terça-feira, 4 de abril de 2017

AQUI E ALI. CANTA E CAMINHA.... BRUN.


 
 

            Em que pese as aparências, não somos uma, mas duas comunidades viventes que se ajudam em Cristo. Nós, os vivos, rezamos pelos falecidos, os falecidos intercedem por nós.

            Essa intercomunicação de bens entre os bem aventurados do céu e nós pecadores da terra não se interrompe pelos falecimentos. Jesus estabeleceu misteriosa, maravilhosa e segura ligação entre esses dois universos. Sem nada a ver com a comunicação com os mortos no sentido espírita.

            ELES ESTÃO NO CÉU, NÓS ESTAMOS NO AINDA NÃO. Nós vivemos na esperança, eles curtem a esplêndida realidade. Não demorará muito, trocaremos num instante de comunidade. Diminuirá a família do lado de cá, aumentará a família do lado de lá.

            Talvez por causa desse enfoque confortador para a família, o sermão 256 de Santo Agostinho tornou-se famoso;- Ó DITOSO ALELUIA DO CÉU, PLENAMENTE SEGURO, LIVRE DE TODA A ADVERSIDADE! ALI NÃO HAVERÁ NENHUM INIMIGO NEM SE PERDERÁ AMIGO. RESSOAM NO CÉU OS LOUVORES DE DEUS;- RESSOARÃO NA TERRA OS LOUVORES DE DEUS.

            Mas aqui são cantados por homens inseguros;- ali, em plena segurança;- aqui, pelos que hão de morrer;- no céu, pelos que já são imortais;- aqui, pelos que vivem na esperança;- ali, pelos que já possuem a realidade;- aqui, pelos que são ainda peregrinos;- no céu, pelos que já chegaram á pátria.

            Cantemos agora, meus irmãos, não para gozar o repouso, mas para aliviar a fadiga. Como costumam cantar os caminhantes;- CANTA MAS CAMINHA, CANTANDO, ALIVIA A FADIGA MAS NÃO TE DÊS Á PREGUIÇA;- CANTA E CAMINHA.

            Que significa; caminha? Avança, progride no bem. Há alguns, como diz o apóstolo, que progridem no mal. Tu, se progrides, caminhas mas progride no bem, progride na verdadeira fé, progride na vida santa.

            CAMINHA E CANTA, QUERIDO POVO DE DEUS....

A RESSURREIÇÃO.... PHILIPPE FERLAY.


 
 

            A ressurreição não é um evento que conduz só depois da morte, mas é também uma realidade de comunhão com o Pai. A ressurreição é uma realidade divina, por isso apresenta caracteres tão pouco espetaculares, além de tudo quanto possamos ver. O Filho, portanto, pode dar poucos sinais de estar ressuscitado, porque a sua nova vida está imersa no mistério eterno de sua relação com o Pai. Não acontece nada em Deus, porque nele tudo é intensamente presente. Eis porque não podemos imaginar como é a eternidade. Cristo ressuscitado está inteiramente penetrado pela presença do Espírito, até mesmo no corpo. Está perfeitamente aberto ao amor que recebe do Pai e a resposta que dá a este amor. Tanto é verdade que ser amado sem poder responder ao amor seria um sofrimento que não se ajusta a Cristo. Nós precisamos abrir-nos a este amor que Deus nos traz, sem detença e sem temor. O cordel mediu para mim um lote aprazível;- muito me agrada a minha herança. A arte de viver do cristão é pascal também porque se coloca na alegria da presença do Deus vivo. É o amor do Pai, manifestado em toda a sua verdade e em todo o seu poder, que torna inalterável a alegria de Jesus Ressuscitado e de todos aqueles que ressuscitam com ele. A alegria pascal não é impessoal, mas é união com o Pai princípio de vida e, nele, com tudo o que vive.

            Esta alegria introduz na arte do viver pascal uma estima racional e moderada pelos bens que passam e pelos valores da vida presente. É deplorável falar de desprezo ou de rejeição total. Nisto, o testemunho de Jesus é precioso;- ele não rejeitou as festas dos homens e nem mesmo as alegrias da vida. A arte de viver cristão é um pouco o caminho do justo meio, sem excessos e na serenidade. É preciso considerar tudo com medida, sem exagerar em nada. A festa pascal, no início da primavera, favorece tal serenidade. A vida merece ser vivida, e não apenas como aprendizado da eternidade bem aventurada, não esquecendo nunca, porém, que estamos a caminho e que não temos aqui cidade permanente.

            Esta arte do viver pascal, mesmo que seja muito íntima e conceda largo espaço a um colóquio face a face de ti com Deus, é porém plenamente comunitária e fraterna. Deus Pai reúne os seus filhos em torno da mesa da família e a Páscoa de Cristo inaugura o tempo deste encontro festivo. Exatamente aqui, na arte do viver cristão, precisamos aprender a distinguir coletivismo e comunhão fraterna. O coletivismo dá origem ao enfado. Nunca estamos tão sozinhos como quando nos encontramos dentro de uma multidão anônima. A comunhão fraterna traz inspiração da comunhão trinitária, com toda a riqueza do respeito de um para com o outro e á sua diversidade.

            O Pai não é o Filho e o filho não é o Pai. O Espírito é o guarda da originalidade do mistério divino e também na igreja. Mas a caridade se oferece a todos com a sua força comunicativa;- CRISTO VIVEU A SUA PÁSCOA PARA REUNIR OS FILHOS DE DEUS QUE ESTAVAM DISPERSOS E PARA INTRODUZIR NO MUNDO CRIADO A CARIDADE DE DEUS.

            A CRUZ É A RELHA DO ARADO QUE SULCA O MUNDO E NELE SEMEIA A ARTE DO VIVER TRINITÁRIO. OS CRISTÃOS ACEITAM ESTA ARTE DE VIVER E DEVEM TESTEMUNHÁ-LA NO SEU DIA A DIA. ISTO SIGNIFICA;- BENEVOLÊNCIA – ACOLHIMENTO DO OUTRO, E, QUANDO FOR NECESSÁRIO, PERDÃO INCONDICIONAL E SEM RANCOR.

            A ALEGRIA PASCAL DOS DISCÍPULOS REUNIDOS SOBRE A MARGEM DO LAGO COM O SENHOR NÃO SE PODE DIFUNDIR NO MUNDO SENÃO ATRAVÉS DA ARTE DE VIVER DOS CRISTÃOS.  

 

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REFLEXÃO;- AS PALAVRAS DE JESUS ESCANDALIZAM MUITOS DE SEU TEMPO. ISTO É MUITO DURO... DIZIAM. DE FATO, OUVIR A VERDADE INCOMODA MUITAS VEZES, MAS CONHECER Á VERDADE E COLOCÁ-LA EM PRÁTICA EM NOSSAS VIDAS É O ÚNICO CAMINHO PARA A SALVAÇÃO. POR OUTRO LADO, JESUS ALERTA-NOS DE QUE NINGUÉM PODE SEGUI-LO SENÃO PELO PAI, OU SEJA, É DEUS QUEM NOS CONDUZ, É ELE QUE NOS CHAMA E NOS DÁ FORÇAS PARA A CAMINHADA. COMO APRENDEMOS NO CATECISMO, SÓ SOMOS CRISTÃOS PELA GRAÇA DE DEUS, ENTÃO É A ELE QUE DEVEMOS PEDIR GRAÇAS NECESSÁRIAS PARA BEM SEGUI-LO.

