- A natureza humana em
estado de justiça e de santidade.
-transmissão do pecado original e
das suas conseqüências. A luta contra o pecado.
- orientar novamente
para Deus as realidades humanas.
Deus situou o homem no cume da
criação para que dominasse sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre
os animais domésticos e sobre todos os répteis que se arrastam pela terra. Por
isso dotou-o de inteligência e vontade, de modo que oferecesse livremente ao
seu criador uma glória muito mais excelente do que a que lhe prestam as demais
criaturas.
Enriquece-o, além disso, com
os dons da imunidade da morte, da concupiscência e da ignorância, chamados dons
preternaturais, pelos quais não podia enganar-se ao conhecer e ficava livre de
todo o erro;- o próprio corpo gozava de imortalidade, não por virtude própria,
mas por uma força impressa na alma, que preservava o corpo da corrupção
enquanto estivesse unido a Deus. Levado pelo amor, Deus foi ainda mais longe e
decretou também a elevação sobrenatural do homem, para que tomasse parte na sua
vida divina e conhecesse de alguma forma os seus mistérios íntimos, que superam
absolutamente todas as exigências naturais. Para isso, revestiu-o gratuitamente
da graça santificante e das virtudes e dons sobrenaturais, constituindo-o em
santidade e justiça e capacitando-o para agir sobrenaturalmente.
Esta ação divina teve lugar
na pessoa de Adão, mas Deus contemplava nele todo o gênero humano. O dom de justiça
e santidade originais foi-lhe conferido não enquanto pessoa singular, mas
enquanto principio geral de toda a natureza humana, de modo que depois dele se
propagasse mediante a geração a todos os homens que viessem a seguir. Todos
deveríamos nascer em estado de amizade com Deus e com a alma e o corpo
embelezados pelas perfeições outorgadas pelo Senhor. E, no momento devido, o
Senhor confirmaria cada homem na graça, arrebatando-o da terra sem dor e sem
passar pelo transe da morte, para fazê-lo gozar da sua felicidade eterna no
céu.
Este foi o plano divino,
repleto de bondade para com o gênero humano. Em face dele, devemos agora
deter-nos a agradecer ao Senhor a sua magnanimidade infinita para com o ser
humano, o seu esbanjamento de amor por umas criaturas de que absolutamente não
precisava;- LOUVAI O SENHOR, PORQUE ELE É BOM. A presença da justiça original e
da perfeição no homem, criado á imagem de Deus, não excluía que esse homem,
enquanto criatura dotada de liberdade, fosse submetida desde o princípio, como
os demais seres espirituais, á prova da liberdade. Deus impôs-lhe uma única
condição;- podes comer de todas as árvores do paraíso, mas não comerás da
árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia que dela comeres, certamente
morrerás.
Conhecemos pela SAGRADA
ESCRITURA a triste transgressão dessa ordem do Senhor, descreve-nos o estado a
que o homem ficou reduzido depois do seu ato de desobediência. Quebrou-se
imediatamente a sua sujeição ao CRIADOR e desintegrou-se a harmonia que havia
nas suas potências;- perdeu a santidade e a justiça originais, o dom da
imortalidade, e caiu no cativeiro daquele que tem o império da morte, ou seja,
o diabo;- e toda a pessoa de Adão, por aquela ofensa de prevaricação, foi
mudada para pior no corpo e na alma. Assim cometeram os nossos primeiros pais o
pecado original no começo da história, um pecado que se propaga por geração a
cada homem que vem a este mundo.
A realidade desse pecado e o
conflito que cria na intimidade de cada homem é um dado que se comprova
facilmente. A fé explica a sua origem, mas todos experimentamos as suas
conseqüências. O que a REVELAÇÃO DIVINA nos diz coincide com a experiência. O
homem, com efeito, quando examina o seu coração, comprova a sua inclinação para
o mal e sente-se afogado em muitos males que não podem ter a sua origem no seu
santo CRIADOR. Paulo vi ensina que o homem nasce em pecado, com uma natureza
caída que já não possui o dom da graça de que outrora estava adornada, antes
está ferida nas suas próprias forças naturais e submetida ao império da morte. Além
disso, o pecado original transmite-se juntamente com a natureza humana, por
propagação, não por imitação, e encontra-se em cada um como próprio.
Com efeito, dá-se uma
misteriosa solidariedade de todos os homens em Adão, de modo que todos podem
considerar-se como um só homem, enquanto a todos convém uma mesma natureza
recebida do primeiro pai. Mas a solidariedade da graça que unia todos os homens
em Adão antes da sua falta, transformou-se em solidariedade no pecado. POR
ISSO, ASSIM COMO A JUSTIÇA ORIGINAL SE TERIA TRANSMITIDO AOS DESCENDENTES,
ASSIM SE TRANSMITIU A DESORDEM.
