sábado, 13 de janeiro de 2018

ORAÇÕES FORTES; PADRE EDVINO AUGUSTO FRIDERICHS


Este relato é de meu trabalho;- quando a pessoa quer voltar pra igreja eu peço tudo o que ela tem referente aos lugares por onde ela andou. Sempre tive a curiosidade de saber o que estava escrito dentro daqueles patuás bem costurados, mas eu sabia que nem Jesus e Maria gostariam que eu os abrisse para matar a minha curiosidade. E estas pessoas sempre me falavam de orações fortes, e eu sempre dizia que a oração do terço era muito forte, seguida de missa do corpo de Cristo e alimentado também pela palavra. Mas eu sentia a necessidade da pessoa ter mais catequese porque sempre sentia medo daqueles patuás;- precisamos ter bastante paciência para que eles se desprendem dessas superstições e ficam livres pra Deus. O Deus da vida e do amor.
            Agora sim vem as revelações do Padre Edvino;- trouxeram-me para o museu do secretariado da defesa da fé um coração de cera de 11 cm. De altura sobre 8 de largura, encontrado diante do portal principal da igreja São José. Apresenta-se todo crivado de uns 100 alfinetes, uns fincados dentro completamente, outros pela metade ou a terça parte, distribuídos em toda superfície. Oco por dentro, havia uns 400 alfinetes no interior do artefato de cera. Ao redor, prendia-se amarrado a uma fitinha vermelha, uma coroa de espinhos. Cingindo a entrada e dando duas voltas ao redor do coração, uma fita vermelha de seda o amarrava fortemente. Acompanhava essa magia negra de caráter simpático a seguinte oração forte;-
eu te prendo e te amarro com as cadeias de São Pedro e São Paulo para que tu não tenhas sossego nem descanso em parte alguma do mundo, debaixo da pena de obediência a preceitos superiores. Que teu coração deite fagulhas de entusiasmo por mim como as que saíram da vela que acendi diante deste coração. Você, estás aqui preso e atado, e não mais verá a luz do sol nem o baço clarão da lua sem que me ames. FICA, DIABO, DIABO, DIABO!
Outro exemplo de oração forte;- Pedro e Paulo, foram a Roma, Pedro e Paulo vieram de Roma, Jesus Cristo os encontrou, Jesus Cristo lhes perguntou;- Pedro e Paulo o que vai em Roma? Muito zipole e erisipela e muita gente morre dela! Pedro e Paulo voltam, vão curá-la. Com que Senhor!? Com azeite de oliva e lã de ovelha viva, com a graça de Deus e da Virgem Maria, que tu sararias. Pai nosso – Ave Maria.
Eu te corto coxo coxão, sapo sapão, cobra cobrão, lagarto lagartão, e todo bicho  de má nação, para que não cresças nem apareças, nem dobres o rabo com a cabeça. Santa Íria três filhas tinha, uma se assava, outra se cozia, e outra pela água ia, perguntou a Nossa Senhora que lhe faria;- que lhe cuspisse e assoprasse que sararia. (Cospe-se) benzimento contra cobreiro. Pai nosso e ave Maria. ( analise vocês quanta idiotice ).
     Pôe-se a mão direita sobre o coração da pessoa doente, pronunciando as seguintes palavras milagrosas;- Jesus – o nome de Jesus me ajude! Aonde eu puser a mão, ponha Deus a santa virtude. Cristo vive, Cristo reina, Cristo te ilumine, Cristo te defenda de todo mau ar. Aleluia 3 vezes.
Conforme os atendimentos que eu for fazendo e tendo necessidade de esclarecer a todos eu vou divulgando esses absurdos. Nos diz Padre Edvino;- é uma trágica conseqüência do nosso maior mal a ignorância religiosa, 15 minutos de leitura formativa diária, são remédios eficazes contra essa epidemia.

