segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ORAÇÃO DAS HORAS;- LAUDES


 
                                                           Hino

Do Rei Esposa e Filha,

            Real Virgem Maria, eleita desde sempre por Deus, que tudo cria.

Donzela imaculada, morada do Senhor, o Espírito – enviado do céu, vos consagrou.

            Sinal de caridade, que espelha todo o bem, aurora da luz nova,

Como arca, Deus contém.

            Delícias vos envolvem na Casa do Senhor, ó ramo de Jessé, da graça dando a flor.

Ó pedra preciosa, estrela reluzente, do Espírito os templos vivos, fazei-nos Transparentes.

            Ó Virgem singular, louvor ao Deus Trindade,

Que a vós deu os tesouros de sua Santidade.

 

            Santa Maria – sempre Virgem, Mãe de Deus, Senhora nossa;-

                        Sois o templo do Senhor, santuário do Espírito!

            Mais que todas agradastes a Jesus, nosso Senhor.

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            A todos e todas eu desejo que Santa Maria proteja a todos com seu Manto Sagrado. E que também nosso povo brasileiro sejam libertos de tanta violência – corrupção – falta da saúde – ensino prejudicado – e segurança muitas vezes tão violentas e de um salário tão miserável.
            Abençoe Mãe Santa este povo que te ama. Os que estão fora do nosso amado Brasil lutando por uma vida melhor. Mostre a todos a tua luz que leva a todos até Jesus. Amém. --------

FRUTOS DA MISSA;- CARVAJAL.


 
                        - os frutos da missa. O sacrifício eucarístico e a vida ordinária do cristão.

                        - a nossa participação na santa missa deve ser oração pessoal, união com Cristo, sacerdote e vítima.

                        - preparação para assistir á missa. O apostolado e o sacrifício eucarístico.

 

            O concílio vaticano II recorda-nos que o sacrifício da cruz e a renovação sacramental na missa constituem uma mesma realidade, á exceção do modo de oferecer, e que,consequentemente, a missa é ao mesmo tempo sacrifício de louvor, de ação de graças, propiciatório e satisfatório. Os fins que o Salvador deu ao seu sacrifício na Cruz costumam sintetizar-se nesses quatro, e alcançam-se em medidas e modos diversos. Os fins que se referem diretamente a Deus, como a adoração ou louvor e a ação de graças, produzem-se sempre infalível e plenamente no seu valor infinito, mesmo sem o nosso concurso, ainda que nenhum fiel assista á celebração da Missa ou assista distraído. Cada vez que se celebra o sacrifício eucarístico, louva-se á Deus Nosso Senhor sem limites, e oferece-se uma ação de graças que o satisfaz plenamente. Esta oblação, diz São Tomás, agrada mais a Deus do que o ofendem todos os pecados do mundo, pois o próprio Cristo é o Sacerdote principal de cada Missa e também a Vítima que se oferece em todas elas.

            Já os outros dois fins do sacrifício eucarístico (propiciação e de petição), que revertem em favor dos homens e que se chamam frutos da Missa, nem sempre atingem efetivamente a plenitude dos efeitos que poderiam alcançar. Os frutos de reconciliação com Deus e de obtenção do que pedimos á sua benevolência poderiam ser também infinitos, porque se baseiam nos méritos de Cristo, mas na realidade nunca os recebemos nesse grau porque nos são aplicados de acordo com as nossas disposições pessoais. Daí a importância de melhorarmos continuamente a nossa participação pessoal no Sacrifício do altar, unindo-nos intimamente ao próprio louvor, ação de graças, expiação e interpretação de Cristo Sacerdote.

            Neste sentido o rito externo da Missa (as ações e cerimônias), ao mesmo tempo que significam o sacrifício interior de Jesus Cristo, são também sinal da entrega e da oblação dos fieis unidos a Ele;- exigem e simultaneamente fomentam a entrega de todo o nosso ser, tanto durante a celebração como ao longo da vida;- todas as suas obras, preces e iniciativas apostólicas – indica o concílio vaticano II, bem como a vida conjugal e familiar, o trabalho cotidiano, o descanso do corpo e da alma, se praticados no Espírito – e mesmo os incômodos da vida pacientemente suportados, tornam-se (hóstias espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo, hóstias que são piedosamente oferecidas ao Pai com a oblação do Senhor na celebração da Eucaristia. Todas as nossas obras e a própria vida adquirem um novo valor, porque tudo passa então a girar em torno da Santa Missa, que se converte no centro do dia.

            Para obtermos cada dia mais frutos da Santa Missa, a nossa Mãe a Igreja quer que assistamos a ela não como espectadores estranhos e mudos, mas tratando de compreendê-la cada vez melhor, nos seus ritos e orações – participando da ação sagrada de modo consciente, piedoso e ativo, pondo a alma em consonância com as palavras que dizemos e colaborando com a graça divina. Devemos, pois, prestar atenção aos diálogos, ás aclamações, e viver conscientemente esses elementos externos que também fazem parte da liturgia;- as posições do corpo ( de joelhos, de pé, sentados), a recitação ou canto de partes comuns (Glória, Credo, Santo, Pai Nosso...) etc. muitas vezes, ser-nos-á bastante útil no nosso missal as orações do celebrante. Como também o esforço por viver a pontualidade – chegando pelo menos uns minutos antes do começo, nos ajudará a preparar-nos melhor e será uma atenção delicada com Cristo, com o sacerdote que celebra a Missa e com os que já estão na igreja. O Senhor agradece que também nisto sejamos exemplares. Por acaso não seríamos pontuais se tratasse  de uma audiência importante? Não há nada mais importante no mundo do que a Santa Missa.

            Além da participação externa, devemos fomentar a participação interna, pela união com Jesus Cristo que se oferece a si mesmo. Esta participação consiste principalmente no exercício das virtudes;- em atos de fé, de esperança e de amor, de humildade, de contrição, ao longo das orações e nos momentos de silêncio;- antes do Confesso a Deus todo poderoso, devemos realmente sentir o peso dos nossos pecados;- no momento da consagração, podemos repetir, com o Apóstolo São Tomé, aquelas suas palavras cheias de fé e de amor;- Meu Senhor e meu Deus, ou outras que a piedade nos sugira.

            A nossa participação na santa missa deve ser, pois, e antes de mais nada, oração pessoal, o ponto culminante do nosso diálogo habitual com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Diz Paulo VI que esse espírito de oração, na medida em que for possível a cada um, é condição indispensável para uma participação litúrgica autêntica e consciente. E não somente condição, mas também seu fruto e consequência. É necessário, hoje e sempre, mas hoje mais do que nunca, manter um espírito e uma prática de oração pessoal. Sem uma íntima e contínua vida interior de oração, de fé, de caridade pessoal, não podemos continuar a ser cristão;- não podemos participar de uma maneira útil e proveitosa no renascimento litúrgico;- não podemos dar testemunho eficaz daquela autenticidade cristã de que tanto se fala;- não podemos pensar, respirar, atuar, sofrer e esperar plenamente com a igreja viva e peregrina...- dizemos a todos vós;- orai, irmãos. Não vos canseis de tentar que surja do fundo de vosso espírito, com o clamor mais íntimo, esse tu! Dirigido ao Deus inefável, a esse misterioso Outro que vos observa, espera e ama. E certamente não vos sentireis desiludidos ou abandonados, antes experimentareis a alegria nova de uma resposta embriagante;- eis que estou contigo.