                                   PALAVRA E VIDA 2017.

 

 

 

MARAVILHOSA PÁSCOA DA MADALENA! PADRE NADIR JOSÉ BRUN.


 
            Cena 1- pés empoeirados e cabelos desalinhados pelo vento, o jovem carpinteiro do norte, amigo de todos, reclina-se num divã, entre convivas e discípulos. Servos oferecem iguarias e vinho. Entra uma prostituta de fartos cabelos, com vestido de açafrão (diz um autor), portando um vaso de alabastro. Nos olhos divinos de Jesus, ela procura lampejo de compaixão. Antes que a barrem, age rapidamente...

            Jesus atalha a murmuração – Simão, esta mulher está fazendo o que você como anfitrião não fez...porque muito amou, muito será perdoada...vai minha irmã, minha amiga e não peques mais.

            Cena 2- meses depois de vida nova e feliz, terrível notícia golpeia Madalena;- Jesus fora preso. Viveu, então, cada detalhe do drama. Viu seu amado aparecer na esplanada do Pretório, com um manto esfarrapado e a cabeça ensangüentada. Seguiu-o passo a passo, até chegarem a uma elevação de uns trinta metros, onde o crucificaram selvagemente. E o poder divino que o deslumbrara, onde estava? A multidão gozava;- se és o Filho de Deus, desce da cruz para que creiamos em ti. Não era possível;- estava certa de que na última hora a onipotência divina se revelaria. Os cravos das mãos e dos pés se transformavam em flores;- a cruz em trono e o divino Amigo, outra vez radiante, desceria de seu trono, para receber a adoração do mundo. Mas, não! Jesus dando um forte grito expirou...e a terra tremeu.

            Cena 3- Jesus profetizara;- ela fez o que pôde;- embalsamou meu corpo, antes simbolicamente. Outra vez;- ela fez o que pôde, embalsamou o corpo realmente, depois; para a sepultura. Enquanto pudesse voltar a esse jardim encantado, estaria contente de viver. As estações se sucederiam e as plantas refloresceriam. Ali havia algo mais querido do que tudo o que o mundo pudesse oferecer atrás de si escuta uns passos. Pensava fosse o jardineiro. Jesus lhe dirige uma única palavra ;- Maria!. Ela responde com uma única palavra;- Raboni! Pelo eterno poder da amizade com Cristo, não era preciso dizer mais.
            Cena 4- não me retenhas, acrescentou o Ressuscitado, porque subo para a direita da majestade do Pai. O médico de todos os doentes voltará a curá-los pela ressurreição geral. O criador do mundo, que chamara todos de amigos, voltará a encontrar suas delícias em estar entre os homens, num mundo infinitamente melhor. Madalena foi a apóstola desta amizade com Cristo. Bem fez o czar Alexandre iii em homenageá-la com a mais bela igreja de Jerusalém – em estilo moscovita, sete cúpulas douradas, de forma acebolada, em honra da apóstola da amizade do ressuscitado. A que levou a boa nova da ressurreição.

INTERESSANTE II;- PADRE ZEZINHO.


 
 

            Aquele homem que, no restaurante de luxo, gastou um terço do seu salário com seis amigos e que, ao sair, negou a esmola de um sanduíche ao molequinho que lhe vigiara o carro, é criminoso e não sabe.

            Gastou dinheiro com pessoas erradas. Deu comida ao estômago errado. Negou a quem realmente precisava. O marginal é ele e não o menino.

            Se não queria que o garoto olhasse o carro, que dissesse. Ao fazer o trato e não cumprir, foi mau. A delinqüência juvenil está ligada á displicência dos adultos e, ás vezes, á falta de sensibilidade de sérios pais de família que nada dão porque estão sem troco....

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            Aprendi com um sociólogo e padre francês, cuja proposta de vida na igreja me agrada enormemente, que é possível criar uma sociedade mais justa quando se der ao homem um coração novo, moldado no estilo da ternura corajosa e profética do Coração de Jesus.

            Mas Leão Dehon, era esse o nome do padre que sigo, dizia que ninguém constrói essa sociedade sem um coração que ame. Um corpo que transcenda ao infinito, e uma vontade que se discipline. – concordo com ele.

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Os grandes místicos do mundo eram, na sua quase totalidade, pessoas profundamente preocupadas com o social.

            É erro confundir misticismo com alienação. O verdadeiro místico vive inquieto e preocupado com os rumos sociais e políticos da humanidade.E reage mergulhando no transcendente sem esquecer seus irmãos.

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A boa política é a arte de cultivar a esperança do povo e organizá-lo, sem iludi-lo quanto ás dificuldades da nação.

            A má política é a arte de mentir sempre e de brincar de Deus de quando em quando...

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INTERESSANTE;- PADRE ZEZINHO.


 
 

            Alguns indivíduos começam a vida, crescem adolescentes, transformam-se em jovens e ficam adultos e velhos problemáticos. Seu comportamento anti - social é aparentemente incontornável.

            Culpa deles mesmos? Nem sempre! Na maioria dos casos, antes deles alguém pecou gravemente.

            E foram os adultos e a sociedade que nunca fizeram nada, para que acreditassem que, mudando de vida, seriam mais felizes.

            Sem família, sem escola, sem igreja e sem direitos iguais, eles são o que são, porque a sociedade não é o que deveria ser....

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Não dormi a noite inteira por causa daquele cão, que gania, preso á corrente, na casa do vizinho. De manhã, na oração do dia, perguntei-me;- e os prisioneiros do Chile – do Afeganistão – do Vietnam – da Rússia – do Brasil, de todos os regimes do mundo?

            Porque também não perco o sono por causa deles? Envergonhei-me com a falta de respostas. Nossa justiça ás vezes é tão injusta, que só lutamos por aqueles que estão pertinho. Vinte metros adiante já não parecem ser do nosso território.

            Assim lutamos pelo cão do vizinho e preferimos ignorar o que acontece lá longe onde não se escuta nenhum grito.

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O drama do menor abandonado é muito claro;- um ou dois adultos falharam. E se os dois não falharam, falhou a família deles ou a comunidade em que as crianças viviam.

            Se ele é abandonado é porque alguém o abandonou. Não pode ser boa uma sociedade que não sabe o que fazer por uma criança, que perdeu os pais ou que foi rejeitada por eles.

O CULTO A DEUS; PADRE ZEZINHO.


 
 

            Entre nós existe um culto indispensável; sem ele não seríamos católicos;- o culto a Deus. Quem não fala com Deus não louva, não o procura e não busca com ele uma relação de filho ou filha, não entendeu o culto católico.