QUEM SÃO OS EGUNS? PADRE EDVINO



            Consoante crença de certas tribos africanas, os eguns são as almas dos antepassados, dos já falecidos, cidadãos do astral. A palavra nagô é egungum e significa esqueleto. Consoante sua crença é por ocasião das festas realizadas em sua honra que esses mortos voltam a se comunicar com os seus descendentes. De que maneira o fazem? Por via de materialização. Assoma a nossos olhos uma figura fantasmagórica, a mais excêntrica que possamos imaginar. A vestimenta do espírito materializado é uma espécie de macacão superfino, de fazenda preciosa e caríssima. Ostenta uma combinação de desenhos em cores marrom, azul, vermelho e branco, cuja abertura larga é quadrada na extremidade superior, no vértice da cabeça.
Na altura do rosto se localizam dois orifícios para a visão. No intuito de encobri-los, pendem de lá colares diversicolores, miçangas e guias. Em toda superfície do peito pedras preciosas em profusão, de diminuto tamanho, imitando olhos e formando destarte uma máscara sui generis. Algum tantinho mais para baixo, outros pequenos espelhos. No centro do peito um de formato maior, completando o peitilho precioso. Ao redor de todo o corpo do (espírito) da cabeça até quase os pés, em forma circular, se acham pendentes tiras avulsas de um palmo de largura, de panos finos e variegadamente coloridos;- vermelho, verde, azul, amarelo, marrom e branco. Seda, algodão e outras fazendas se acham representadas...
Nos pés da indumentária deve existir uma espécie de sola de couro ou matéria plástica, em todo caso, algum elemento resistente a permitir ao (egum) de executar sem problemas suas danças, seus saltos durante horas e dar seus passeios pelos arredores da casa de candomblé. Desta riquíssima indumentária, cujo preço, de cada conjunto, deve orçar a mais de dez mil – apareceram umas seis variantes naquela memorável noitada. As tiras de pano livremente pendentes ao redor do corpo, em seu aspecto multicolorido engendram um efeito grandioso durante a dança dos eguns, ao som atordoante dos atabaques. É particularmente nessas danças que os eguns chegam facilmente a aproximar-se demais dos vivos, momento em que as varas brancas dos ogés devem entrar em vigorosa ação, para defender a vida dos presentes na primeira fila. Os eguns experimentam um afeto tão veemente por eles, e, premidos pelas saudades, desejariam levá-los incontinenti consigo.
Daí a crença da morte instantânea de quem toca neles ou for tocado por eles. Seria como se alguém encostasse a mão num fio de alta tensão, morrendo eletrocutado fatalmente. Percebe-se, aqui e lá, o horror estampado no semblante dos que ficam próximos aos espíritos. Somente as varas sagradas possuem o condão de tocar impunemente no egum materializado. Eis porque os ogés passam muito trabalho no afã de moderarem os ímpetos de apego a dominarem os ancestrais visitantes. O autor destas linhas, em diversas ocasiões favoráveis, durante aquelas longas horas, se empenhou por todas as vias ao seu alcance, de dar um rápido abraço ou pelo menos umas batidinhas amigas com a mão no ombro de algum egum, mas a vigilância férrea dos homens das varas mágicas não o permitiu. Vejamos porque;- levo nítida recordação, de como na minha infância, lá dos 5 aos 10 anos, ficava encantado ao pensar na época do natal, quando viria o Menino Jesus distribuir os presentes merecidos para as crianças aplicadas e bem comportadas. Como me empenhava em ser obediente e bonzinho para receber integralmente a lista dos brinquedos encomendados.
Mas a alegria vinha um tanto mesclada de preocupação. É que junto do  CHRISTKINDCHEN    (MENINO DO NATAL ) vinha também a figura temerosa do PELZNICHEL – UM VELHO RABUJENTO E DISFORME, DIR-SE-IA LEMBRANDO O DEMÔNIO. Embora salutar para a educação dos pequenos, seu papel era negativo, baseado exclusivamente no temor. Sua missão era repreender e castigar com todo rigor as crianças de má conduta, trazer-lhes uma vara de marmelo, com a qual os pais deveriam castigá-los, tão logo fizessem alguma estrepolia merecedora de punição.
Por vezes esse papai Noel, em combinação com os pais, aplicava na hora, na noite mesma do natal, uma surra medicinal nos incorrigíveis. O menino Jesus, materializado numa pessoa do sexo feminino, de aparência bela, meiga, vestida de noiva, ao fazer a entrega dos mimos de natal, dava toda uma série de bons conselhos para a boa formação e progressos dos meninos. Os dois vinham, ora juntos, ora em separado, de acordo com o imperativo das circunstancias;-  tempos saudosos aqueles! A gente vivia numa quadra feliz, embalado em doces ilusões, até um belo dia desses se esboroarem em pó e fumo aqueles sonhos fagueiramente acalentados. A partir daquela fatídica data, o natal havia perdido mais de 75% de seus encantos.
Essa história dos eguns evocou, com espontaneidade, essa quadra feliz da vida em que andávamos ás voltas com Papais e Mamães Noel. Com efeito, esses eguns nada mais representam do que um tipo de papai Noel, um morto fictício, para manter viva uma velha tradição. Não passa de um teatro, de uma farsa, própria para o tempo de carnaval. Entretanto, acredita nela, com toda boa fé, mais de 80% da assistência. Estes tem pouco ou quiçá nenhuma responsabilidade diante de Deus. Os chefes, os iniciados porém, conscientes do embuste tem a consciência onerada diante de Deus deles o juiz eterno exigirá um dia exata prestação de contas.
Alguns poucos sabidos da seita, os tais iniciados, conservam o sigilo com o máximo rigor, a fim de que a fraude dessa materialização dos ancestrais não chegue á luz do dia. Salta aos olhos do mais ingênuo a evidencia, de que sob aquelas vestes se ocultam poucos iniciados. Eis todo o segredo daquela materialização, que a poderosa sugestão, muitíssimas vezes repetidas através de muitas gerações, se encarrega de gravar indelevelmente no subconsciente daquela gente e que a ignorância e a ingenuidade mantém inviolável – a maior garantia para atingir a meta colimada é a total intangibilidade dos eguns, sob a ameaça terrível de morte imediata.
O outro expediente assegurador da sobrevivência dessa seita é a manutenção do segredo mais absoluto. Achamo-nos em face de uma seita secreta, cujos membros se obrigam, sob pena de morte, a não revelar algum segredo comprometedor. É em atenção a esse pacto de morte que não mostram aos visitantes ou estudiosos os aposentos reservados, o lado esotérico. É por isso que não admitem referentes a pontos secretos. É o temor de serem desmascarados na sua má fé ou quiçá ridicularizados.... Atribuível – talvez a esses fatores negativos é que dei pela ausência total do que poderíamos denominar de espírito de Deus. Era tudo pagão. Não havia ali nada de cristão. Não se ouviu nenhuma palavra, nenhuma alusão a honrar, amar, servir, e obedecer a Deus, estímulos de praticar o bem ou a caridade, NADA DISSO.