            De modo muito particular, temos Deus junto de nós e em nós no momento da comunhão, em que a participação na santa missa chega ao seu momento culminante. O efeito próprio deste sacramento – ensina São Tomás de Aquino – é a conversão do homem em Cristo, para que diga com o Apóstolo;- não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Antes da santa missa, devemos preparar a nossa alma para nos aproximarmos do acontecimento mais importante que se dá cada dia no mundo. A missa celebrada por qualquer sacerdote, no lugar mais recôndito, é o evento mais importante que acontece naquele instante sobre a terra, ainda que não esteja presente uma única pessoa sequer. É a coisa mais grata a Deus que os homens lhe podem oferecer;- é a ocasião por excelência de agradecer-lhe os muitos benefícios que Dele recebemos, de pedir-lhe perdão por tantos pecados e faltas de amor... e de solicitar-lhe tantas coisas espirituais e materiais de que necessitamos.

            Quem não tem coisas a pedir? Senhor, esta doença...Senhor, essa tristeza...Senhor, essa humilhação que não sei suportar por teu amor...Queremos o bem, a felicidade e a alegria das pessoas da nossa casa;- oprime-nos o coração a sorte dos que padecem fome e sede de pão e de justiça, dos que experimentam a amargura da solidão, dos que, no fim dos seus dias, não recebem um olhar de carinho nem um gesto de ajuda. Mas a grande miséria que nos faz sofrer, a grande necessidade a que queremos pôr é o pecado, o afastamento de Deus, o risco de que as almas se percam para toda a eternidade.

            Levar os homens á glória eterna no amor de Deus;- esta é a nossa aspiração fundamental ao participarmos da missa, como foi a de Cristo ao entregar a sua vida no Calvário. Desta maneira, também o nosso apostolado se integra na Santa Missa e dela sai fortalecido. Os minutos de ação de graças depois da Missa completarão esses momentos tão importantes do dia, e terão uma influência direta no trabalho, na família, na alegria com que tratamos a todos, na segurança e na confiança com que vivemos o resto do dia. A missa vivida assim nunca será um ato isolado;- será alimento de todas as nossas ações e lhes dará umas características peculiares.

            E na Santa Missa encontramos sempre a nossa Mãe – Santa Maria. Como poderíamos tomar parte no Sacrifício do altar sem recordar e invocar a Mãe do Sumo Sacerdote e Mãe da Vítima? Nossa Senhora participou tão intimamente do Sacerdócio do seu Filho, durante a sua vida na terra, que devia ficar para sempre unida ao exercício desse Sacerdócio.
            Assim como esteve presente no Calvário, está presente na missa, que é prolongamento necessário da Cruz do Senhor. No Calvário, Nossa Senhora assistia o seu Filho que se oferecia ao Pai;- no altar, assiste a santa igreja que se oferece com a sua cabeça. Ofereçamos Jesus pelas mãos de Nossa Senhora. Procuremos ter presente a nossa Mãe Santa Maria durante a Santa Missa, e Ela nos ajudará a participar da imolação do seu Filho com outra piedade e recolhimento.

PIEDADE, MÊS DE NOVEMBRO. GEÍSA MARIA C. M. DA SILVA.


 
 

            Exercícios de Piedade nas segundas- feiras e no mês de Novembro;- como nos ensina a Tradição cristã, é costume fazer piedosos exercícios pelas almas do purgatório nas segundas-feiras, durante o ano todo, e também durante todos os dias do mês de novembro. Neste mês rezamos em especial pelas almas do purgatório, nestes dias pratiquemos em sufrágio das almas o quanto pudermos;- assistir a santa missa, receber a sagrada comunhão, dar esmolas, fazer via sacra, visitar os doentes, enfim, temos á nossa disposição muitas maneiras de sufragá-las.

            Santa missa;- é o maior, mais poderoso e eficaz sufrágio que podemos oferecer a Deus pelos falecidos. É o mesmo sacrifício do calvário. Na santa missa – oferece-se o próprio Deus, para reparar as faltas de toda a humanidade. Pode haver maior sufrágio que a santa missa? Distinguem-se 4 frutos principais do santo sacrifício;- 1- um fruto geral aplicado a todos os fieis vivos e falecidos não separados da comunhão da igreja. 2- um fruto especial aplicado aos que assistem atualmente a santa missa. 3- um fruto especialíssimo aplicado aos que mandam celebrar a santa missa. 4- um fruto ministerial que pertence ao celebrante e é transferível.

            Vale mais assistir devotamente a uma santa missa por nós em vida, ou dar espórtula para se celebrar, do que várias missas após a morte – Santo Anselmo. A cada santa missa celebrada com devoção, saem muitas almas do purgatório. E não sofrem tormento algum durante a missa aplicada a elas. São Jerônimo. Os anjos não somente assistem ao sacrifício da santa missa, senão que no fim acodem voando ás portas do purgatório a libertar ás almas, ás quais Deus aplica a virtude do santo sacrifício que acaba de celebrar. São João Crisóstomo.

            Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graça que atrai o oferecimento do santo sacrifício da missa. São Lourenço Justiniano. Toda santa missa diminui teu purgatório;- toda santa missa alcança-te um grau de glória no céu. São Bernardo. A santa missa é o sol que dissipa as trevas do purgatório. São Francisco de Sales. Na hora da morte, as santas missas ás quais tiveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da santa missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada santa missa podes diminuir a pena devida aos teus pecados...- Santo Agostinho.

Comunhão;- sim, depois da santa missa, não há sufrágio melhor e mais poderoso para socorrer as pobres almas que a santa comunhão. Escreveu São Boaventura. Que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar descanso aos que padecem no purgatório. A comunhão dignamente recebida é um meio especialíssimo para o sufrágio das almas do purgatório, pois na sagrada comunhão oferecemos o próprio Deus. podemos também oferecer a comunhão espiritual pelas almas sofredoras.

            Penitência e boas obras;- a penitência e as boas obras, além de nos serem necessárias, são muito meritórias, e podemos oferecê-las em sufrágio das almas do purgatório. Oferecer alguns momentos de sede – de vez em quando, para matar a sede que as almas do purgatório tem de Deus. mortificar a curiosidade nas leituras, em querer saber tudo, para reparar os pecados cometidos pelas almas por esta falta de mortificação. Dominar a gula, os vícios, etc. fazer atos de humildade para reparar o orgulho cometido por tantas almas que sofrem. Reservar um pouco dos rendimentos para providenciar a celebração da santa missa, e para outros atos de caridade em sufrágio das almas do purgatório.

            Assim, tiraremos duplo proveito;- a nossa santificação e o alívio das almas sofredoras. Uma pequena penitência livremente praticada nesta vida é preferível, aos olhos de Deus, a uma grande penitência imposta na outra. São Boaventura.

            Via – Sacra;- é um excelente meio de sufrágio para as almas sofredoras, a meditação da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos recorda o precioso sangue derramado pela salvação das almas, e nos faz pedir, pelo sangue de Cristo, a libertação das almas do purgatório.
            Se quereis crescer de virtude em virtude, atrair para vossa alma graça sobre graça, entregai-vos muitas vezes ao piedoso exercício da Via- Sacra.

MARIA, A COOPERADORA DE JESUS;- JOSÉ GÁRCIA PAREDES.


 
 

            Maria chegou a ser não só a mãe ama do filho do homem, mas também a companheira singularmente generosa do Messias e redentor... Através da colaboração com a obra de seu filho redentor, a maternidade de Maria conheceu uma singular transformação, enchendo-se cada vez mais de ardente caridade em relação a todos aqueles a quem estava dirigida a missão de Cristo. Por meio desta ardente caridade...Maria entrava de maneira muito pessoal na única mediação de Cristo.

