Confissão e comunhão não se separam?
Devemos ter sempre um grande respeito pela comunhão, afinal é Jesus presente
como alimento. Quanto mais estiver em estado de graça e com o coração
purificado mais perfeita será a união com Deus através de Jesus e mais intenso
o desejo de viver em fraternidade. A confissão é um dos caminhos de
purificação. Não é o único caminho para se alcançar o perdão. São Pedro fala em
sua carta que a caridade, o amor, cobre uma multidão de pecados. Jesus também
disse aos apóstolos;- vós estais limpos pela palavra que vos anunciei.
Muita gente não está em pecado e não
consegue comungar porque não se confessou. Ora, sabemos que o pecado grave
impede a comunhão. Mas se não se está em pecado grave não há problemas, porque
o pecado leve não nos impede da aproximação da comunhão. Uma pessoa que não
está em pecado grave pode comungar muito tempo sem ter a preocupação da
confissão. Temos de aprender que a obrigação da confissão só existe para os
pecados graves. Essa confissão é necessária. Há, contudo, um conselho da igreja
para que as pessoas se confessem mais vezes procurando uma caminhada de
conversão mais intensa.
A confissão freqüente ajuda no
crescimento espiritual, na transformação da pessoa e leva a uma união maior com
Deus, mas não é obrigação.houve um tempo na igreja em que se exigiu muita das
pessoas para que pudessem comungar, mas a própria igreja rejeitou essas idéias.
Por isso encontramos pessoas super-preocupadas que acabam confessando-se sem
mesmo ter matéria para receberem a absolvição. Há também os escrupulosos, de
consciência super-delicada, que vivem uma tensão grande cada vez que vão
comungar. Temos de partir da prática de Jesus. Ele veio para os pecadores, para
os doentes, por isso não se pode dar comunhão somente aos santos. Quem mais
precisa de Jesus são justamente os pecadores, os que tem problemas e
dificuldades. Assim pode acontecer que uma pessoa chegue ao sacerdote e diga
que está comungando sempre e sem se confessar, porque não tem pecado e sua
consciência não a acusa de nada grave. A atitude do padre será de acolhida,
respeitando a consciência dessa pessoa, podendo aproveitar a oportunidade para
convidá-la a um crescimento através da confissão freqüente. Desse modo se vê
que confissão e comunhão nem sempre andam juntas. Amém.
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