CANDOMBLÉ DE MORTO - EDVINO AUGUSTO FRIDERICHS



            Um espetáculo raro e dificílimo de presenciar, sem especialíssimas credenciais, é assistir um candomblé de eguns ou candomblé de morto. Graças a uma série de circunstâncias felizes, consegui dar um jeito, acompanhando um senhor muito relacionado nesses meios. Foi em Salvador, numa das ilhas da Bahia de todos os santos. Localiza-se esse terreiro num sítio de difícil acesso. Pelas 21,30 horas ouve-se, de repente, um grito generalizado de alarme. Correria geral e precipitada para o grande galpão da festa. Que acontecerá?
            Havia aparecido inesperadamente um egum, a passear nas imediações do terreiro. Não podia ser mais eficiente o toque de reunir, pois o temor que infunde essa entidade ancestral entre os filhos desse candomblé, é espantoso. Revolucionara toda zona.
O rufar dos atabaques, que entrou em cheio, veio completar a disposição inicial de expectativa. Alguns cânticos, á moda de responsórios, entoados pelos babás (dirigentes) e as filhas de santo, entre as quais, não pode, naturalmente, faltar o ponto a Exu, a fim de que não atrapalhe as solenidades da noite, marcaram o início propriamente dito. Nesse ínterim encheu-se o recinto com as pessoas presentes á festa e chaveou-se a porta.
            Havia poucas cadeiras e bancos disponíveis – de sorte que tivemos de sentar-nos, ora no chão duro, por sobre o cimento, ora sobre algum banco ou cadeira primitivos, sem nenhum conforto, ou então ficar de pé mesmo, devido á grande aglomeração humana, num espaço por demais reduzido. Achavam-se dentro desse barracão, seguramente, umas 200 pessoas, das quais 80 e mais por cento descendentes diretos de africanos. Esta situação, um forte resfriado, mais a terrível monotonia, que das 2 horas da madrugada em diante se acentuou cada vez mais, produziu-me tal cansaço, a ponto de quase não poder manter-me em pé, quando-  pelas 6,30 da manhã terminou o candomblé.
             Foi um alívio ver o sol radioso e poder respirar novamente um ar puro e oxigenado. Durante a longa sessão contei mais de setenta pessoas dormindo um sono solto pelas 3 ou 4 horas da madrugada. E não eram só crianças e pessoas idosas, mas moços fortes, homens e mulheres na flor da idade. Essa circunstancia faz saltar aos olhos o absurdo de esses candomblés durarem cada vez a noite inteirinha, inutilizando os assistentes para o trabalho do dia seguinte. A seguir foram feitas obrigações aos eguns, cerimônias porém, de caráter secreto, esotérico, realizadas tão somente pelos iniciados. Duraram cerca de uma hora, sem possibilidade de algum assistente presenciar a esses atos de culto.
            Pelas 23,20 horas foram ouvidos os primeiros gritos, vindos de fora, denunciadores da presença de eguns. Entraram, então, de chofre uns vinte homens no terreiro, empunhando ixás, umas varas brancas, finas, de uns 2 metros de comprimento, de uma madeira do mato, parecida ao marmeleiro do Rio Grande do Sul. Alguns deles, de espaço a espaço, fustigavam com elas energicamente o assoalho, como para auto-sugestionar-se diante de um perigo iminente.
Falavam yorubá, um idioma africano, do qual o visitante não iniciado não entende patavina. São os ogés, encarregados de vigiar pela ordem e o bom andamento da festa. A finalidade dessas varas é manter separados, na devida distância, os mortos visitantes dos vivos, seus descendentes. Existe – além disto, uma espécie de pacto de obediência e respeito recíprocos entre os eguns e os ogés. Uns devem respeitar religiosamente as prerrogativas dos outros.
Pela noite, hora dos mistérios e fantasmas, entrou em cena o primeiro egum, cujo esquisito vociferar já se prenunciara á distância, antes de se abrir a porta para ele aparecer em público.
            Atente o leitor a este particular;- é preciso abrir a porta para esse (espírito ) poder entrar! Tire as devidas conclusões. Para bom entendedor meia palavra basta...
            Afirmam ser grande o número de adultos versados na língua yorubá. Compreendem esse estranho (stacato), esse vociferar monossilábico, mediante o qual os eguns se dirigem aos filhos deste plano. Verificamos com surpresa, o fato de uns 20 ou 30 responderem aos eguns.
            Os mais moços, não sabendo yorubá, pediam a bênção em português – pedido esse, pronta e benignamente despachado pelo espírito materializado.