            Jesus, que quis incorporar á sua pessoa á sua obra todos os seus discípulos, também incorporou a si e á sua obra, de uma maneira especial e excepcional, Maria – sua mãe. Desde a infância de Jesus, a mãe e o filho formam uma unidade indissolúvel. Maria, que gera Jesus, dando-lhe um corpo e entregando-se a ele em atitude de total serviço, vai sendo incorporada progressivamente ao corpo de Cristo, que é a Igreja. Jesus é para Maria seu único formador.

O acontecimento de seu filho Jesus é para Maria toda uma revelação;- em seus gestos e palavras ela descobre a vontade do Pai, o projeto do Reino. Acolhia e entendia a revelação com essa intuição, tão peculiar ás mães, especialmente aqueles que tem uma grande interioridade. Maria seguiu constantemente seu filho único, ainda que ás vezes não materialmente. E o seguiu de forma ativa, pondo-se a seu lado, o que é bem expresso por aquelas palavras;- façam o que ele disser!

            Que ela estava ao lado de Jesus se descobre principalmente no momento culminante da cruz. Sua presença ali vai muito além do que poderia sugerir uma interpretação puramente sentimentalista. Nesse momento, Maria recebe de Jesus a missão de cuidar de seus discípulos amados – de cuidar com amor materno dos irmãos de seu filho. Simão Pedro – depois de por 3 vezes manifestar a Jesus seu amor, por 3 vezes recebe a encomenda de cuidar de suas ovelhas.

Maria, após manifestar a Jesus um amor nunca negado, amor que foi até a cruz, recebe de Jesus exaltado não apenas a missão pastoral, mas a missão maternal.

Maria é fiel por antonomásia, o modelo perfeito de acolhida da fé, pregada por Pedro e pelos apóstolos. Eis aí a cooperação de Maria!

Oração;- 

Pai, que quis que seu filho Jesus se fizesse um de nós;-

            Que desejou também que cada um de nós formasse com ele um corpo e participasse de sua missão;-

Hoje admiramos a íntima união que se estabeleceu entre Maria mãe e Jesus, a quem ela seguiu com todo radicalismo.

            Faça com que a ação materna de Maria nos estimule para uma vida em comunhão mais estreita com Jesus, seguindo-o mais de perto. Amém. ---------

 

A CONSTRUÇÃO TEM EFEITOS...GOGRI.


 
A construção tem seus efeitos colaterais;- seria absurdo querer construir um grande prédio sem quebrar, sem fazer sujeira, sem entender que os cascalhos fazem parte. Infelizmente, é exatamente assim que algumas pessoas pensam. Elas abominam os erros, - qual o problema disso? Afinal, ninguém gosta de errar, correto? Mas as pessoas abominam os erros de tal maneira que preferem não tentar ao invés de errar. O nosso modelo educacional sempre focou mais nas notas vermelhas do que nas azuis, os erros aos acertos. Afinal, os pais não são chamados na escola para buscar os boletins dos alunos com notas excelentes, são chamados os pais dos alunos com muitas notas vermelhas.

            Ouvimos nossos coleguinhas nos vaiarem pelas perguntas absurdas, sem sentido e ás vezes ingênuas. Isso nos trouxe uma maneira de agir. É melhor ficar quieto e não se envolver. Espere ou você vai ser vitima de gozação. O problema é que eliminando as perguntas, descartamos as respostas. Assim eliminamos o sucesso proveniente das perguntas certas e das respostas geniais que elas trazem. Há pais que sofreram tanto que, na boa intenção de verem seus filhos livres do que eles passaram, os criam evitando que errem. Não filho não faça isso, pois não vai dar certo. Filho, por aí não;- vai se machucar! Pior ainda, quando os filhos erram, os pais tomam sobre si as consequências dos erros dos próprios filhos. Resultado? Os filhos não se machucam, mas também não aprendem com seus erros. Crescem dependentes da decisão de outros, inseguros.

            No livro O Código do talento Coyle, 2010- o autor faz uma análise interessante do papel do erro no aprendizado. Recentes pesquisas mostram que não são as pessoas de Q.I. elevado que fazem sucesso, mas aqueles que tem mais conexões neurais. Essas conexões aparecem na medida em que repetimos algo com foco durante certo tempo. Para isso, não podemos ter medo do erro. Ou seja, um livro é bom não (apesar dos erros e rascunhos), mas é bom porque existiram erros e rascunhos. Um vendedor é bom não a despeito dos erros, mas é bom por causa deles. Um orador não é bom apesar das mancadas que deu no palco, mas é bom justamente por causa delas.

            Vencedores sabem que aprendem mais no derrota do que nas vitórias. Vencedores fazem das derrotas um trampolim para as vitórias. As derrotas nos ensinam como não fazer, pontos a melhorar, que precisamos de outros, que ninguém está pronto, que somos humanos e precisamos melhorar continuamente. Há algumas décadas, os pilotos aprendiam tudo sobre pilotar em excelentes aulas teóricas. Contudo, o índice de acidentes aéreos e de aviões que caíam por condições climáticas era bem grande. Então, um sujeito de sobrenome Link, em 1929, aprimorou os protótipos de simuladores criando um simulador que desse aos pilotos condições de errarem em solo. Link percebeu que os pilotos deveriam poder errar em solo para aprender a não errar no céu. A principio, ninguém comprou essa ideia. Até que um sujeito da força aérea, ouvindo falar do seu experimento, ajudou a implantar a invenção na força aérea americana, salvando com isso inúmeras vidas. Ou seja, tudo o que você faz hoje, andar, falar, andar de bicicleta, você aprendeu por não ter medo de errar.

            Errar faz parte. Lógico, se você puder aprender com os erros dos outros, melhor. Você não precisa necessariamente errar para aprender, mas, se errar, aprenda com seus erros. Esteja aberto aos erros, eles fazem parte da construção de vencedores. Você pode argumentar que há profissionais que nunca perderam. Mas isso é apenas uma verdade parcial. Talvez eles não tenham perdido como profissionais, o que é quase impossível, mas eles perderam muito enquanto amadores para chegar até lá. Saiba que a invencibilidade não é requisito para o sucesso. Além disso, algumas virtudes, como a paciência, somente se desenvolvem quando desafiadas. A paciência, por exemplo, somente se conquista mediante tribulações e problemas. É impossível ser paciente sem testar a paciência. É impossível amar verdadeiramente sem arriscar-se – confiar sem magoar-se. O remédio é ótimo, porém, pode ter um pequeno efeito colateral. Rafael Cifuentes – no livro Insegurança, medo e coragem (2004), cita o grande pintor Velasquez e suas obras valiosíssimas. Em uma delas, foi tirado um raio X, quando perceberam que, por trás da obra pronta, havia muitos rabiscos e, consequentemente, muitos erros. Para que a obra ficasse pronta e perfeita, foram necessários muitos erros e correções.
            Em um comercial da Nike, Michael Jordan diz;- eu perdi mais 9.000 arremessos em minha carreira. Eu perdi quase 300 jogos. Eu falhei repetidamente e mais de uma vez na minha vida. E é por isso que eu consegui ser bem sucedido. Outro bom exemplo é Winston Churchill, que foi reprovado na sexta série e somente se tornou Primeiro Ministro da Inglaterra depois dos 60 anos. sua vida foi cheia de derrotas e fracassos. Mas ele nunca desistiu. Chegou a dizer um dia;- eu deixaria a política para sempre, se não fosse a possibilidade de um dia vir a ser Primeiro Ministro. Ele conseguiu.