            O primeiro culto da nossa Igreja é amar a Deus sobre todas as coisas. Tudo o que se faz deve tender a isso e levar a isso. Os santos devem levar a Deus e a Jesus, nossos hinos, nossas celebrações, tudo deve, como fim último, tender a Deus. Dele viemos e para ele voltaremos. Nossos cultos devem traduzir a saudade de Deus que existe em cada coração humano. QUEM ÉS? ONDE ESTÁS? COMO ÉS? NÓS TE AMAMOS. NÓS TE LOUVAMOS. NÓS TE PROCLAMAMOS. NÓS TE QUEREMOS. NÓS QUEREMOS QUE O MUNDO TE QUEIRA. OUSAMOS CHAMAR-TE DE PAI. BENDITO SEJAS POR TEU FILHO JESUS E POR TODAS AS TUAS OBRAS...

            O PAI...- uma atenta leitura dos textos da missa mostrará como todos os dias os católicos falam co Deus Pai em nome de Jesus. quase todas as orações da missa são dirigidas ao Pai com algumas referências ou súplicas a Jesus e ao Espírito Santo. É que o texto de João, 17, nos permite fazer isso, uma vez que, naquela última ceia, Jesus também fez isso. Falou pouco de si, muito do Pai e ao Pai, e em alguns momentos do Espírito Santo. É o que faz a Igreja em suas missas. Repete aquele momento profundo de catequese. Em nossos cultos, o que mais fazemos é conversar com o Pai.

            O Espírito Santo;- em dias e momentos especiais, a igreja se dedica ao culto específico do Espírito Santo. Já tivemos ocasião de falar sobre nossa fé no Espírito Santo que também acentuam este culto. Oficialmente a igreja reserva dias especiais para ele. Nas missas há diariamente várias referências e várias preces ao Espírito Santo ele não é esquecido a Deus Pai. Isso mostra que cremos que Deus é um só, mas cremos também na individualidade das três pessoas da Trindade. Por isso somos uma religião monoteísta trinitária. É uma fé baseada no mistério de um Deus UNO E TRINO. Para quem crê conosco , fica difícil explicar que cremos em um só Deus. Mas é isso o que acontece;- cremos em um só Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo. E, se soubéssemos explicar esse mistério, formaríamos a quaternidade. Saberíamos tanto quanto Deus...

            O Filho; Jesus é a razão da nossa igreja. Se ele não tivesse revelado Deus como Pai, se não tivesse sido quem foi e ensinado o que ensinou, não existiríamos. Por isso cultuamos Jesus e o adoramos como Filho de Deus.

            Prestamos a ele um culto de adoração porque cremos que ele de fato é o ungido, o Cristo, o Filho de Deus. Deus mandou seu filho ao mundo e ele foi Jesus. e hoje nós o adoramos repetindo em nossos cultos o que está implícito ou claríssimo nos evangelhos e nas epístolas dos discípulos e escritores de Jesus.

            Deus existe, Jesus é seu Filho e é o Senhor. Chegaremos ao Pai através de Jesus, porque quem conhece Jesus reconhecerá o Pai. Ele e o Pai são um. E ambos enviarão seu Espírito aquele que crê. O culto a Jesus é o culto ao Filho de Deus, e não a um santo ou profeta comum.

            Isso está claro em cada culto católico. Deus tem um Filho, e nós adoramos este Filho!

 

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Reflexão;- existem os que desejam grandes discursos por parte de Deus ou grandes sinais para ver confirmadas suas respostas. Jesus, por sua vez, costuma falar com atos, mesmo que a ninguém negue a sua palavra.

            Todavia, declarar sua divindade abertamente isso ele só reserva para o final da sua vida. Acompanhando o passo lento de Jesus para o templo, alegramo-nos por fazer parte desse grupo que o conhece e ao qual ele promete defender e proteger.

            Muito agradecido, Jesus, porque posso reconhecer tua voz.

                                   Palavra e vida 2017.

ORAR E COMUNGAR;- PADRE ZEZINHO.


 
 

            Detalhe fundamental na vida de um católico é a comunhão. Muita gente não se dá conta disso, mas comunhão vem da raiz comunicar, comungar. É a forma mais perfeita de comunicação com Deus.

            Por isso a eucaristia dos católicos tem tanta força pedagógica e a missa tamanha importância. Nós realmente cremos que não basta falar com Jesus e com o Pai. A missa é quase toda ela uma conversa com o Pai de Jesus, com referências ao Espírito Santo e a Jesus.

            A missa fala mais com Deus Pai do que com Jesus, porque foi isso que Jesus pediu ao instituir a eucaristia e foi isso o que ele fez na sua Oração Sacerdotal. O gesto mais concreto de comunicação de Jesus conosco foi a promessa da sua presença quando celebrássemos o pão repartido.

            Para nós católicos, a missa é este momento. Comunicação máxima com Deus e com Jesus. por isso a palavra EUXARISTIA (A MAIOR GRAÇA, O DOM POR EXCELÊNCIA). Por isso a palavra comunhão.

            O católico que ás vezes diz;- eu me comungo- não erra;- está dizendo;- EU ME COMUNICO. Mas, se entender a pedagogia da missa dirá;- EU COMUNGO JESUS.

             A adoração da eucaristia é muito mais do que comunicar-se com Jesus. é aceitar um Jesus que se comunica conosco, de corpo e sangue, PLENAMENTE.

 

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Graças Senhor pela vida eterna! Porque a morte não é o fim, mas sim passagem para entrar em tua vida graças, Senhor porque reunirás de novo o que fica disperso nesta terra, porque o que não chegou a amar e perdoar tu o completarás, porque não me apavoro com o último dia, porque será o teu grande dia, o dia pleno, o dia em que acaba toda lágrima e toda dor.

            Muito agradecida Senhor, porque essa vida eterna começa em meu coração.        Palavra e vida 2017.

DIZER QUE TODO MUNDO PECA...DOWELL.


 
 

 

Dizer que todo mundo peca não é ter uma visão muito pessimista da vida? Não seria mais animador considerar que todas as pessoas no fundo têm boa vontade? Não adianta nada querer tapar o sol com uma peneira. Ninguém pode negar a maldade que existe pelo mundo afora. Pelos frutos, como diz Jesus, conhecemos se a árvore é boa ou má. Mas o império do pecado só seria uma tragédia insuportável se não houvesse perdão e salvação.

            Um filósofo judeu, Martin Buber, disse com razão;- a grande culpa do homem não são os pecados que ele comete;- a tentação é forte e nossas forças são limitadas! A grande culpa do homem é que a qualquer momento pode converter-se e não o faz. são palavras em plena sintonia com a mensagem de Jesus;- não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, para que se convertam.

            Jesus sabe que todos nós estamos doentes;- quem se considera justo, sem pecado, está-se enganando. Mas a nossa doença tem cura. Ele é o médico que veio restituir a saúde a todos os que aceitam o seu tratamento. A conversão é possível a qualquer momento, porque não é uma conquista nossa, mas um presente que Deus sempre está pronto a nos dar. Basta que reconheçamos o nosso erro e aceitemos o seu perdão.