O espetáculo que o mal
apresenta no mundo e em nós, as tendências e os instintos do corpo que não se
submetem á razão, convencem-nos da profunda verdade contida na REVELAÇÃO e
incitam-nos a lutar contra o pecado, único verdadeiro mal e raiz de todos os
males que existem no mundo.quanta
miséria! Quantas ofensas! As minhas, as tuas, as da humanidade inteira... e
minha mãe concebeu-me no pecado. Nasci, como todos os homens, manchado com a
culpa dos nossos primeiros pais. Depois..., os meus pecados pessoais;-
REBELDIAS PENSADAS, DESEJADAS, COMETIDAS. PARA NOS PURIFICAR DESSA PODRIDÃO,
JESUS QUIS HUMILHAR-SE E TOMAR A FORMA DE SERVO, ENCARNANDO-SE NAS ENTRANHAS
SEM MÁCULA DE NOSSA SENHORA, SUA MÃE E MÃE TUA E MINHA. Passou trinta anos de
obscuridade, trabalhando como outro qualquer, junto de José. Pregou fez
milagres... e nós lhe pagamos com uma cruz. Precisas de mais motivos para a
contrição?
O senhor expulsou os nossos
primeiros pais do paraíso, indicando assim que os homens viriam ao mundo em
estado de separação de Deus. Em vez dos dons sobrenaturais, Adão e Eva
transmitiram-nos o pecado. Perderam a herança que deveriam deixar aos seus descendentes,
e já entre os primeiros filhos se fizeram notar imediatamente as conseqüências
do pecado;- CAIM MATA ABEL POR INVEJA. Da mesma forma, todos os males pessoais
e sociais têm a sua origem no primeiro pecado do homem. Embora o BATISMO perdoe
totalmente a culpa e a pena do pecado original, bem como os pecados que se
possam ter cometido pessoalmente antes de tê-lo recebido, não livra, no
entanto, dos efeitos do pecado;- o homem
continua sujeito ao erro, á concupiscência e á morte. O pecado original foi um
pecado de soberba. E cada um de nós cai também na mesma tentação de orgulho
quando procura ocupar o lugar de Deus, quer na vida privada, quer na
sociedade;- sereis como deuses. São as mesmas palavras que o homem ouve no meio
da desordem dos seus sentidos e potências. Tal como no princípio, também agora
busca ele a autonomia que o converta em árbitro do bem e do mal, e esquece-se
de que o seu maior bem consiste no amor e na submissão ao seu CRIADOR;- de que
só nele é que se recuperam a paz, a harmonia dos instintos e sentidos, bem como
todos os demais bens.
A
nossa ação apostólica no meio do mundo mover-nos-á a situar cada homem e as
suas obras (o ordenamento jurídico, o trabalho, o ensino...), no legítimo lugar
que lhes cabe em face do seu criador. Quando Deus está presente num POVO, NUMA
SOCIEDADE, A CONVIVÊNCIA TORNA-SE MAIS HUMANA. Não existe solução alguma para
os conflitos que assolam o mundo, para uma maior justiça social, que não passe
antes por uma aproximação de Deus, por uma conversão do coração. O mal está na
raiz – no coração do homem – e é aí que é preciso curá-lo.
A
doutrina sobre o pecado original, tão ativo hoje no homem e na sociedade, é um
ponto fundamental que não se pode esquecer na catequese e em todo o trabalho de
formação cristã. Perante um mundo que parece girar fora dos eixos, não podemos
cruzar os braços como quem nada pode diante de uma situação que o supera.
Não é necessário que intervenhamos
nas grandes decisões, que talvez não nos digam respeito, mas devemos fazê-lo
nesses campos que Deus pôs ao nosso alcance para que lhes demos uma orientação
cristã.
A nossa Mãe Santa Maria, que foi preservada
imune de toda a mancha da culpa do pecado original desde o primeiro instante da
sua concepção imaculada, por singular graça e privilégio de Deus, há de
ensinar-nos a ir á raiz dos males que nos afetam, ajudando-nos a fortalecer em
primeiro lugar e em cada situação a nossa AMIZADE COM DEUS.
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A
fé é só um modo de ver, de pensar e de sentir. A hemorroísa nos ensina que a fé
que salva é a maneira de tocar em Jesus. E esta maneira de tocá-lo obtém dele
todas as graças.
Jairo também nos ensina
que a fé é uma forma de esperar a intervenção de Deus contra toda esperança.
Quando tudo parece perdido, Jesus lhe diz;- NÃO TENHAS MEDO, CRÊ SOMENTE. SEJA
LÁ O QUE FOR QUE ESTEJAS VIVENDO, toca Jesus com tua oração, com teu coração e
espera em deus mesmo que tudo te pareça perdido e morto.
Palavra e vida 2017-
editora ave Maria.
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