PARA CONSTRUIR ÁS VEZES É PRECISO DESTRUIR;- GODRI. II PARTE


 
            Segunda parte.

Aqui está o mais difícil. Mais difícil que aprender é desaprender. Temos coisas tão arraigadas em nós que é difícil limpar o terreno. Infelizmente, muitos de nós ouvimos a vida inteira que não éramos ninguém – que não éramos tão bons quanto os outros, que estávamos fadados ao fracasso, que não merecíamos. E o pior – passamos a acreditar nisso. Mentiras repetidas passaram a ser verdades para nós. Repito;- mais difícil que aprender é desaprender. Mas, para construir o correto, muitas vezes é preciso destruir o incorreto. Destrua o sentimento de derrota em você;- lembre-se que é apenas um sentimento e os sentimentos não são lógicos.

Você já sentiu algumas vezes que ia ser assaltado e não foi? Sentiu medo por algo que temia acontecer e não aconteceu? Muitas vezes, os sentimentos não condizem com a realidade e devem ser submetidos a força da razão. Sentimentos são importantes e não merecem ser sufocados, mas orientados. Sentimentos são termômetros, no entanto, os termômetros também podem errar.

Para construir é necessário projetar e visualizar;- a visão sempre antecede os grandes feitos. Ela nos mantém caminhando. Você somente realiza aquilo que sonhou algum dia. Nem todos os visionários são realizadores, mas todos, absolutamente todos os grandes realizadores, foram homens visionários. A visão estimula o cérebro a procurar alguma maneira de executar os feitos, nos ajuda a traçar metas concretas de ação e, ainda, nos motiva continuamente.

A Bíblia Sagrada nos conta que foi a visão de uma terra que mana leite e mel, prenunciada por Josué, que fez com que os israelitas acreditassem e apostassem na conquista da terra prometida. Ela continua e molda ações. Peter Drucker, um dos maiores gurus da administração, dizia que;- o melhor jeito de prever o futuro é criando-o. a falta de visão pessoal e profissional é muito mais perigosa que a deficiência visual propriamente dita.

A falta de visão de moldes altos nos torna medíocres, incapazes, acomodados e passivos. A falta de visão cega para as oportunidades da vida. Existem inúmeros exemplos da área profissional. A seguir cito uma frase dita por um executivo no ano de 1928, que demonstrou a tremenda falta de visão que ele teve sobre Fred Aistare, ;- não sabe representar, nem cantar e é careca, dança um pouco.

No entanto, mais tarde, Fred Aistare gravou mais de 30 filmes como ator e dançarino e ganhou um Oscar, em 1949, por ter ajudado no desenvolvimento de musicais no cinema. Um homem sem visão acaba virando um homem pato;- não nada bem, não voa bem, não corre bem, não canta bem, mas pode virar um bom jantar!

Quem não tem visão dá chance para o concorrente vencer. Li algumas piadinhas bem interessantes sobre a falta de visão.- se no filme King Kong os selvagens da aldeia não queriam que King Kong entrasse, porque construíram um portão tão grande?

O mendigo chega para uma senhora e pede uma esmola. – em vez de ficar pedindo esmolas, porque não vai trabalhar? Ao que o mendigo respondeu;- dona, estou pedindo esmola e não conselhos!  E, ainda, outra excelente história;- uma mulher entra em uma loja de roupa e pergunta;- vocês vendem vestido de noite?

E o vendedor responde;- não, de noite estamos fechados! Esta é o cumulo da falta de visão;- um homem queria tanto um aparelho de blu Ray que vendeu a sua única televisão para compra-lo. – risos a parte, visionários são aqueles que enxergam para a frente, desbravam um caminho novo e, por isso, colhem frutos.

São como a historia do vendedor ambulante que bate a porta de uma casa;- - minha senhora, tenho aqui linhas, agulhas, alfinetes, zíperes, grampos, pentes, escovas... – não preciso de nada disso, já tenho tudo! – então que tal comprar esse livro de orações para agradecer a Deus por não lhe faltar nada! Visionários não param nos problemas, procuram soluções constantemente. A exemplo de Steve Jobs ou Henry Ford sobre a criação do seu carro;- se eu tivesse perguntado ás pessoas o que elas queriam, teriam dito um cavalo mais rápido.

 E também o que disse Steve em 2007, comentando sua orientação aos funcionários da Apple em 1997, quando voltou á empresa;- não faz sentido olhar para trás e pensar;- devia ter feito isso ou aquilo, devia ter estado lá. Vamos inventar o amanhã, e parar de nos preocupar com o passado.

Para resumir;- a visão é importante, pois nossa mente subconsciente não distingue quando um pensamento é real ou não! Segundo Denis Waitley, doutor em psicologia comportamental, treinador mental de astronautas e atletas olímpicos e autor de impérios da mente (1996), em muitas circunstâncias – o treinamento mental age exatamente no cérebro como o treinamento prático. Nos anos de 1980 e 1990, Waitley implementou um treinamento de visualização mental no programa Apolo, da Nasa, ao qual foi chamado de Ensaio Motor Visual. A partir da conexão de aparelhos de bioavaliação em atletas, eles pediram que esses atletas se imaginassem correndo. Segundo Waitley 1996, os mesmos músculos utilizados em uma corrida foram ativados quando os atletas se imaginaram correndo.

A imaginação é tudo. Ela é uma previa das próximas atrações. A imaginação envolve o mundo, disse Albert Einstein. Como cristão gosto muito do versículo bíblico que diz;- alem disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos. E isto é um fato. Pensamentos geram ações – geram hábitos – formam caráter. Outro ponto interessante sobre o poder da visão e da imaginação está no filme ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro; A Vida É Bela- 1997.

Nesse filme de ficção, que se passa na Itália durante a segunda guerra mundial, o ator principal, um judeu chamado Guido e seu filho                           Giosué, são levados para um campo de concentração nazista. Mas Guido diz para seu filho que a guerra não passa de uma brincadeira, uma gincana, e que no final os ganhadores serão premiados. Dessa maneira, mantém o menino longe do medo e consegue transformar uma situação difícil em uma brincadeira. Tenha uma visão, um sonho, um projeto para o futuro, seja um visionário, pois isso trará motivação para a sua vida e estimulo para superar as dificuldades e seguir adiante. A construção é mais rápida com uma equipe, estratégia e Constancia;- é claro que nem toda construção precisa ser árdua. Talvez você ache que precise sofrer para chegar lá, pois tudo o que vem fácil não tem valor. Não necessariamente. Devemos procurar sempre o jeito mais fácil de fazer as coisas, a melhor estratégia e, se possível, a ajuda de outros.

Não quero me contradizer, mas expressar que, se for possível, evite a sobrecarga. Porem, esteja preparado para ela. Vencedores treinam arduamente, mas trabalham também com a inteligência. Trabalham duro, no entanto, da maneira correta e mais eficaz. Você já ouviu falar de Dik Fosbury. Eu também nunca tinha ouvido. Ele foi especialista em salto em alturas. O seu nome entrou para a história quando, nas olimpíadas de 1968, quebrou o recorde do salto em altura. E daí? E daí que ele não era nem cotado para estar entre os primeiros colocados. Fosbury era o azarão da competição. Ele não somente ganhou o ouro olímpico como foi o primeiro homem da historia a saltar em altura de costas como conhecemos hoje. A partir do seu salto, todos os atletas de salto em altura usam o denominado Fosbury Flop.