            Foi o que aconteceu com o filho da história contada por Jesus. ele tinha ofendido o seu Pai, abandonando sua casa e dissipando toda a herança numa vida devassa. Mas quando caiu na conta da maldade que tinha cometido, não se desesperou. Lembrando-se do amor de seu Pai, confiou no seu perdão, mesmo sabendo que não o merecia. O Pai não ignora o que o filho fez. Mas acima de toda a sua culpa, está o fato de que aquele homem miserável é seu filho. O maior desejo do Pai era que ele voltasse. E agora que chega arrependido não pode deixar de perdoá-lo e de restituir-lhe tudo numa grande festa. É esta revelação do amor de Deus, feita por Jesus, que leva o apóstolo Paulo a declarar;- o pecado se multiplicou, mas a graça de Deus foi muito mais abundante. O ser humano pode perverter-se pelo pecado, porque é livre. Mas com essa mesma liberdade pode converter-se para Deus, aceitando o seu perdão. Deus não identifica o culpado com sua falta. Reprova o pecado, mas ama o pecador. Quem peca conserva, apesar de tudo, a dignidade de filho de Deus. Por isso o cristão, embora reconhecendo o pecado do mundo, não é pessimista. Vê no fundo do coração humano a capacidade indestrutível de recuperar-se pelo amor.

PORQUE NA IGREJA SE FALA....DOWELL.


 
 

Porque na igreja se fala tanto de pecado? Não é dar uma idéia negativa da religião? Será que todo o esforço do cristão deve concentrar-se em evitar o pecado? A maldade humana é um fato indiscutível. Não pode ser ignorada. Seria um erro fechar os olhos para as injustiças e desonestidades cometidas por nós e pelos outros. Querer desculpar tudo não ajuda a melhorar as coisas. Pelo contrário. Mas você também tem razão. Nossa atenção deve estar voltada mais para o bem que queremos fazer do que para o pecado que devemos evitar. Quem se contenta com não pecar gravemente é como uma pessoa que come só o necessário para sobreviver. A primeira doença a derruba. É claro que viver assim não só é perigoso, mas também não tem sentido. Todo mundo deseja alimentar-se bem para poder trabalhar e produzir. Também o cristão que não pretende mais que evitar as infrações, nunca se tornará um bom jogador no time de Deus. Pior ainda, perderá logo a sua vaga.

            A vida cristã só tem graça para quem procura avançar cada vez mais, seguindo Jesus no caminho do amor e do serviço. Quem acha que pode ficar parado, acaba sendo levado pela correnteza. A nossa meta não pode ser evitar o que está proibido, mas sim aproveitar todas as ocasiões de fazer o bem, como o empregado da parábola de Jesus. ele recebeu cinco talentos, multiplicou-os com seu trabalho, e no fim entregou dez ao proprietário. Por isso foi largamente recompensado. Entrou na festa da vida eterna. Mas o outro empregado, que com medo de perder o seu talento, o enterrou, foi repreendido pelo dono e ficou de fora na escuridão da noite eterna. Todos nós temos uma missão importante na vida, cada um a seu modo, segundo os talentos que recebeu. Deus confia em nós e nos entrega as suas riquezas para que as administremos em benefício da família humana. É uma tarefa positiva, criativa, animada pela esperança e pelo amor. Ao contrário, preocupar-se apenas com fazer o mínimo necessário para não pecar, é uma atitude negativa, que não entusiasma ninguém. Mas não é essa a mensagem de Jesus. o tema básico da pregação de Jesus não é o pecado, mas a conversão. Convertei-vos e acreditai no evangelho.

           

NÃO SERÁ CONTRAPRUDENTE....DOWELL.


 
 

 

Não será contraproducente falar muito da misericórdia de Deus, uma vez que as pessoas, pensando que sempre serão perdoadas, acabam não mudando de vida? É preciso saber falar da misericórdia de Deus, como Jesus falou no evangelho. Deus não é como um pai bonachão e irresponsável que fecha os olhos a todos os desmandos do filho. Porque nos ama ternamente, todo o seu interesse e alegria consiste em ver-nos crescer na verdade e na  felicidade. Perdoa sempre a quem se arrepende sinceramente e deseja viver novamente na sua amizade. A experiência do perdão e da misericórdia de Deus é a mola mais poderosa para despertar em nós o amor. E só com amor existe verdadeira conversão. É o nosso amor, em resposta ao amor sem limites de Deus, que constitui a vida nova do cristão. Como diz Jesus a respeito da pecadora arrependida;- seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque mostrou muito amor. Quem compreende realmente o que significa o perdão de Deus não pode deixar de ficar imensamente agradecido a ele e de desejar mostrar esse agradecimento, fazendo tudo o que lhe agrada. Ser perdoado é reconciliar-se com Deus, voltar a amá-lo sobre todas as coisas. Quem, fiado no perdão de Deus, não se importa de recair no pecado ou adia a sua conversão para mais tarde, não compreendeu absolutamente o que significa ser cristão e experimentar a misericórdia de Deus. Quem fala assim, mostra que prefere viver a seu modo, segundo seus caprichos, e que só por medo do inferno deixa de pecar. De fato, esse medo pode até impedir que se cometa alguma falta. Mas não permite que se viva como filho ou filha de Deus. Só a confiança e o amor filial nos libertam do pecado e nos introduzem na família de Deus.

            Portanto o primeiro passo no caminho da vida cristã é o desejo de cumprir os mandamentos da lei de Deus, não por medo, mas por amor de Deus, com a convicção de que eles correspondem ao nosso verdadeiro bem. Ajudar os companheiros a dar esse passo deve ser a sua primeira meta. Mas logo a pessoa experimentará que, apesar de sua boa vontade, não é capaz de ser fiel aos seus propósitos. Descobrirá que está sempre em falta com Deus e com o próximo. Então é preciso falar da misericórdia de Deus. É a fé humilde no perdão generoso do Senhor que supera o desânimo e encoraja a recomeçar sempre. Assim, não pelas próprias forças, mas pela força do Espírito de amor, pode-se amar de verdade e fazer o bem.

           

PORQUE DEVO CONFESSAR-ME....DOWELL.


 
Porque devo confessar-me com um padre que é um homem como todos os outros? Não basta pedir perdão a Deus? Certamente os padres também pecam e precisam confessar os seus pecados como os outros cristãos. Mas quando absolvem os pecados no sacramento da penitência, não atuam em nome próprio, mas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Foi o próprio Jesus que deu a seus apóstolos o poder de perdoar os pecados em seu nome, quando disse;- como o Pai me enviou, também eu vos envio;- recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados;- aqueles a que retiverdes;- serão retidos. Esse poder foi transmitido aos bispos, sucessores dos apóstolos, e aos padres, seus colaboradores. Qualquer pecado ofende não só a Deus mas também toda a comunidade cristã. Formamos um só corpo, como diz São Paulo, e quando um membro peca, prejudica e enfraquece o corpo todo. Todo pecado é uma falta ao verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo. Quando peco, faço aquilo que quero, sem me importar com a lei de Deus e o bem dos outros. Se o pecado é grave, rompe a nossa aliança com Deus, mas também nos afasta da comunidade.