A CONFRATERNIZAÇÃO DE TODAS AS RELIGIÕES - PADRE EDVINO AUGUSTO FRIDERICHS



            É este um assunto que hoje em dia vem muitas vezes á baila. Lemos em certos jornais, revistas, etc...;- no sentido de as religiões todas se irmanarem. Em tese a idéia parece muito simpática, com visos de piedosa até, mas na realidade, constitui não somente uma utopia, mas mesmo um contra-senso. Não é realizável nem por parte das numerosas seitas, nem tão pouco por parte da igreja católica. Das primeiras, porque defendem doutrinas e pontos de vista contraditórios uns dos outros. Muito menos tal congraçamento seria viável por parte da igreja católica, pelo simples motivo, por isso se basear na incoerência do indiferentismo religioso, isto é, de as religiões todas serem boas.
            Ora, a boa e sã lógica ensina, que esta assertiva encerra uma contradição nos seus próprios termos. É uma criança que já nasceu morta. Reflitamos um pouco. Se uma religião ensina o contrário da outra, o que para uma é cristalina verdade, para a outra representa abominável erro.
Como é concebível que todas as religiões possam ser boas, se, o que para uma  é coisa sagrada, para a outra é objeto de execração? Se o que uma adora, a outra despreza, odeia e blasfema? Se todas as religiões fossem boas, então 2 vezes 5 seriam 10, seriam 9, seriam 11 e assim por diante e tudo estaria rigorosamente de acordo com a verdade. Mas qualquer criança do curso primário sabe que 2 vezes 5 são 10. Esta é que é a verdade. Portanto, logicamente, quem sustentasse 9 ou 11, estaria redondamente enganado, estaria cometendo crasso erro de palmatória.
            Ora, a igreja católica baseada em argumentação científica tem certeza de estar com a luz divina da verdade. Esta verdade é um depósito que lhe foi confiado por Jesus Cristo, motivo porque deve defendê-la irredutivelmente contra os erros invasores. Não prega idéias próprias, mas um patrimônio legado por Deus, pelo qual responsabilizada de transmiti-lo integralmente aos homens. No dia em que a igreja transigisse, não estaria mais de posse dessa tranqüila segurança, que tanto conforta os seus filhos.
            De mais a mais, não é a igreja que é intolerante, é a própria verdade que é intransigente. É intolerante a verdade porque não tolera junto de si o erro. É intolerante o raio de sol, porque não tolera junto de si o gelo. São intolerantes as matemáticas porque não toleram que 2 vezes 2 sejam 5. É intolerantes a igreja católica, porque Jesus Cristo não fundou mais que uma única religião, uma única igreja. Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, disse Cristo, e não, as minhas igrejas.
            Por isto, ao afirmar que ela é a única verdadeira igreja de Jesus Cristo, há de sustentar conseqüentemente que as outras confissões não são a verdadeira igreja de Jesus Cristo. 

A VERDADE ACIMA DE TUDO - PORQUE INCOMODAR PESSOAS DE BOA FÉ?


Livro onde os espíritos baixam. Edvino Augusto Friderichs.
Não alimentamos a menor dúvida de que seja enorme a percentagem dos espíritas e umbandistas de boa fé, isto é, dos que praticam o seu espiritismo com toda convicção e sinceridade, persuadidos de que estão no caminho certo rumo a Deus e á felicidade eterna. Na hipótese de não terem culpa dessa ignorância religiosa, por não terem tido oportunidade para se instruírem melhor, de fato se salvarão, porque Deus julga a cada um pela sua sinceridade. Os que, entretanto, perderam a verdadeira fé católica por leviandade culposa, deverão responder ao Juiz Eterno pela sua grave responsabilidade.
            Os sacerdotes católicos, os catequistas, os pais e educadores tem diante de Deus e de sua consciência a grave obrigação de orientar em matéria de religião, de religiões e seitas. Quem gozou do privilégio de uma boa formação religiosa deve apontar os rumos aos seus semelhantes e subordinados, incapazes de discernir o erro da verdade. E a imensa maioria do povo brasileiro, devido á falta de sacerdotes, acha-se, infelizmente, nesta situação de ignorância religiosa.
            Urge, pois, apareçam líderes espirituais católicos para guiá-los na senda para a pátria eterna. Líderes sacerdotes, lideres diáconos, líderes irmãos, líderes irmãs, líderes professoras e professores, líderes leigos e antes de tudo, líderes á altura de manejar as armas modernas de mais longo alcance, a imprensa, o cinema, o rádio e a televisão.
            Mas porque inquietar toda essa multidão de homens de boa vontade? Não será preferível deixá-los na boa fé? De forma alguma, Jesus Cristo, antes de subir ao céu incumbiu os seus discípulos de irem e ensinarem a todos os povos a sua doutrina. Se os ministros de Deus, os sacerdotes, não cumprirem essa ordem do Redentor, eles se tornarão traidores da causa de Cristo e réus de condenação. Permitiriam que as ovelhas do rebanho de Cristo se tornassem vítimas do Lobo do paganismo – pois o espiritismo, a umbanda etc..., representam uma gigantesca tentativa de repaganização do cristianismo, por mais que falem em Cristo e nos santos, por mais que citem o Evangelho. Dói-nos ter de mencionar tão dura verdade, mas trata-se de um imperativo categórico da consciência sacerdotal, responsável pela orientação na fé de tantos católicos.
            De mais a mais não são os homens que determinam como Deus quer ser servido, mas Ele mesmo. E Ele o fez com toda a clareza, motivo porque todos tem a sacrossanta obrigação de se instruir exatamente sobre as ordens de Deus a esse respeito. A verdade acima de tudo.
            EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA, QUEM ME SEGUE NÃO ANDA EM TREVAS, DISSE CRISTO. Portanto, nós os homens não estamos autorizados a fabricar uma religião assim a nosso gosto, como o fazem, desgraçadamente, para a sua perdição, milhões de homens. Eu sou o Senhor vosso Deus, nos diz o Altíssimo. Não são aqueles que dizem Senhor, Senhor, os que entram no reino dos céus, mas aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está nos céus, inculcou Cristo com toda o clareza. Sim, a vontade santíssima e altíssima de Deus, os preceitos de Deus, a verdade divina acima de tudo! Estes devem ser cumpridos á risca por todo aquele que deseja assegurar a salvação eterna de sua alma. Amém.