Fosbury causou tamanha euforia no publico presente na competição, que foi aplaudido de pé por mais de 3 minutos sem parar. Ele não era o mais forte, o mais ágil e talvez não fosse o mais preparado. Mas, com certeza, ele foi o melhor estrategista. Conseguiu fazer mais com menos esforço. É exatamente isso, esforço sem estratégia, sem visão e sem foco gera somente uma coisa;- exaustão. O seu esforço precisa ser direcionado, acompanhado de estratégia e, porque não, usado coletivamente. Vencedores sabem que não chegam lá sozinhos. Mesmo grandes personalidades, que são lembradas sozinhas, como Mozart, Pelé, Shakespeare, tiveram ajuda oculta de treinadores, amigos, parceiros.

Nenhum vencedor, absolutamente nenhum, chegou lá sozinho. Ele carrega consigo no gol realizado, na vitoria da corrida, no feito conquistado, o apoio dos familiares, dos amigos, dos treinadores, da instituição, da escola, enfim, de outros. E isso não diminui seus méritos. Ao contrario, saber depender da ajuda dos outros não é sinal de fraqueza, mas da mais nobre inteligência e humildade. Vencedores sabem que precisam de ajuda para chegar lá. Eles estão dispostos a, continuamente – aprender e a ensinar.

Sabem que na vida não existem mestres formados e nem alunos incapazes. Pessoas simples ensinam e pessoas cultas aprendem, e vice-versa. A última coisa necessária;- Constância. Josemaria Escrivá, autor de vários livros e fundador do Opus Dei, disse brilhantemente que não devíamos comemorar as obras a serem erguidas, mas as obras terminadas.

É preciso lembrar que grandes obras como a Muralha da China foram criadas pelo trabalho pequeno, mas constante. Ou seja, milhares e milhares de tijolos colocados continuamente formaram a única obra humana vista da lua;- a poderosa muralha com seus impressionantes 8.850 Km. É mais fácil perder 1 quilo durante 12 meses do que tentar perder 12 quilos em um mês.

É mais fácil assimilar a necessidade de escrever uma página de um livro por dia do que 30 paginas por mês. A conta é a mesma, mas a facilidade é maior se formos constantes na escrita de uma pagina ao dia. A Constancia envolve um pequeno esforço diário, mas repetido na direção daquilo que almejamos. Ou seja, é fácil começar a gerenciar algo, mas é difícil sempre gerenciar bem. Sobre a Constancia, há uma história retirada do livro Razões para sorrir;- os maratonistas, hoje em dia, usam psicólogos esportivos, regimes de treinamento computadorizados e tênis de corrida de última linha. Todas essas coisas podem ajudar, mas Toshihiko Seko não precisou delas para vencer a maratona de Boston, em 1981. Seu programa de treinamento era muito simples e Seko o explicou assim;- eu corro 10 quilômetros de manhã e 20 a noite. Quando os repórteres responderam que esse treinamento era muito simples comparado ao dos outros maratonistas, ele respondeu;- o plano é simples, mas o cumpro a cada dia, 365 dias por ano.
A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO CUMPRE SEUS OBJETIVOS PORQUE NÃO ESTÁ COMPROMETIDA E DISPOSTA A SEGUIR SEUS PLANOS Á RISCA. 

A CONSTRUÇÃO;- DANIEL GODRI JUNIOR.


 
            Primeira parte.

Se você já construiu, reformou ou trabalha com obras você vai saber bem do que eu estou falando;- construção é algo trabalhoso, que leva tempo, incomoda e testa o seu casamento. A construção leva tempo porque, na prática, não acontece aquilo que gostaríamos que acontecesse. Em uma reforma, por exemplo, não imaginávamos aquele cano escondido, aquela rachadura que apareceria, aquele atraso de material. Depois que reformei minha casa, passei a admirar ainda mais os engenheiros. Eles ganharam posições na minha escala de admiração. Obra não é para qualquer um. Usei como título do livro (construindo um vencedor) justamente por isso. Acredito que o sucesso não é um ato, mas um processo assim como a construção. Nesse processo temos atrasos, temos que desconstruir, temos que trocar peças, demolir e reformar.

            Vivemos, atualmente, a graça da comodidade. Voos mais rápidos e curtos, compras com um clique de um botão, a geração dos controles remotos, fast food, a facilidade de transações pela internet. Tudo isso é uma grande benção. Porém, como efeito colateral, estamos desenvolvendo uma impaciência ímpar. Cada vez menos gostamos de esperar. Queremos e queremos agora. Essa impaciência explica bem porque livros de autoajuda, os quais dizem que você não precisa fazer absolutamente nada, vendem quantidades absurdas nas livrarias. Relaxe, concentre, foque e medite, o resto o universo  fará por você.

            Deite-se na rede, mentalize, uunn relaxe mais um pouco e uunn o universo já está trabalhando. Você não precisa fazer nada a respeito. Assim como a grama cresce sem a sua ajuda, o universo fará com o seu sucesso. Será mesmo? Quando vemos um filhote de uma ave nascer, achamos que ele já estava pronto dentro da casca. Mas isso não é verdade. Esquecemos que lá dentro ele estava sendo gestado. Embora possamos ver o nascimento como um ato, a gestação é um processo, uma construção. Sendo assim, a vitória de um atleta é um ato, mas seu treinamento para a vitória é um processo. A graça de um casamento um ato, mas a conquista um processo. A assinatura de um contrato milionário um ato, a venda realizada um processo.

            Acostumamos a, falsamente, acreditar em atalhos para o sucesso. E isso não somente na área profissional, mas em todas as outras;- na educação, na estética, no casamento, na família. Não quero dizer que sou contra a tecnologia em absoluto. Quero dizer que sou contra a ideia de algo imediato em um piscar de olhos e sem esforço algum. As primeiras coisas que você precisa entender;- é possível construir um campeão em você. Para construir é preciso destruir. – para construir é necessário projetar e visualizar. – a construção é mais rápida com uma equipe, estratégia e constância. – a construção tem efeitos colaterais.

            É possível construir um campeão em você;- antes de construir, você precisa calcular os gastos, verificar se a obra pode ser concretizada e o que é possível fazer em determinado terreno. Para que você comece a se construir, você precisa se conhecer. Um dos meios mais rápidos de ascensão profissional e pessoal do ser humano começa quando ele se conhece verdadeiramente. Isso parece um clichê, mas é algo muito real e importante. Tanto é que o autoconhecimento parece ser ponto comum de livros cristãos, budistas e livros de psicologia. Johari, criador da teoria chamada Janela de Johari, percebeu que há pontos cegos na nossa autoavaliação. Como assim?

            É mais ou menos quando você olha no retrovisor do carro e não enxerga todos os pontos necessários. Algumas vezes quase causamos acidentes por isso. Existem pontos cegos da visão. Do mesmo modo, Johari percebeu que, na vida do ser humano, existem pontos cegos á nossa percepção, no que diz respeito á nossa vida. Ele dividiu a janela em quadro pontos;- 1- área que conhecemos e outros conhecem. 2- área que conhecemos e outros não conhecem. 3- área que não conhecemos e outros conhecem. 4- área que não conhecemos e outros não conhecem.

            Faz-se necessário o conhecimento de nosso terreno para que evitemos construir sobre áreas onde a fundação no será forte o suficiente. Explico;- você deve se concentrar nos seus pontos realmente fortes e não nos fracos. Em um livro de David Jeremiah (2008), li uma explanação fantástica sobre isso. Você compraria um carro que;- não tem porta malas;- não tem janelas;- não tem assento passageiro;- não tem luz de freios;- não tem alto-falantes;- não tem ar condicionado;- não é hidramático;- não tem air bag e navegador;- não tem buzina;- não tem porta luvas. Não compraria? Provavelmente nem eu. Mas esse carro existe e é da Nascar- a maior associação automobilística americana. Esse carro não tem nenhum desses itens e outros mais. No entanto, ele cumpre muito bem o seu papel sendo um carro de corrida.

