segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ORAÇÃO DO LIVROIMITAÇÃO DE CRISTO – CONTRA AS LINGUAS MALDIZENTES

ORAÇÃO DO LIVROIMITAÇÃO DE CRISTO – CONTRA AS LINGUAS MALDIZENTES

            Cristo: - Filho, não te inquietes, se alguém fizer mal conceito de ti e disser coisas que não gostas de ouvir.
            Pior ainda deves julgar de ti mesmo e crer que ninguém é inferior a ti.
            Se andasses dentro de ti mesmo, não te importarias com as palavras, que o vento leva.
            Não é pouca prudência guardar silencio no tempo da adversidade, voltar-se, interiormente, para mim, sem as perturbar, com os juízos dos homens.
            Não dependa a tua paz da boca dos homens quer, julguem bem, quer mal de ti, nem por isso és outro homem.
            Onde esta a verdadeira paz e a verdadeira glória? Porventura não está em mim?
            Quem não procura agradar aos homens, nem teme desagradar-lhes, gozará de grande paz.
            Do amor desordenado e do vão temor, nascem às inquietações do coração e a distração dos sentidos.

                                   Reflexões
            Alguns se inquietam mais com os juízos dos homens do que com os de Deus. Estranha loucura! Quando aparecermos no tribunal de Deus de que nos servirá o desprezo ou a estima das criaturas? Não seremos condenados nem absolvidos segundo seus pensamentos. A verdade é quem nos há de julgar e sua sentença será eterna. Tal haverá que tendo vivido cercado de louvores e lisonja, ira expiar seus crimes “lá onde há choro e ranger de dentes e onde o bicho roedor nunca morre” (Mt 25,30; Mc 9,43).
            “““Outro haverá que viveu oprimido de opróbrios e ultrajes , e ouvirá estas divinas palavras :” Vinde vós que sois abençoados de meu Pai, tomai posse do reino que vos esta preparado desde o principio do mundo”, porque os juízos de Deus não são como os juízos dos homens, nem sua justiça como nossa justiça; nós  julgamos pelo exterior, “Ele sonda os pensamentos e o coração do homem” (Mt 25,35; Ecl 42,18).
            Não tenhas pois, em vista, senão este juiz supremos e sê indiferente a tudo o mais. De que serve tudo que deixamos ao entrar na cova? Os elogios solicitados mancham a consciência e destroem o mérito do bem que se faz para os alcançar.  “Tende cuidado de não fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outro modo não tereis recompensa de vosso Pai que está nos Céus.  Quando derdes esmola, não digais publicamente como das ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade  vos digo, que já receberam sua recompensa. Vós, porem, quando derdes esmola, dai-a em segredo, não saiba a mão esquerda o que faz a direita; e vosso Pai que vê o que se  passa em segredo; vos dará a paga. E quando orardes, não façais como os hipócritas que rezam em pé nas sinagogas e nos lugares públicos, para serem vistos pelos homens, em verdade vos digo que já receberam sua recompensa. Quando quiserdes fazer vossa oração, retirai-vos ao vosso quarto, fechai a porta e orai a vosso Pai em segredo e vosso Pai que vê o mais secreto e oculto, vos dará a recompensa”(Mt 6,1-6).
            Ó divino Salvador, vós sois o companheiro de nossa peregrinação, o consolador de nossos trabalhos, o remediador de nossas necessidades, o leal amigo que na hora em que tudo o mais nos deixa, mais no acompanha; dai-me, Senhor o espirito de sofrimento e de resignação, o espirito de paciência e de conformidade para que saiba imitar-vos e mereça com a vossa graça alcançar o premio dos bem-aventurados.

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