AVE MARIA - FREI PATRÍCIO SCIADINI



            A ave Maria  é uma oração que se aprende no colo da mãe, ou da avó. É uma das primeiras orações que a criança decora. Recordo-me que minha mãe Domênica, ensinou-me essa oração em latim, um latim todo errado, mas com uma fé certa, segura, e um amor apaixonado a Maria. A ave Maria é uma oração de simplicidade extrema, mas que toca em profundidade o nosso coração humano, sofrido, em busca da luz, de conforto. É o abraço da mãe que nos acolhe. A síntese da ave Maria, que consta no catecismo da nossa igreja, é tão bonita que não quero estragá-la com minhas reflexões. Por isso, neste artigo apresento as duas primeiras invocações;- esse duplo movimento da oração a Maria encontrou uma expressão privilegiada na oração da ave Maria;-
            Ave Maria, alegra-te Maria;- a saudação do anjo Gabriel abre a oração da ave Maria. É o próprio Deus que, por intermédio de seu anjo, saúda Maria. Nossa oração ousa retomar a saudação de Maria com o olhar que Deus lançou sobre sua humilde serva, alegrando-nos com a mesma alegria que Deus encontra nela.
CHEIA DE GRAÇA, O Senhor é convosco;- as duas palavras de saudação do anjo se esclarecem mutuamente. Maria é cheia de graça porque o Senhor está com ela. A graça com que ela é cumulada é a presença daquele que é fonte de toda a graça. Alegra-te, filha de Jerusalém! O Senhor está no meio de ti. Maria, em quem vem habitar o próprio Senhor, é em pessoa a filha de Sião, a Arca da Aliança, o lugar onde reside a glória do Senhor. Ela é a morada de Deus entre os homens. Cheia de graça e toda dedicada áquele que nela vem habitar e que ela vai dar ao mundo...

            Volte a meditar essas palavras e a esculpi-las no seu coração de filho e filha de Maria!!!! Amém.

CREIO NO ESPÍRITO SANTO - PADRE PAIVA


            O Espírito Santo é Deus? Sim, Ele é o Espírito do Pai e do Filho. Por isso mesmo somos batizados no Nome único de Deus;- Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O Espírito não fala de si mesmo, mas é o Espírito da Verdade que dá testemunho do Cristo.
            Só ele conhece o que está em Deus, pois é Espírito de Deus. Assim temos o mesmo conhecimento divino do Filho;- ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai;- nem quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo. O Espírito e o Filho tem o mesmo conhecimento total e único do Pai, pois os 3 participam integralmente da mesma natureza divina;- um só Deus em 3 pessoas.
            Porque necessitamos do Espírito Santo? Ora, o Pai nos dá o Espírito Santo do seu Filho para que o reconheçamos como Pai;- E porque sois filhos, enviou Deus aos vossos corações o Espírito do seu Filho, que clama! ABBÀ!!! Isto é ;- Meu Pai! Só pela ação do Espírito Santo pode alguém dizer;- Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus Pai.
            Qual o papel do Espírito segundo o AT.? O Espírito é divinamente livre e sopra onde quer. No AT. Ele não era reconhecido ainda como Pessoa Divina, mas só como uma força de Deus, reconhecida por sua atuação, como o vento, que não vemos mas que reconhecemos por seus efeitos. Vemos no livro de Juízes que ele permanece com os libertadores do povo e os reveste como uma armadura para que defendam os oprimidos e vençam os opressores.
            Os reis são ungidos, para que o Espírito do Senhor desça sobre eles, e eles pastoreiem devidamente o Povo de Deus. tendo os reis falhados repetidamente em viver esta graça e servir bem o povo, é prometido que o Espírito repousará sobre o Ungido, o Messias, o Cristo, abrindo o caminho para um reinado de alegria e santidade.

                        Feliz ano novo.