            Você não deveria focar naquilo que lhe falta, mas naquilo que você tem. Você não deveria comer as sementes que a vida lhe deu, deveria jogá-las na terra. Claro, acredito que você pode se desenvolver em qualquer área, mas sei também que existem áreas que você tem uma facilidade instintiva. Naturalmente você gosta de matemática ou de português, de musica ou de pintar, de ser melhor para si ou para os outros, de calcular espaços ou de sentir o ambiente.conhecer-se evitara esforços exagerados para tentar erguer uma obra que dependerá mais tempo, mais esforços, exaustão  e mais recursos. Talvez o seu ponto cego seja achar que você não possui talento nenhum. Isso é uma grande mentira. Eu sei que não te conheço – mas conheço muito bem sobre pessoas e sei que todos, absolutamente todos, tem pontos fortes a serem desenvolvidos.

            Rick Warren, em seu livro Uma Vida Com Propósito (2003), afirma que uma pesquisa mostra que todo ser humano possui em média 700 habilidades. A despeito do que lhe falaram, de com quem você foi comparado, você tem um potencial exclusivo para construir algo extraordinário em alguma área da sua vida. Thomas Edison, citado em inúmeros livros, inventor da lâmpada elétrica e de mais de mil invenções, foi aconselhado pelos professores a abandonar a escola e a voltar para a área rural. Albert Einstein, físico notável e matemático, foi chamado de retardado por um professor da escola pela dificuldade em acompanhar as aulas. Michael Jordan, melhor jogador de basquete de todos os tempos, foi cortado do time da escola. Walt Disney – criador da Disney e de inúmeros personagens que alegraram nossa infância, foi despedido do jornal, pois disseram que ele não era criativo.

            A banda The Beatlles teve seu trabalho negado por uma grande gravadora americana. Assim como Elvis Presley, pois disseram que sua forma de dançar era muito esquisita. Os exemplos são inúmeros e não param por aí. Cafu, que foi jogador de futebol da seleção brasileira, foi recusado por 9 clubes. Ronaldo, o fenômeno, eleito 3 vezes o melhor jogador do mundo – quando jovem foi dispensado pelo flamengo. Silvéster Stalone ouviu inúmeras vezes o pai chama-lo de retardado e sem cérebro, e foi aconselhado pelo próprio pai a desenvolver seus músculos, porque era burro demais para tentar fazer outra coisa.

            Em um de seus livros, Zig Ziglar citou uma conquista feita com os 300 maiores lideres mundiais de todos os tempos. O estudo mostrou que 25% deles tinham graves deficiências físicas e cerca de 50% vieram da mais extrema pobreza ou sofreram grandes maus tratos físicos. Porque estou dizendo isso? Para que você acredite que construir em você uma pessoa melhor é possível. De fato, isso é essencial para a sua transformação;- crer que você pode mudar e mudar para melhor! Carol Deweck desenvolveu a teoria dos códigos mentais. Segundo ela, existem os códigos mentais fixo e construtivo. As pessoas com códigos mentais fixos acreditam, por exemplo, que são burras. As pessoas com códigos mentais construtivos acreditam que estão burras ou ignorantes. Ou seja, alguns acreditam que são e outros que estão. O primeiro modelo acredita que sempre será assim e que podem até mudar o jeito de fazer as coisas, mas não a sua própria essência. O segundo modelo mental, o construtivo, acredita que não importa quem você seja, é sempre possível uma mudança significativa. Pessoas com o segundo modelo mental tendem a se dar melhor na vida. Contudo, é essencial ressaltar que mesmo pessoas que pensam da primeira maneira podem aprender a pensar da segunda. Sendo assim, isso não é estático, você pode, sim mudar!
            Temos, as vezes, respostas aos nossos filhos que refletem um jeito incompleto de analisar as coisas e refletem um código fixo de pensamento. Por exemplo, quando nosso filho tira notas boas e dizemos a ele Parabéns você é inteligente! Ao invés de dizer Parabéns, você se preparou e estudou e olha o resultado!, temos a falsa impressão de que bons resultados dependem mais de uma facilidade ou aptidão natural do que de esforços e treinamento. E isso precisa mudar. Você pode mudar e ser melhor, é possível reescrever a sua história!

TODO SER HUMANO PASSA POR INVERNOS EXISTENCIAIS;- AUGUSTO CURY.


 
 

            Toda e qualquer pessoa passa por turbulência em sua vida. As dores geradas por problemas externos ou por fatores internos são os fenômenos mais democráticos da existência. Um rei pode não ter problemas financeiros, mas pode ter problemas internos. A princesa Diana era elegante e humanística e não atravessava problemas financeiros, mas, pelo que consta, possuía dores emocionais intensas, sofria crises depressivas. Talvez sofresse mais do que muitos miseráveis da África ou do Nordeste Brasileiro. As pessoas que passam por dores existenciais e as superam com dignidade ficam mais bonitas e interessantes interiormente. Quem passou pelo caos da depressão, da síndrome do pânico ou de outras doenças psíquicas e o superou se torna mais rico, belo e sábio. A sabedoria torna as pessoas mais atraentes, ainda que o tempo sulque a pele e imprima as marcas da velhice.

            Uma pessoa que tem medo do medo, medo da sua depressão, das suas misérias psíquicas e sociais, tem menos equipamento intelectual para superá-las. O medo alimenta a dor. Aprender a enfrentar o medo, a atuar com segurança nos sofrimentos e a reciclar as causas que patrocinam os conflitos humanos conduz uma pessoa a reescrever sua história. Todos nós gostamos de viver as primaveras da vida, viver uma vida com prazer, com sentido, sem tédio, sem turbulências, em que os sonhos se tornem realidade e o sucesso bata á nossa porta. Entretanto, não há um ser humano que não atravesse invernos existenciais. Algumas perdas e frustrações que vivemos são imprevisíveis e inevitáveis. Quem consegue evitar todas as dores da existência? Quem nunca teve momentos de fragilidade e chorou lágrimas úmidas ou secas? Quem consegue evitar todos os erros e fracassos? O ser humano, por mais prevenido que seja, não pode controlar todas as variáveis da vida e evitar determinadas angústias.

            Todos passamos por focos de tensão. As preocupações existenciais, os desafios profissionais, os compromissos sociais e os problemas nas relações interpessoais geram continuamente focos de tensão que, por sua vez, geram estresse e ansiedade. Esses focos podem exercer um controle sobre a inteligência que nos impede de ser livres, tanto na construção quanto no gerenciamento dos pensamentos. Ás vezes, a atuação dos focos de tensão é tão dramática que exerce uma verdadeira ditadura sobre a inteligência. Quem cuida apenas da estética do corpo e descuida do enriquecimento interior vive a pior solidão, a de ter abandonado a si mesmo em sua trajetória existencial. As pessoas que vivem preocupadas com cada grama de peso fazem de suas vidas uma fonte de ansiedade. Elas tem grande dificuldade de superar as contrariedades, as contradições e os focos de tensão que surgem na trajetória existencial.

