quinta-feira, 6 de julho de 2017

O PAPA NOS PEDE A MISERICÓRDIA;- PAPA FRANCISCO.


 

           

Porque é uma humanidade ferida, uma humanidade que possui feridas profundas. Não sabe como curá-las ou acredita que não é possível curá-las. E não são apenas as doenças sociais e as pessoas feridas pela pobreza, pela exclusão social, pelas inúmeras escravidões do nosso tempo. Também o relativismo fere muitas pessoas;- tudo parece igual, tudo parece o mesmo.

A humanidade precisa de misericórdia. Pio XII, há mais de meio século, disse que o drama da nossa época era termos perdido o sentido do pecado, a consciência do pecado. A isso se acrescenta atualmente o problema de considerar o nosso mal, o nosso pecado, como incurável, como algo que não pode ser curado e perdoado. Falta a experiência concreta da misericórdia. A fragilidade dos tempos em que vivemos é também esta;- acreditar que não existe a possibilidade de redenção, alguém que nos dá a mão que nos levanta, um abraço que nos salva, perdoa, anima, que nos inunda de amor infinito, paciente, indulgente;- que nos coloca de novo nos trilhos.

            Precisamos de misericórdia. Temos de nos perguntar porque tantas pessoas, homens e mulheres, jovens e idosos de todas as classes sociais, recorrem hoje a adivinhos e a cartomantes. O Cardeal Giacomo Biff citava essas palavras do escritor inglês Gilbert K. Chesterton;- quem não crê em Deus não quer dizer que não acredita em nada, porque começa a acreditar em tudo. Uma vez ouvi uma pessoa dizer;- no tempo da minha avó bastava o confessor;- hoje, muitas pessoas vão aos cartomantes...- hoje, procura-se a salvação em tudo que é lugar.

            Sempre existiram adivinhos, magos e cartomantes. Mas não havia tantas pessoas que procuravam neles a saúde e a cura espiritual. As pessoas procuram, sobretudo, alguém que as escute, alguém disposto a dar seu tempo para ouvir seus dramas e as suas dificuldades. É o que eu chamo o apostolado do ouvido, e é importante.

Muito importante. Tenho que dizer aos confessores;- falem, escutem com paciência e, antes de tudo, digam as pessoas que Deus quer o seu bem. E se o confessor não pode absolver, que explique porque, mas que não deixe de dar uma bênção, mesmo sem absolvição sacramental. O amor de Deus existe também para aquele que não está em condições de receber o sacramento;- também aquele homem, ou aquela mulher, aquele jovem ou aquela moça são amados por Deus, são procurados por Deus, desejosos de bênçãos. Sejam afetuosos com essas pessoas. Não as afastem. Ser confessor é uma grande responsabilidade.

            Os confessores tem á sua frente as ovelhas perdidas que Deus ama tanto;- se não lhes demonstrarmos o amor e a misericórdia de Deus, afastam-se e talvez nunca mais voltem.

            Por isso, os abracem e sejam misericordiosos, mesmo que não possam absolvê-los. Dêem ao menos uma benção.

            Tenho uma sobrinha que se casou no civil com um homem antes de ele obter a declaração canônica de que seu primeiro casamento havia sido nulo. Queriam se casar, se amavam, desejavam ter filhos, e tiveram três, inclusive a justiça civil havia lhe confiado a guarda dos filhos do primeiro casamento.

            Seu marido era tão religioso que todos os domingos quando ia á missa, procurava o confessionário e dizia ao sacerdote;-SEI QUE O SENHOR NÃO PODE ME ABSOLVER, MAS PEQUEI NISTO E NAQUILO, AO MENOS ME DÊ UMA BÊNÇÃO.

            ESTE É UM HOMEM RELIGIOSAMENTE FORMADO.

             

 

 

Se você observar nos evangelhos, Jesus mais rezou do que fez milagres.

            Deixou bem claro que os milagres acontecem através da oração.

                                               Edna Cavaletti.

  

A trajetória de um campeão,é saber fazer uma nova leitura da sua vida, sem esquecer o passado. Certamente assim você acertará no futuro.

                                                           Edna Cavaletti.

 

 

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