O
homem que faz, num momento de desespero, opção preferencial pelas armas, detona
em si um perigoso processo de violência.
Pode estar cheio de razão, mas, se
vencer, talvez não consiga voltar á linguagem do diálogo ou do debate político.
Terá sempre a tentação de amedrontar – calar- encarcerar- exilar- ou, matar
quem se puser ás suas idéias.
Quem sobe ao poder pelas armas, quase
sempre as usa para não sair dele.
Perguntem a muitos dos atuais
governantes revolucionários do mundo....
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O
regresso do ex-exilado político aumentou minhas interrogações. Disse ele que
não estava arrependido de nada que fizera. Matou um homem no processo de
assaltar um banco.
Quando se justifica o roubo e a
morte de um cidadão em nome de uma idéia, ou a idéia é podre ou a pessoa é
desequilibrada. Eu teria medo de ser governado por gente tão deformada – a
ponto de matar por uma idéia.
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Os
mais de vinte mil desaparecidos da Argentina, desde 1973 até o fim do regime ditatorial,
provam que violência gera violência. Alguns terroristas criaram um clima de
ódio com seus métodos desumanos. Os militares responderam com ódio igual e até
maior.
E, como o ódio é cego, mataram gente
idealista que tinha a ver com os crimes dos Montoneros e do E. R. P.
Mudar
um país pela violência é loucura! Nunca se sabe a hora de parar!
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