MÃE DA IGREJA - PADRE PAIVA



            Neste começo de ano, a mãe igreja nos convida;- Celebremos a maternidade da Santíssima Virgem Maria. Ao Cristo, seu Filho, adoremos!
Começa o ano novo! Queremos que seja bom! Entoamos nosso canto de esperança que vence a descrença como a aurora vence a escuridão. Filho do Pai Supremo, o Esposo / e Redentor sai, triunfante, / do seio da Virgem Maria, / numa corrida de gigante.
            Corrida de gigante! Mas é um judeuzinho, enrolado em paninhos e deitado na manjedoura! Mas, é verdade! Ele nasceu pequenino em Belém e começou sua corrida de gigante, gigante de amor! Haverá criaturinha mais amável do que um bebê? Capaz de nos enternecer e fazer acreditar que a vida começou de novo!
O Menino Jesus e todos os bebês nos convidam e insistem conosco para que cessem as guerras, cessem iras, dissensões! Que cessem os abusos! Que o corpo humano seja respeitado, a vida não seja encurtada!
            Acompanhemos, com o coração fiel, Maria e José, levando o Menino ao Templo para que lhe fosse dado o Nome de Jesus. E lembremos o carinhoso hino;-
                        Jesus – suave lembrança, nome mais doce que o mel, dais a perfeita alegria ao coração do fiel!
            Nada mais terno se canta, nem pode ouvir-se nos céus, / nada mais doce se pensa / do que Jesus, Homem Deus!

                                   Louvor ao Filho dileto, do Pai eterno esplendor, / que, / pelo laço do Espírito, /   vive na glória do amor! 

DIREITOS DA CRIANÇA QUE VAI NASCER

Direitos da criança que vai nascer;- Estatuto do Nascituro. Padre Luiz Antonio Bento.
            É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, o direito á vida, á saúde, ao desenvolvimento, á alimentação, á dignidade, ao respeito, á liberdade e á família, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Entre outras determinações, afirma que é vedado ao estado ou a particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores;- reconhece que o nascituro concebido em decorrência de estupro terá assegurado os seguintes direitos;- direito á assistência pré natal, com acompanhamento psicológico da mãe;- direito de ser encaminhado á adoção, caso a mãe assim o deseje. Na hipótese de a mãe vítima de estupro não dispor de meios econômicos suficientes para cuidar da vida, da saúde, do desenvolvimento e da educação da criança, o estado arcará com os custos respectivos até que venha a ser identificado e responsabilizado por pensão o genitor ou venha a ser adotada a criança, se assim for da vontade da mãe.
            Sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana, afirma que o ser humano deve ser respeitado e tratado como uma pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento, devem-lhe ser reconhecidos os direitos da pessoa – sobretudo o primeiro de todos – o direito inviolável de cada ser humano inocente á vida. Vale recordar o apelo do saudoso Dom Luciano Mendes de Almeida, quando disse;- É importante que as futuras mães, diante de Deus, reconheçam os direitos e os deveres que possuem e todo o apreço que de nós merecem.
            Por outro lado, que as mães saibam assumir, com carinho, sacrifício e generosidade, a vida que Deus lhe confia. E profetiza que a sociedade que se fecha no individualismo fará leis egoístas e nunca compreenderá a beleza e a dignidade da vida.

            Enfim para acolher o nascituro, TEMOS QUE APRENDER A AMAR. 

REFLEXÕES EM TORNO DO ABORTO - DOM ORLANDO BRANDES


A vida é um dom primário e fundamental que deve ser respeitado desde a fecundação. Sem o respeito pela vida, desmoronam os outros direitos humanos e a própria comunidade humana. A vida é original – única – irrepetível. O quinto mandamento – não matarás, é uma ordem de Deus que protege e defende a vida. O feto (o embrião) é frágil – inocente, indefeso e depende totalmente da mãe. Por outro lado, o instinto materno é tão grande que na própria natureza humana tudo conduz com uma sabedoria que vem do criador e estabelece profundo vínculo físico, psicológico e espiritual entre mãe e filho. O aborto frustra todo este impulso vital materno e decreta a pena de morte para um inocente.
            O feto não é um aglomerado de células que pode ser destruído sem mais, nem menos. Pelo contrário, é um ser humano, uma vida humana, um filho, uma pessoa! O embrião tem a própria dignidade e o direito de se desenvolver e nascer. Ele é um pronome pessoal – é alguém, é o outro, diferente do corpo da mãe, embora dela dependa em tudo. Nunca o feto é apenas mais um membro do corpo da mãe. Ela não pode tratá-lo como uma parte do seu organismo e dele desfazer-se, quando bem entender. Quem cria e embala um bebê, cria e embala o futuro do mundo.
            Aborto nunca pode ser um direito, porque é matar, eliminar a vida, destruir um ser humano que tem o direito de nascer e viver. O aborto também não é questão de saúde pública, a não ser no sentido de proteger a vida do nascituro, amparar a gestante, oferecer condições de levar a gravidez até o fim. Saúde pública nunca é direito de matar inocente e indefeso. Gravidez e maternidade não são enfermidades. Saúde pública é fechar clínicas abortivas, proibir a venda de remédios abortivos, obrigar o pai biológico a assumir a responsabilidade.
            A vida é maravilhosa vocação e missão. É um desígnio eterno e amoroso do Pai. O primeiro útero que nos acolhe é o útero da SS. Trindade. Nossa genealogia começa no coração do Pai. A glória de Deus é o ser humano vivente. Nosso zelo e nosso cuidado com a vida iniciam-se no útero materno e se estendem a todas as etapas da vida. Por isso, incentivamos a pastoral da criança, do menor, do idoso, da família, e lutamos por condições de vida dignas, ou seja, a saúde o emprego, a escola.
            Quem pratica ou aconselha o aborto – colabora com ele ou faz leis abortivas – comete uma ação tão grave que se afasta sobre essas pessoas a coerência eucarística. Não lhes é permitido receber a eucaristia, até porque caíram na penalidade da excomunhão. Toda essa severidade da igreja quer alertar para a gravidade  do aborto, que está muito banalizado e facilitado. Impera uma mentalidade abortista por meios de comunicação, na medicina e nos governos. Os que deveriam defender a vida assumem a (cultura da morte),
            Temos centros de atendimento ás gestantes e muitas vidas são salvas assim. Quem caiu no pecado do aborto, se arrepende, muda de mentalidade, confessa que errou gravemente, faz penitência e reparação, recebe o perdão do Pai, rico em misericórdia. Temos ouvido testemunhos tão tocantes de pessoas que abortam e se arrependeram. Essas pessoas tornam-se profetas audazes contra a prática do aborto e aconselham outras pessoas a não praticar esse pecado. Sérias pesquisas comprovam que o povo brasileiro é contrário ao aborto.
            Queremos um Brasil sem aborto e pela cultura da vida.

