a tranqüilidade para seguirmos mesmo nas dificuldades com o semblante sereno e confiante;- que se por ventura fechar uma porta em nossas vidas – sem dúvida alguma o pai com sua misericórdia abrirá várias janelas. Precisamos estar vigilantes, sermos corajosos e estarmos dispostos a contemplar Jesus nos rostos daqueles que nos rodeiam.

 

oremos;- elevai o olhar aos céus, vós que a cristo procurais. E da sua eterna glória podereis ver os sinais.

            Essa estrela vence o sol em fulgor e em beleza, e nos diz ter vindo á terra Deus, em nossa natureza.

Da região do mundo persa, onde o sol tem seu portal, sábios magos reconhecem do rei novo o sinal.

            Quem será tão grande rei, a quem os astros obedecem, a quem servem luz e céus e suas forças estremecem?

Percebemos algo novo, imortal, superior, que domina céus e caos e lhes é anterior.

            Rei do povo de Israel, este é o rei das gentes, prometido a Abraão e á sua raça eternamente.

Ó Jesus, louvor a vós que ás nações vos revelais;- glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito pelos tempos eternais.

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Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido ás nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade. Esta graça foi revelada agora, pela manifestação de nosso salvador, Jesus Cristo. Ele não só destruiu a morte, como também fez brilhar a vida e a imortalidade por meio do evangelho.       Amém.