            Por isso a reconciliação com Deus é inseparável da reconciliação com a igreja. Como diz Jesus;- se estiveres para apresentar a tua oferta ao pé do altar e ali te lembrares de que teu irmão tem qualquer coisa contra ti, larga a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. O Pai não nos perdoa, se não nos reconciliamos com toda a sua família. Não basta arrepender-se no fundo do próprio coração. É verdade que no momento em que alguém se arrepende sinceramente de ter ofendido a Deus e feito mal ao próximo, já está perdoado, contanto que tenha a intenção de confessar-se. Pois, conforme o mandato de Jesus, é preciso também pedir e receber o perdão da comunidade. Por isso a confissão chama-se sacramento da reconciliação;- ela estabelece a nossa comunhão com Deus e com a igreja.

            A confissão não foi instituída por Jesus como um peso para nós, mas como uma ajuda. É sinal da misericórdia de Deus, que está sempre disposto a perdoar. O confessor representa o bom pastor que busca a ovelha perdida, o bom samaritano que cura as feridas do pecado, - o Pai que acolhe com um abraço cheio de ternura o filho que volta a sua casa. É uma graça saber que, confessando-me sinceramente, estou livre de minhas culpas. É claro que para receber o perdão não basta declarar os pecados, e receber a absolvição. Sem um verdadeiro arrependimento não podemos viver em paz com Deus e com os nossos irmãos e irmãs.

PARA QUE SERVE....DOWELL.


 
Para que serve a confissão, se voltamos a cair nos mesmos pecados? não seria hipocrisia continuar a confessar-me sabendo que vou pecar de novo? A sua pergunta demonstra uma grande retidão e sinceridade. Você reconhece humildemente a sua fraqueza, mas ao mesmo tempo leva muito a sério o sacramento da reconciliação, não querendo confessar-se só por rotina, sem um propósito eficaz de mudar de vida. É verdade que, sem o desejo sincero de evitar o pecado, a confissão não é válida. Mas esse desejo não elimina a nossa fragilidade. seria um erro confiar demasiadamente em nossos propósitos, como se a correção de nossos defeitos dependesse mais de nossa força de vontade do que da graça de Deus. Todas as pessoas de boa vontade gostariam de fazer sempre o bem. O ideal seria que, tomada uma decisão, nunca mais voltássemos atrás. Nossas faltas repetidas nos humilham. Queremos sentir orgulho de não ter qualquer defeito. Mas essa não é a perfeição que Jesus nos propõe no evangelho. Ele nos ensina que quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado. O fariseu vangloriava-se de cumprir todos os mandamentos da lei de Deus, ao passo que o cobrador de impostos batia no peito dizendo;- meu Deus, tem compaixão de mim que sou pecador! Jesus termina a parábola dizendo que este saiu do templo em paz com Deus, mas o outro não.

            Para Jesus a perfeição não consiste em não ter nenhum defeito, mas em acreditar que deus é tão bom que nos perdoa sempre, apesar de nossos pecados. quem acredita de verdade que está perdoado, não pode deixar de ser agradecido. O seu maior desejo é então cumprir sempre a vontade de Deus. É claro que não quer pecar de novo.- mas para agradar a Deus, não para sentir-se perfeito. Não se apóia nas suas forças;- confia só em Deus. E essa fé desperta no seu coração a força nova da esperança e do amor humilde. Quem se confessa freqüentemente com esses sentimentos, embora continue a experimentar a sua fraqueza, vai crescendo aos olhos de Deus. Quanto mais se reconhece como pecador, tanto mais é santificado pelo Espírito de Cristo.

            A sinceridade do arrependimento e do propósito tem um critério, segundo Jesus. não é não cometer nenhuma falta daqui por diante, mas sim saber perdoar;- perdoar os que nos ofendem assim como Deus perdoa as nossas ofensas. No evangelho de Mateus Jesus diz;- sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito. Mas Lucas traduz;- sede misericordiosos, como Vosso Pai é misericordioso. Deus não pede de nós mais que um coração compassivo e pronto a perdoar. Quem experimentou tantas vezes a bondade de Deus, como vai deixar de ser compreensivo para com as fraquezas do próximo? Perdoando os outros, não só somos perdoados por Deus, mas nos tornamos como ele. Porque a perfeição de Deus é o amor, misericórdia e perdão.

A CERTEZA DE QUE.... DOWELL.


 
 

A certeza de que Deus perdoa sempre os nossos pecados não seria um motivo para voltar a pecar? Pode ser que a facilidade de obter a absolvição dos seus pecados na confissão enfraqueça em algumas pessoas a decisão de resistir ás tentações. Basta confessar-me e tenho a garantia de ser perdoado. Então posso pecar de novo. Mas quem pensa assim não compreendeu o que é pedir e receber o perdão de Deus. A confissão e a absolvição não são um rito mágico para livrar-me automaticamente do peso de minhas culpas. Para entender o que é pecado e perdão, é preciso superar essa idéia infantil de nossa relação com Deus. Para quem tem fé ele é uma pessoa presente na nossa vida, que nos oferece a sua amizade. Pelo batismo cada um de nós, ou nossos padrinhos em nosso lugar, aceitou este oferecimento com a promessa de ser fiel a essa amizade. Mas ao longo da vida podemos manter ou quebrar as promessas do batismo. Podemos agradar a Deus, fazendo o que nos pede. Mas podemos viver como se Deus não existisse, sem ligar para ele, sem reconhecer que nossa vida e tudo o que temos de bom são presentes dele.

             Pecar não é simplesmente cometer um erro, uma desonestidade, falhar no propósito de ser íntegro, fazendo uma coisa indigna que vai contra a própria consciência. O pecado não atinge só a própria pessoa. Quem peca está antes de tudo rejeitando a amizade de Deus;- prefere seguir os próprios gostos e interesses, sem se importar de desagradar a quem ama. Mas se nós deixamos muitas vezes de ser fiéis a Deus, ele mantém-se sempre fiel ao seu amor por nós. Sabe que longe dele não encontramos senão tristeza e angústia. Por isso continua a oferecer-nos a sua amizade e o seu perdão. Converter-se significa voltar-se de novo para Deus, acreditando no seu amor sem limites, aceitando o seu perdão. Significa arrepender-se de ter ferido o coração de Deus, sendo ingrato e infiel ao seu amor. Por isso a igreja ensina que a confissão não é válida sem o arrependimento sincero e o propósito firme de não mais pecar.

            A conversão implica, portanto, uma verdadeira mudança na pessoa. E sem conversão Deus não pode perdoar-nos. Não porque não quer ser nosso amigo, mas porque não nos interessa a reconciliação. Se não pretendemos evitar o que ofende gravemente o nosso amigo, é porque não queremos a sua amizade. Quem se converte para Deus e pede sinceramente perdão, não vai pretender continuar a pecar, confiando que Deus não lhe recusará o seu perdão. Ao contrário, a certeza de que Deus não lhe recusará jamais o seu perdão. Ao contrário, a certeza de que Deus é assim tão bom, tão amigo, tão fiel, é um motivo a mais para evitar ofendê-lo, para procurar agradá-lo em tudo.
           