            A ditadura dos focos de tensão torna o ser humano uma vítima de sua história, e não um agente construtor dela, um autor que reescreve seus principais capítulos. É mais fácil sermos vítimas do que autores de nossa história. Muitas pessoas são marionetes da circunstâncias da vida, não conseguindo redirecionar e repensar suas histórias. Cristo via as dores da vida sob outra perspectiva. Enfrentava as contrariedades sem desespero, não tinha medo da dor nem das frustrações pelas quais passava. Muitos o decepcionavam, até os seus íntimos discípulos o frustravam- mas ele absorvia aquelas frustrações com tranquilidade. Como mestre da escola da existência, treinava continuamente seus discípulos para superarem seus focos de tensão, para enfrentarem seus medos e seus fracassos. Assim, poderiam reescrever suas histórias e corrigir suas rotas com maturidade.

            Certo dia, Jesus teve um diálogo curto e cheio de significado com seus discípulos. Disse;- no mundo passais por várias aflições, mas tende bom ânimo, pois eu venci o mundo. Ele reconheceu que a vida humana é sinuosa e possui turbulências inevitáveis, encorajou seus íntimos a não se intimidarem diante das aflições da existência, mas se equiparem com ânimo e determinação para superá-las. Disse que tinha vencido o mundo, superado as intempéries da vida, o que indica que ele não vivia sua vida de qualquer maneira, mas com consciência, com metas bem estabelecidas, como se fosse um atleta.   

CRISTO EXTRAÍA SABEDORIA DA SUA MISÉRIA;- AUGUSTO CURY. LIVRO O MESTRE DOS MESTRES.


 
            Cristo estava sempre conduzindo as pessoas a reescreverem suas histórias e a não serem vítimas das intempéries sociais e dos sofrimentos que viviam. Ele se preocupava com o desenvolvimento das funções mais altruístas da inteligência. Desejava que as pessoas tivessem domínio próprio, administrassem os pensamentos e aprendessem a trafegar nas avenidas da perseverança diante das dificuldades da vida. Jesus foi ofendido diversas vezes, porém sabia proteger a sua emoção. Alguns fariseus diziam que ele era o principal dos demônios. Para alguém que se colocava como o Cristo – essa ofensa era muito grave. Mas as ofensas não o atingiam. Somente uma pessoa forte e livre é capaz de refletir sobre as ofensas e não ser ferida por elas. Ele era forte e livre em seus pensamentos, por isso podia dar respostas excepcionais em situações em que dificilmente havia espaço para pensar, em situações em que facilmente a ira nos invadiria.

            Nem mesmo a possibilidade de ser preso e morto a qualquer momento parecia perturbá-lo. Ele transcendia as circunstâncias que normalmente nos sobrecarregariam de ansiedade. Tinha muitos opositores, todavia manifestava com ousadia seus pensamentos em público. Tinha todos os motivos para sofrer de insônia, contudo não perdia noite de sono, dormindo até em situações turbulentas. Certa vez, os discípulos, que sendo pescadores eram especialistas em mar, ficaram intensamente apavorados diante de uma grande turbulência marítima. Enquanto eles estavam desesperados, Cristo dormia. Ele não era pescador nem estava acostumado a viajar de barco. Quem não está habituado a navegar costuma sentir enjoo na viagem, principalmente se o mar estiver agitado. Desesperados, os discípulos o despertaram. Acordado, ele censurou o medo e a ansiedade deles e com um gesto acalmou a tempestade. Os discípulos, mais uma vez intrigados, perguntavam entre si;- quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem...? o que quero enfatizar aqui não é o ato sobrenatural de Cristo, mas a tranquilidade que demonstrava diante das situações em que o desespero imperava.

            Ele agia serenidade quando todos ficavam apavorados. Preservava sua emoção das contrariedades. Muitos fazem de suas emoções um depósito de lixo. Não filtram os problemas, as ofensas, as dificuldades por que passam. Pelo contrário, elas os invadem com extrema facilidade, gerando angústia e estresse. Todavia, Cristo não se deixava invadir pelas turbulências da vida. Ele administrava a sua emoção com exímia habilidade, pois filtrava os estímulos angustiantes, estressantes.

            Não apenas o medo não fazia parte do seu dicionário da vida, mas também o desespero, a ansiedade, a insegurança e a instabilidade. Os discípulos contemplavam seu mestre atenta e embevecidamente e assim, pouco a pouco, aprendiam com ele a ser fortes e livres interiormente, bem como seguros, tranquilos e estáveis nas situações tensas.

            Todos elogiam a primavera e esperam ansiosamente por ela, pois pensam que as flores surgem nessa época do ano. Na realidade, as flores surgem no inverno, ainda que clandestinamente, e se manifestam na primavera. A escassez hídrica, o frio e a baixa luminosidade do inverno, castigam as plantas, levando-as a produzir metabolicamente as flores que desabrocharão na primavera. As flores contêm as sementes, e as sementes nada mais são que uma tentativa de continuação do ciclo da vida das plantas diante das intempéries que atravessam no inverno. O caos do inverno é responsável pelas flores da primavera.

            Ao analisar a história de Cristo, fica claro que os invernos existenciais pelos quais ele passava não o destruíam, pelo contrário, geravam nele uma bela primavera existencial, manifesta em sua sabedoria, amabilidade, tranquilidade, tolerância, capacidade de compreender e superar os conflitos humanos.

AS ESTAÇÕES DO CORAÇÃO;- POWELL..


 
            Já imaginei nossas emoções como crianças em volta dos pais, mãe Inteligência e pai Vontade. Muitas vezes as crianças tentam andar em cima de cercas altas, espiar do alto de penhascos e adotar ursos cinzentos como animais de estimação. Chutam, gritam e protestam quando não deixam que acendam fogueiras perigosas ou brinquem com facas afiadas. A mãe Inteligência e o pai Vontade tem de ser firmes e determinados. Alguns pais dizem que a insanidade é, de fato, herdada;- você a pega dos filhos.

            Na primeira vez em que uma pessoa tentar vencer esse desafio de se ampliar, de sair para fora das velhas zonas de conforto e entrar em outras regiões, os filhos (as emoções) com certeza vão protestar. Vão começar a chutar e gritar, chorar e resmungar. A imaginação (um sentido do interior) vai pintar quadros horríveis de constrangimento e fracasso. Vai fazer ruídos assustadores. O mundo vai acabar com um (big bang)! Pelo menos vai haver uma grande explosão. Alguém, provavelmente eu, vai desmaiar de verdade. A lei de Murphy (tudo quanto puder dar errado vai dar errado!)- vai prevalecer mais uma vez.

            Mas, se a mãe Inteligência e o pai Vontade forem fortes o bastante, eles é que vão prevalecer. E, acredite se quiser, o mundo não vai dissolver-se  no nada. Não vai haver explosão alguma. Ninguém vai desmaiar ou morrer. E o velho Murphy não vai aparecer. Mas essas são apenas algumas coisas que não vão acontecer. O que vai resultar de nossa amplificação é que o mundo ficará maior para nós e nossa vida se tornará mais plena e mais satisfatória. Serão revelados talentos de cuja existência nem suspeitávamos. Você se lembra da primeira vez em que nadou sem ninguém o segurar, ou da primeira vez em que acertou o alvo na mosca? Eu consegui! – anunciou você a si mesmo e ao mundo. Você não se afogou, nem errou o tiro. Você conseguiu! Uma nova autoconfiança e um novo mundo foram criados para você naquele momento. Isso sempre acontece quando nos amplificamos.

                                   Texto de arrancar máscaras, abandonar papéis.

O QUE NOS LEVA AO PURGATÓRIO? GEÍSA MARIA DA SILVA.