Oremos;- nós vos louvamos, Senhor, Deus da vida. Bendito sejais, porque nos criastes por amor. Vossas mãos nos modelaram desde o ventre materno. Nós vos agradecemos pelos nossos pais, famílias e todas as pessoas que cuidam da vida humana desde o seu início até o fim.

            Em vós somos, vivemos e existimos. Abençoai todos e todas que zelam pela vida humana e a promovem. Abençoai as gestantes e todos os profissionais da saúde. Daí ás pessoas e ás famílias o pão de cada dia, a luz da fé e o amor fraterno. Nossa Senhora Aparecida, intercedei por nossos nascituros, nossas crianças, nossos jovens – nossos adultos e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus, que ofereceu sua vida em favor de todos. Amém. Dom Orlando Brandes. 

PECADO MORTAL E VENIAL - JOÃO DOWELL




Sei que cometo muitas faltas, mas não sinto que quero ofender a Deus. como se explica isso? Nosso relacionamento com Deus é como com uma pessoa conhecida. Pode ter altos e baixos.meus pecados são minhas falhas neste relacionamento. Mas existe uma grande diferença entre a minha atitude e a de Deus. ele é sempre fiel.
Nunca falha na sua amizade. Cobre-me de atenções. Devo-lhe mil favores. Salvou minha própria vida. Posso procurar corresponder a tanta bondade. Sei que sou limitado. Não consigo retribuir-lhe nem de longe na mesma medida. Mas tento colaborar com ele e com seus projetos;- fazer o que ele me pede;- pôr tudo o que tenho a sua disposição.
            Mas apesar da minha boa vontade, do respeito e da gratidão que tenho para com ele, ás vezes sou egoísta. Meu gosto e meu interesse particular prevalecem sobre a nossa amizade. Finjo que não ouço o seu pedido. Deixo de fazer o que ele quer ou tomo uma atitude que o desgosta.
Não quero ofendê-lo, mas acabo magoando-o, porque prefiro fazer a minha vontade. São coisas pequenas, que não rompem a nossa amizade, mas a enfraquecem, se se repetem voluntariamente. Se não cedo naqueles pontos, embora saiba que ele tem razão, vou criando de minha parte certa distância no relacionamento. Essas falhas chamam-se pecados veniais.
            São incoerências em relação a minha decisão fundamental de ser fiel a Deus. Mas pode ser que num certo momento me encontre diante de uma situação mais séria. É como se um amigo estivesse num grave perigo e pedisse a minha ajuda. Recusar fazer tudo o que posso significa ofendê-lo gravemente, trair a nossa amizade.
Não quereria dar esse passo. Mas ir em sua ajuda exige sacrifícios. Devo arriscar-me, renunciar as coisas que me traem. Acabo fraquejando, por medo ou por apego a minha segurança e prazer. Meu amor não é o bastante forte, para vencer esta prova. Nesse caso também, apesar da gravidade do assunto, não se rompeu completamente a relação com Deus.
            É uma fraqueza culpável – mas não uma rejeição plenamente voluntaria de Deus. Não sou suficientemente livre para fazer o que ele me pede. Continuo desejando orientar minha vida para ele, embora não consiga talvez libertar-me logo daquela situação.
Neste caso, não há propriamente um pecado mortal. Se procuro sinceramente superar o problema, a gravidade da coisa em si mesma fica atenuada pela falta de plena responsabilidade. O pecado mortal é ao contrário, o rompimento consciente e voluntário da relação com Deus, faço o que quero, sem me importar se isso agrada ou não a Deus.

Deliberadamente viro as costas a ele. É o cúmulo da nossa arrogância e maldade. Não acontece para quem tem boa vontade. Mas se vamos descuidando de cultivar a nossa amizade com Deus, caímos na indiferença e então tudo é possível.