PECADO E CONVERSÃO; DOWELL.


 
 

            A igreja no tempo da quaresma fala de conversão, de abandonar o pecado, para poder salvar-se. Mas quem consegue viver sem pecar? Você tem razão. Quem pensa que não deve nada a Deus, está enganando a si mesmo. Só Cristo e sua mãe, Maria, são inocentes, nunca pecaram. Sempre responderam sim a Deus;- ele por ser o Filho querido, ela por uma graça especial. Como lemos na carta de São Pedro;- Cristo morreu por causa dos nossos pecados, o justo pelo injustos, para nos reconciliar com Deus. Todos nós somos pecadores. Ninguém é capaz por si mesmo de fazer o bem. Ninguém pode livrar-se das suas faltas e alcançar a salvação pelas próprias forças. Mas o amor de Deus é mais forte que a maldade humana. Foi o que mostrou Jesus com suas palavras e com sua vida. Ele veio nos dizer que seu Pai tem por nós um carinho sem limites. As parábolas do Filho pródigo e da ovelha perdida mostram como Deus sofre quando vê suas criaturas se afastarem dele, que é a fonte da vida, caindo no abismo da angústia e da morte. Por isso não se cansa de chamar de volta os que se desviam. Está sempre pronto a perdoar-nos. Foi Jesus, homem como nós, mas amplamente unido a Deus, seu Pai, que nos mereceu esse perdão, com sua vida e sua morte.

            Por seu amor e sua fidelidade até o fim, cumpriu inteiramente a vontade de Deus em nosso lugar e em nosso favor. Por meio dele, acolhendo com fé o dom de seu Espírito de amor, somos libertados do pecado e da perdição que ele gera e readquirimos a dignidade de filhos de Deus e herdeiros de suas riquezas. Jesus não veio salvar os justos, mas os pecadores, que somos todos nós. Quem acha que já é perfeito e não precisa da ajuda de Deus, não pode ser salvo por Jesus. só quem se reconhece como pecador pode receber a graça da salvação. Deus não exige que sejamos perfeitos, sem nenhuma falha. Não são as nossas boas ações que nos salvam. A condição para ser salvo não é errar, mas sim acreditar no perdão de Deus, no seu amor sem limites. Por isso Jesus disse á mulher arrependida;- tua fé te salvou. Basta crer para receber a vida nova. Mas quem experimenta assim a bondade de Deus, deseja sinceramente não mais pecar. Sente ter magoado quem tanto o ama e, ao mesmo tempo, alegra-se por gozar de novo de sua amizade.

            O cristão experimenta até o fim da vida a sua fragilidade. mas voltando-se para Deus, com humildade e confiança, aceita com gratidão o seu perdão. Com o coração agradecido deseja crescer cada dia na fidelidade ao Senhor. Lembra-se da palavra de Jesus;- sem mim, nada podeis fazer. Mas se anima com a certeza do apóstolo Paulo;- tudo posso naquele que me fortifica.

O anúncio da ressurreição;- saudoso Paulo VI. 26 de março de 1964.


 
 

            Irmãos e filhos de Roma e do mundo! Ressoa ainda uma vez, no decorrer dos séculos e sobre a face da terra, neste ano da graça de 1964, terceiro do Concílio Vaticano II, desta cidade, que assinala o encontro da civilização humana com o desígnio divino sobre a salvação do mundo, ressoa o anúncio poderoso e feliz;- CRISTO RESSUSCITOU! Esse Jesus, que nasceu em Belém da Virgem Maria, que foi preanunciado pelos Profetas e foi Mestre no meio do povo de Israel, que foi por alguns reconhecido e amado, por muitos rejeitado, e depois execrado, condenado, crucificado, e morreu e foi sepultado, ressuscitou, verdadeiramente ressuscitou, na manhã do terceiro dia, retomou verdadeira vida, nova, sobrenatural, vencendo para sempre a grande inimiga;- a morte. Ressuscitou.

            Vibração da mais elevada vitória;- como podemos nós fazer ecoar no mundo uma tal notícia? Irmãos e filhos;- escutai. Nós somos testemunhas desse fato. Somos a voz que se perpetua, ano após ano, na história;- somos a voz que se difunde em círculos sempre mais amplos no mundo;- somos a voz que repete o testemunho irrefragável daqueles que por primeiro o viram com os próprios olhos e o tocaram com as próprias mãos, e verificaram a novidade e a realidade do fato triunfante sobre os esquemas de toda experiência natural;- somos os transmissores, de uma geração para outra, de um povo para outro, da mensagem de vida da ressurreição de Cristo. Somos a voz da igreja, para isso fundada, para isso difundida na humanidade, para isso militante, para isso viva e esperançosa, para isso pronta a confirmar com o próprio sangue a própria palavra. É a mensagem da fé que, como trompa angélica, ressoa ainda hoje no céu e na terra;- ressuscitou. Cristo ressuscitou!

            O fato da ressurreição de Cristo tem que ver, sim, com a sua história, que è o Evangelho, tem que ver com sua vida, que se manifestou humana e divina, viva na Pessoa do Verbo de Deus; mas tem que ver igualmente com nós mesmos. Em Jesus Cristo se realiza um desígnio de Deus;- o mistério, guardado em segredo por séculos, da redenção da humanidade, revelou-se; em Cristo nós somos salvos. Em Cristo se concentram os nossos destinos, em Cristo se resolvem os nossos dramas, em Cristo se explicam as nossas dores, em Cristo se perfilam as nossas esperanças.

            Não é um fato isolado a ressurreição do Senhor, é um fato que tem que ver com toda a humanidade;- por Cristo estende-se ao mundo;- tem uma importância cósmica. E é maravilhoso;- aquele prodigioso acontecimento reverbera sobre cada homem vindo a este mundo com efeitos diversos e dramáticos;- reveste toda a árvore genealógica da humanidade;- Cristo é o novo Adão, que infunde na frágil, na mortal circulação da vida humana natural um princípio vital novo;- inefável, mas real, um princípio de purificadora regeneração, um germe de imortalidade, uma relação de comunhão existencial com ele, Cristo, até a participar com ele, no fluxo do seu Espírito Santo, da própria vida do infinito Deus, que em virtude sempre de Cristo podemos chamar bem-aventuradamente;- Pai Nosso.

            É preciso refletir muito sobre esses valores universais da ressurreição de Cristo;- deriva desse valor o sentido do drama humano, a solução do problema do mal, gênese de uma nova forma de vida, que se chama exatamente de cristianismo. Lembrai-vos do canto do diácono no início da cerimônia desta noite, um canto que é o poema mais excelso sobre os destinos humanos;- apenas se refere á sua fonte, isto é, á ressurreição de Cristo, para estender-se imediatamente em imensas e incomparáveis efusões sobre a história da salvação, que é a história na qual todos estamos inevitavelmente interessados. Descoberta esta nossa solidariedade com a ressurreição do Senhor, brotam de si muitas conseqüências- todas grandes, todas admiráveis, das quais uma é esta;- a restauração – poderemos talvez dizer a ressurreição – do sentido religioso na consciência dos homens.

