quarta-feira, 5 de julho de 2017

O céu nos espirituais negros; Padre José Brun.


 
            Da revista concilium, Petrópolis, vozes.

Nos campos de algodão da Geórgia e do Mississipi, os escravos negros viam-se ás voltas com as absurdidades da vida humana, sob o chicote aspiravam o céu e também a liberdade, nos estados norte ou na África de origem;-

Sou um pobre peregrino da dor. Estou neste mundo sozinho.

Sem esperança para amanhã. Tento fazer do céu o meu lar.

Ás vezes me sacodem e empurram. Ás vezes não sei onde vagar.

            Ouvi falar de uma cidade chamada céu. Comecei a fazer dela o meu lar.

A morte e ressurreição de Cristo conferem ás pessoas uma liberdade que ninguém pode arrebatar. A expressão é exultante;-  Glória, Glória, Aleluia! FILHO DE DEUS – EIS O QUE SOU!

            Seu destino e o nosso é o reino do céu. Daí o convite, saudosista e futurista, para todos embarcarem no trem do evangelho;-

            Embarquem, filhinhos – há lugar para muito mais.

O trem do evangelho está chegando. Ouço-o bem perto daqui. Ouço o barulho das rodas, ecoando pelos campos.

            Passagem barata, todos podem ir. Cá estão os ricos e pobres. Neste trem não há segunda classe. Nenhuma diferença de passagem.

            Com fundamento na ressurreição de Jesus, o futuro de Deus para seus filhos é a continuação da vida humana para além da morte no seio da eternidade de Deus;-

            Quero ir para o céu quando morrer,

Clamar salvação e voar.

            Quando chegar ao céu vou sentar-me.

            Vou pedir ao meu Senhor uma coroa de estrelas...

            Espere eu calçar os sapatos do evangelho. vou percorrer o céu e levar as novidades.

Finalmente, o cristão chega ao lar do céu para o banquete com Jesus;-

Em brilhantes mansões lá no alto.

Lá, Senhor, quero viver.

Todo dia será domingo no céu.

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