 
 

            A tibieza e o pecado venial;- a tibieza é o hábito não combatido do pecado venial, ainda que seja um só. Santo Afonso. A tibieza mina o espírito – sem que as pessoas percebam, enfraquece-nos espiritualmente, amortece as energias da vontade e do esforço. Afrouxa a vida cristã. É um sistema de acomodações na vida espiritual do cristão. Há muitos sinais de tibieza, mas o que a caracteriza é o pecado venial deliberado e habitual. Tudo quanto ofende Nosso Senhor nunca é leve ou coisa sem importância para uma alma fervorosa. O pecado venial é uma ofensa a Deus e nele há;- 3 circunstâncias agravantes;- 1- uma injúria á Majestade Divina. / 2- Revolta contra a autoridade de Deus. / 3- Ingratidão á Bondade Eterna.

            O hábito dos pecados veniais tira dos nossos olhos a malícia do pecado grave e, em breve, não receamos passar das faltas mais leves aos maiores pecados. São Gregório. – depois da morte, as menores penas que nos esperam é algo maior do que tudo que se possa padecer neste mundo. As menores faltas são punidas severamente. Santo Anselmo.

            O que devemos fazer? Eis as palavras de Santo Agostinho;- devemos, pois, socorrer os falecidos. 1- em razão do parentesco de sangue. 2- por gratidão, aos benfeitores nossos. 3- por justiça. 4- por caridade. O Santo Cura D’Ars, São João Batista Vianney, era um devoto fervoroso das almas do purgatório. Pedira a Deus a graça de sofrer muito. Os sofrimentos do dia, oferecia-os pela conversão dos pecadores, e os da noite, pelas almas do purgatório. Se soubéssemos como é grande o poder das boas almas do purgatório, em nosso favor, sobre o Coração de Jesus, e se soubéssemos também quantas graças poderíamos obter por intercessão delas, é certo, não seriam tão esquecidas. São João Batista Vanney.

            Como podemos ajudá-las? Um dia Santa Gertrudes rezava com fervor pelos falecidos, quando Nosso Senhor lhe fez ouvir estas palavras;- eu sinto um prazer todo especial pela oração que me fazem pelos fiéis defuntos, principalmente quando vejo que a compaixão natural se junta a boa vontade de a tornar mais meritória. A oração dos fiéis desce a todo instante sobre as almas do purgatório, como um orvalho refrigerante e benéfico, como um bálsamo salutar que adoça e acalma suas dores, e ainda as livra das suas prisões mais ou menos rapidamente conforme o fervor da devoção com que é feita.

            E ainda noutra ocasião;- muitíssimo grata me é a oração pelas almas do purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna. Aplicando as indulgências recebidas na oração em sufrágio, para o alívio e libertação das almas do purgatório. Aqui vemos a importância das indulgências;- através delas pagamos á JUSTIÇA DIVINA o que  devemos, ou as oferecemos pelas almas, para que elas possam, assim, pagar o que devem á Justiça Divina e se libertarem para entrar no gozo Celeste.

            Salmo 129 / 130 – de profundis;- é um dos 7 salmos penitenciais, e é uma oração indulgenciada. Orações canônicas do Breviário ou Divino Ofício, Orações Oficiais da Igreja. A oração é a chave de ouro que abre o céu. Santo Agostinho.

            Sofrimento;- aliviemos as almas do purgatório, aliviemo-las por tudo o que nos penaliza, porque Deus tem cuidado em aplicar aos mortos os méritos dos vivos. São João  Crisóstomo. Podemos aceitar os nossos sofrimentos com amor e humildade, oferecendo-os em sacrifício pelas almas, a fim de que elas sofram menos. É meritório para nós (santificação) e para as almas (alívio dos sofrimentos), oferecer  ao Nosso Senhor Jesus Cristo a cruz de cada dia pelos nossos falecidos. Quem não tem a sua cruz? É bom lembrar que aceitando os sofrimentos da vida, em espírito de reparação, estaremos diminuindo as penas que poderemos experimentar se formos para o purgatório. Não sabemos o nosso futuro.

            Ato heroico;- é o ato que consiste em oferecer á Divina Majestade, em proveito das almas do purgatório, todo o valor satisfatório das obras que fizermos durante a vida, e todos os sufrágios (orações e atos de piedade pelos mortos) que forem aplicados á nossa alma depois da morte.este ato há de ser feito em perpétuo, isto é, por toda a vida, continuando após a morte, mas não obriga sob pena de pecado. A pessoa pode renunciá-lo, sem cometer pecado mortal nem venial. Pelo ato heroico não renunciamos ao mérito de nossas boas obras, isto é, o fruto meritório, que nos dá nesta vida um acréscimo da graça e da glória no paraíso. Este merecimento é nosso e não podemos ceder aos outros.

            Além disso, tudo o mais que fizermos será em proveito das almas do purgatório. Desde que façamos o ato heroico, todas as indulgências que lucrarmos serão das almas. Só a indulgência plenária na hora da morte não é aplicável aos falecidos. O ato heroico não impede de rezarmos pelas próprias intenções e pelos falecidos. Quem não tem a sua cruz? É bom lembrar que aceitando os sofrimentos da vida, em espírito de reparação, estaremos diminuindo as penas que poderemos experimentar se formos para o purgatório. Não sabemos o nosso futuro.

            Ato heroico;- é o ato que consiste em oferecer á Divina Majestade, em proveito das almas do purgatório, todo o valor satisfatório das obras que fizermos durante a vida, e todos os sufrágios (orações e atos de piedade pelo mortos) que sofrem aplicados á nossa alma depois da morte. Este ato há de ser feito em perpétuo, isto é, por toda a vida, continuando após a morte, mas não obriga sob pena de pecado. A pessoa pode renunciá-lo, sem cometer pecado mortal ou venial. Pelo ato heroico não renunciamos ao mérito de nossas boas ações, isto é, o fruto meritório, que nos dá nesta vida um acréscimo da graça e da glória no paraíso. Este merecimento é nosso e não o podemos ceder aos outros.

            Além disso, tudo o mais que fizermos será em proveito das almas do purgatório. Desde que façamos o ato heroico, todas as indulgências que lucrarmos serão das almas. Só a indulgência plenária na hora da morte não é aplicável aos falecidos. O ato heroico não impede de rezarmos pelas próprias intenções e pelos falecidos.o ato heroico não nos impede de utilizar a força impetratória da oração por alguma alma em particular, mas a entrega que se faz em favor das almas sofredoras neste ato, na qual cedemos o valor satisfatório, é feita, em geral, por todas as almas, e não em favor de uma ou outra em particular.
            É um engano pensar que se perde muito com o ato heroico;- ao contrário, lucra-se mil vezes mais. Deus não se deixa vencer em generosidade. Este ato é cheio de mérito, é um perfeito ato que nos faz esquecer de nós mesmos para favorecer nossos irmãos e praticar a caridade. A caridade cobre uma multidão de pecados, ensina-nos a Palavra de Deus. esse heroísmo de caridade será recompensado com superabundância de graças em vida e de glória na eternidade. Para realizá-lo, não é prescrita uma oração em especial, pode ser feito espontaneamente. Quando fazemos um ato de penitência e oração, como por exemplo rezar um santo terço de joelhos, há neste ato 3 frutos diferentes. 1- um fruto meritório – que não o podemos perder, é o mérito pessoal de quem o pratica, nos dá um acréscimo de graça e de glória. 2- um valor satisfatório do ato – que é a penitência – o sacrifício, que no ato heroico é para as almas. 3- uma força impetratória que é a oração como oração.