            A fé acesa por Cristo no mundo;- sabre o fato real da ressurreição de Cristo funda-se a religião, que dele toma o nome e a vida;- e é tal a luz, a felicidade, a santidade que manam da fé acesa por ele no mundo, que a religião cristã oferece não só plenitude de paz e júbilo a quem de coração a professa, mas irradia ao redor de si um convite, acorda um desejo, gera uma inquietação, apresenta um alvo, que terão despertado para sempre o problema religioso no mundo. Deveremos nós recordar, neste momento, a crise do sentido religioso, que se produziu em tantos homens do nosso tempo, por motivos que, ao invés, deveriam revelá-los;- os motivos derivantes do progresso cultural, científico, social, os quais inebriam a consciência do homem moderno, gerando a persuasão, que está se transformando em desilusão, de poder ele ser mestre e salvador de si mesmo, de não ter outras necessidades para resolver os problemas fundamentais e ainda hoje obscuros, sempre mais obscuros da sua vida, e de ser ele capaz de saciar a insaciável sede de conhecimento, de existência, de felicidade e de amor, que dentro dele nasce e cresce pouco a pouco á medida que se aprofunda e se amplia o seu domínio sobre a natureza que o circunda.

            Sabemos quais são as condições dos ânimos atravessados por essa experiência característica do nosso tempo;- exasperados uns na negação cega do envelhecido cientismo, inquietos outros, apáticos muitos e alienados e quase resignados a que a vida não tenha sentido nem finalidade;- preocupados não poucos outros, entre os mais reflexivos, com a decadência desse sentido religioso, que está na base das mais sólidas e mais genuínas construções do espírito humano. Qualquer que seja a posição nas considerações sobre a religião, de vós, homens de hoje que nos escutais, nós dirigimos a todos, do ponto culminante no qual se situa a Páscoa cristã, o convite a acolher a mensagem de luz, que vem ao mundo pela ressurreição de Cristo;- este é um sinal, um tal acontecimento que constitui ao mesmo tempo argumento para crer nele e objeto da crença nele;- é o cume da razão humana, que procura e quer ver e quer saber;- e é o início da predominante certeza da verdade religiosa aceita pela fé, que inunda o espírito pela força e pela suavidade da palavra de Deus.

            Hoje o homem tem necessidade de recuperar, examinado e aprovado pela maturidade crítica do pensamento moderno e pela experiência agitada da evolução social, um conceito justo e firme sobre si mesmo, sobre a própria vida. Tem necessidade de uma luz que por si mesmo não pode encontrar. Quem de vós assistiu ao rito simbólico e delicado, extremamente expressivo, que alegrou a vigília dos fiéis, deve perceber o eco crescente do tríplice anúncio da ascensão do cândido círio;- LUMEN CHRISTI- EIS A LUZ DE CRISTO! A luz brilha nas trevas, proclama o prólogo do Evangelho de João. É preciso ter a sabedoria, a coragem e a alegria de responder;- DEO GRATIAS;- Graças, Ó Deus, que na Páscoa de Cristo acendeste uma luz providencial na escuridão do panorama humano e cósmico.

            O cristianismo é alegria;- cada religião tem em si fulgores de luz, que não é preciso nem desprezar nem apagar, mesmo que eles não sejam suficientes para dar ao homem a claridade da qual tem necessidade, e não cheguem a alcançar o milagre da luz cristã, que faz coincidir a verdade com a vida;- mas cada religião nos eleva a transcendência do SER, sem o qual não existe razão para o existir- para o raciocinar, para o agir responsável, para o esperar sem ilusão. Cada religião é aurora de fé, e nós aguardamos a melhor aurora, no ótimo esplendor da sabedoria cristã. Mas para quem não tem religião ou para quem a ela se opõe nós dirigiremos a súplica de que não se condene por si mesmo ao peso de dogmas tradicionais, ás contradições da dúvida sem paz e do absurdo sem saída, ou ás maldições do desespero e do nada. Talvez não poucos de vós tenham da religião conceitos imprecisos e repugnantes;- talvez pensem a respeito da fé aquilo que precisamente não é;- ofensa ao pensamento, empecilho ao progresso, humilhação do homem, tristeza para a vida. Talvez alguns de vós sejam mais ávidos e por isso mesmo inconscientemente mais adaptados a colher o raio da luz, porque, se não dormem na indolência e na ignorância, a obscuridade do seu ateísmo dilata as suas pupilas para um fatigante esforço de decifrar na obscuridade o onde e o porquê das coisas. Nós não daremos hoje da luz pascal senão apenas um raio, para todos aqueles que o querem acolher, como augúrio, como dom, como sinal ao menos de nosso sumo júbilo, mas especialmente para vós cristãos, para vós fiéis católicos, que já estais abertos a essa fulguração. É o primeiro raio da Páscoa, isto é, da vida de Cristo ressuscitado e em nós que cristão queremos ser;- e é alegria. O cristianismo é alegria.

            A fé é alegria. A graça é alegria. Recordai-vos disto, ó homens, filhos e irmãos e irmãs e amigos. Cristo é a alegria, a verdadeira alegria do mundo. A vida cristã, na verdade, é austera;- ela conhece a dor e a renúncia, exige a penitência, faz exatamente o sacrifício, aceita a cruz e, quando for preciso, enfrenta o sofrimento e a morte. Mas na sua expressão resolutiva  a vida cristã é bem aventurança. Lembrai-vos do discurso programa de Cristo, exatamente sobre as bem aventuranças. Tanto que ela é substancialmente positiva;- ela é libertadora, purificadora, transformadora;- tudo nela se reduz ao bem, tudo pois para a felicidade na vida cristã. Ela é humana. Ela é mais que humana, invadida como está por uma presença viva e inefável, o Espírito de Cristo, que a conforta, sustenta, habilita as coisas superiores, que a dispõe a crer, a esperar, a amar. É soberanamente otimista. É criativa. É feliz hoje, na expectativa de uma plena felicidade futura.

            Porque nos detemos sobre esse aspecto da vida pascal? Porque reduzimos a vida religiosa á felicidade humana? É fácil entender. Porque queremos desejar a todos que experimentem o cristianismo, o qual outra coisa não é senão a derivação do mistério pascal, nos seus verdadeiros termos, que são aqueles da solução e da satisfação dos problemas humanos! A vós portanto, especialmente, desejamos a boa Páscoa; a vós que ainda tendes fome e sede de justiça, a vós que trabalhais, a vós que estais fatigados, seja boa e consoladora a Páscoa.

            A vós jovens, que tendes o instinto da felicidade, desejamos que saibais descobrir dela a fonte, para além do toque sensível, para alem do prazer, para além do sucesso, na realidade profunda da vida, que só Cristo vos revela. A vós cristãos, especialmente, a fim de que saibais apreciar o que possuís, e a fim de que possais dar ao mundo a apologia, da qual ele hoje tem necessidade, daquela verdadeira alegria, mandamos nossos votos de FELIZ PÁSCOA! AMÉM.