MARIA PURIFICA...MONTFORT



            Maria purifica nossas boas obras, embeleza-as e as torna aceitáveis a seu filho. Esta bondosa Senhora purifica, embeleza e torna aceitáveis a seu Filho todas as nossas boas obras, porque, Por esta devoção, as damos todas a Ele pelas mãos de sua Mãe Santíssima.
1-     Ela as purifica de toda mancha de amor próprio e do apego imperceptível á criatura, apego que se insinua insensivelmente nas melhores ações. Desde que elas estão em suas mãos puríssimas e fecundas, estas mesmas mãos, que não foram jamais manchadas nem ociosas, e que purificam tudo que tocam, tiram do presente que lhe fazemos tudo que pode deteriorá-lo ou torná-lo imperfeito.
2-     Ela embeleza nossas boas ações, ornando-as com seus méritos e virtudes. É como se um campônio, querendo ganhar a amizade do rei, se dirigisse á rainha, e lhe apresentasse uma maçã, que representasse todo o seu lucro, e lhe pedisse que a oferecesse ao rei. A rainha, acolhendo a pobre dádiva do camponês, punha-a no centro de grande e magnífico prato de ouro, e apresentava-a assim ao rei, da parte do ofertante. Nestas circunstâncias, a maçã, indigna por si mesma de ser oferecida ao rei, torna-se um presente digno de sua majestade, devido ao prato de ouro e á importância da pessoa que a apresenta.
3-     Ela apresenta essas boas obras a Jesus Cristo, pois nada retém para si do que lhe ofertamos. Tudo remete fielmente a Jesus. Se algo damos a ela, damos necessariamente a Jesus. Se a louvamos e glorificamos, logo ela louva e glorifica a Jesus. Hoje como outrora, quando santa Isabel a exaltou, ela canta, quando a louvamos e bendizemos;- magnificat anima meã Dominum...
4-     Faz Jesus aceitar essas boas obras, por pequeno e pobre que seja o presente que ofertamos ao santo dos santos e rei dos reis. Quando apresentamos alguma coisa a Jesus, de nossa própria iniciativa e apoiados em nossa própria capacidade e disposição, Jesus examina o presente, e muitas vezes o rejeita em vista das manchas que a dádiva contraiu do nosso amor próprio, como antigamente rejeitou os sacrifícios dos judeus por estarem cheios de vontade própria. Quando, porém, lhe apresentamos algo pelas mãos puras e virginais de sua bem amada, tomamo-lo pelo seu lado fraco, se me é permitida a expressão. Ele não considera tanto a oferta que lhe fazemos como sua boa Mãe que lha apresenta;- não olha tanto a procedência do presente como a portadora. Deste modo, Maria, que nunca foi repelida, e, pelo contrário, foi sempre bem recebida, faz que seja agradavelmente recebido pela majestade divina tudo que lhe apresenta, pequeno ou grande;- basta que Maria lho apresente para que Jesus o receba e acolha. Conselho valioso é o que dava São Bernardo aos que dirigia no caminho da perfeição;- quando quiserdes oferecer qualquer coisa a Deus, tende o cuidado de oferecê-lo pelas mãos agradáveis e digníssimas de Maria, a menos que queirais ser rejeitados. E, como vimos, a própria natureza não inspira aos pequenos como agir em relação aos grandes? Porque não há de levar-nos a graça a fazer o mesmo em relação a Deus, que está infinitamente acima de nós, e diante do qual somos menos que átomos? Tendo além disso uma advogada tão poderosa, que não foi jamais repelida;- tão habilidosa que conhece os segredos para ganhar o coração de Deus;- tão boa e caridosa que não se esquiva a ninguém, por pequeno e mau que seja.


Oremos;- ó santa imaculada virgindade, não sei com que louvores vos possa exaltar, pois quem os céus não podem conter, vós o levastes em vosso seio.

            Sois toda formosa, virgem Maria, e não há mancha em vós. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.

SANTA MARIA MÃE DE DEUS - ORAÇÃO DAS HORAS


Quem nos deu todas as coisas que foram, são e hão de ser;- no amor do Pai foi gerado, mas quis na terra nascer.
            Um corpo humano assumindo, eis que o Filho é nosso irmão, vem libertar-nos da morte, salvar os filhos de Adão.
A luz do Espírito Santo sobre uma virgem desceu;- ungido rei e profeta, Jesus menino nasceu.
            O que os profetas cantaram;- o prometido a Israel, vem salvar todos os povos, Deus conosco, Emanuel.
Glória ao Espírito Santo, por quem nos veio Jesus;- vida, verdade e caminho, que ao Pai Eterno conduz.
            Ant. 1- Admirável intercâmbio! O Criador da humanidade, assumindo corpo e alma, quis nascer de uma Virgem. Feito homem, nos doou sua própria divindade!
Ant. 2- ao nascerdes da Virgem de modo inefável, a palavra de Deus se cumpriu plenamente;- como chuva na relva descestes dos céus e viestes salvar-nos! Glória a vós, nosso Deus!
            Ant. 3- como a sarça, que Moisés viu arder sem se queimar. Assim intacta é a vossa admirável virgindade. Maria, Mãe de Deus, por nós intercedei!  

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Oremos;- á vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus;- não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades;- mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e bendita.

            Um feliz ano novo pra todos.