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Parênteses;- Santo Antônio Maria Claret.


 
 

            Luzes e graças;- 1855. No dia 12 de julho, ás 17h30, ao terminar de escrever a carta pastoral sobre a Imaculada Conceição, ajoelhei-me diante da imagem de Maria para agradecer por ter-me ajudado a escrever aquela carta. Para surpresa minha, ouvi uma voz clara que vinha da imagem e dizia;- escreveste bem.....esta declaração impressionou-me profundamente, e me fez sentir veemente o desejo de ser perfeito.

            1857. no dia 8 de outubro, ás 12h30, Nossa Senhora me disse o que fazer para ser muito bom;- já sabes;- arrepende-te das faltas da vida passada e mantenha a vigilância para o futuro. Sim, sim, eu te digo. No dia 9 do mesmo mês, ás 4 horas da madrugada, a Santíssima Virgem Maria me repetiu o que dissera outras vezes;- que eu deveria ser o Domingos desses tempos na propagação do rosário.

            No dia 21 de dezembro me foram dados 4 avisos;- 1- mais oração.- 2 escrever livros.- 3 dirigir almas. 4- mais conformidade a respeito da estadia em Madri. Essa é a vontade de Deus.

            No dia 25, infundiu-me Deus amor ás perseguições e ás calúnias. Na noite seguinte fui beneficiado com um sonho. Sonhei que tinha sido preso. Não disse nada, julgando ser um presente do céu, e que me tratavam como Jesus. a um deles que me queria defender como São Pedro, disse;- não queres que eu beba o cálice que meu Pai me mandou?

            No dia 27, chamou-me;- MEU ANTONINHO.

            1859. no dia 4 de setembro, ás 4h25 da manhã, disse-me Jesus Cristo;- Antonio, ensinarás aos missionários a mortificação. Passados alguns minutos, me disse a Santíssima Virgem;- ASSIM FARÁS FRUTO, ANTÔNIO. No dia 23 de setembro, ás 7h30 da manhã, disse-me o Senhor;- VOARÁS PELA TERRA E ANDARÁS COM GRANDE VELOCIDADE E PREGARÁS OS GRANDES CASTIGOS QUE SE APROXIMAM.

            No dia 24 de setembro, festa de Nossa Senhora das Mercês, ás 11h30, o Senhor deu-me a entender aquela passagem do Apocalipse 10,1;- vi, então, outro anjo forte descendo do céu. Sua roupa era uma nuvem, e tinha ele um arco-íris na cabeça. O rosto era como o sol e os pés como colunas de fogo. Trazia em suas mãos um livro aberto. Ele pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra, primeiro em sua diocese de Cuba e depois nas demais, e gritou como um leão que ruge. Ao seu grito, os sete trovões responderam com um estrondo.

            Aqui entram veladamente em cena os Filhos do Imaculado Coração de Maria. Disse, sete é o número indefinido e quer dizer todos. São chamados trovões, porque, como trovões, gritarão e farão ouvir suas vozes. Também por seu amor e zelo, como São Tiago e São João, que foram chamados filhos do trovão, e quer o Senhor que eu e os meus companheiros imitemos estes apóstolos no zelo, na castidade e no amor a Jesus e Maria. Jesus me disse, referindo-se a todos os missionários;- NÃO SOIS VÓS QUEM FALAIS, MAS O ESPÍRITO DE VOSSO PAI E DE VOSSA MÃE QUE FALA EM VÓS. E CADA UM PODE DIZER; O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM. POR ISSO ME UNGIU E ENVIOU A EVANGELIZAR OS POBRES E CURAR OS CONTRITOS DE CORAÇÃO.

            No dia 15 de outubro, festa de Santa Tereza, decidiram assassinar-me. O assassino entrou na igreja de São José, de Madri, á rua de Alcalá, na intenção de passar o tempo e levado por intenção perversa. Mas converteu-se por graça de São José, como o Senhor me deu a entender. O criminoso veio a encontrar-se comigo e disse-me que era de uma organização secreta, e mantido por ela, fora escolhido para tirar-me a vida. E se não o realizasse ele seria morto, pois o executariam por não ter cumprido a tarefa. Ele, matador, chorou, me abraçou e me beijou, indo depois esconder-se para não ser morto.

            Passei por grandes sofrimentos, calúnias e perseguições. Todo o inferno havia se conjurado contra mim. No dia 22 de novembro de 1860, senti-me desalentado porque queriam que me encarregasse da direção do ESCORIAL. Este pensamento me torturava tanto que nem podia conciliar o sono. Resolvo me levantar. E me pus a rezar, apresentando minhas angústias a Deus. Ouvi então Jesus dizer-me com voz clara e inteligível;- CORAGEM! NÃO DESANIMES QUE EU TE AJUDAREI.

            No dia 6 de abril de 1861 recebi um aviso para não me apavorar, que eu fizesse cada coisa como se mais nada devesse fazer, sem perder a mansidão. No dia 15 de junho, ouvi de Jesus as mesmas palavras. No dia 26 de agosto de 1861, ás 19h30, quando me encontrava rezando o rosário, na granja, Nosso Senhor me concedeu a grande graça de conservar as espécies sacramentais de uma comunhão á outra, isto, é, ter sempre o Santíssimo Sacramento em meu peito de dia e de noite. Devo estar sempre recolhido e devoto e enfrentar os males infringidos á Espanha, como o próprio Jesus me disse. Para tanto, fez-me Jesus recordar uma série de coisas, por exemplo;- o ter-me originado de família simples e operária e, sem mérito algum de minha parte, ter chegado aonde cheguei, ao ponto mais elevado, ao lado dos reis da terra e ministro do REI DOS CÉUS, pois a Deus. GLORIFICAI, POIS A DEUS NO VOSSO CORPO.

            1862. no dia 11 de maio, sinto-me chamado a escolher entre duas coisas de igual agrado de Deus;- o mais pobre e humilde e o mais sofrido e humilhante.

            No dia 16 de maio de 1862, ás 4h15, encontrando-me em oração, quando me veio á lembrança o que me fora revelado sobre a conservação do SANTÍSSIMO em meu peito, no ano passado. Ontem pensei em apagá-lo do papel e hoje também, porém, a SANTÍSSIMA VIRGEM me disse que não o apagasse. E depois da missa, Jesus me disse que esta graça foi ele quem me concedeu.

 

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Reflexão.

 

 

O coração está acostumado a alimentar-se do que se lhe ofereceu durante anos e conforme foi educado. Se queres que se alimente do Espírito, tens de ensiná-lo a ser mais espiritual que carnal.

            Se queres que se alimente do amor, tens de ensinar-lhes a paz e o perdão. Se queres que se arrisque a crer, tens de ensinar-lhe a linguagem dos sinais e a confiança. Algo tão grande como crer passa por tuas mãos e por tua liberdade.

            É algo belo e de um infinito respeito da parte de Deus pois ele, que poderia obrigar-nos, preferiu deixar-nos escolher.

                                               Palavra e vida 2017.

 

Tudo por Jesus, nada sem Maria.