O evangelho de Jesus expõe nosso
egoísmo e desafia tudo quanto é bom e decente em nós;- exige um deslocamento de
nosso centro de gravidade, a saída da prisão do egoísmo para um mundo com os
outros, do egoísmo para a fraternidade, da concupiscência para o amor. Exige de
nós acreditar que o único verdadeiro poder do mundo é o poder do amor. Exige
que amemos não apenas nossos amigos, mas também nossos inimigos. Exige uma
revolução como a de Copérnico, uma metanóia ou conversão. Depois que você diz o
sim da fé para Jesus e aceita seu projeto de plenitude da vida, o mundo inteiro
não gira mais á sua volta, em torno de suas necessidades, de sua gratificação;-
você vai ter que girar em torno do mundo, procurando curar suas feridas,
ressuscitando os mortos com seu amor, encontrando os perdidos, acolhendo os
indesejáveis e deixando para trás todos os interesses egoístas parasitários que
esgotam nosso tempo e nossas energias. Aterrorizante, não? Somos chamados a
sair de nós mesmos, como se saíssemos de uma velha casa, de um lugar onde um
dia vivemos e nos sentimos seguros, para nunca mais voltar.
Depois de realmente encontrar Jesus,
nunca mais somos os mesmos. Essa é a peregrinação da nossa fé. O que a torna
mais assustadora ainda é que não há dinheiro, nem garantias, nenhum mapa que
indique um certo destino, nenhum processo lógico de verificação.
Só aquela voz de Cristo em algum
lugar dentro de nós, pedindo...
Deixe... deixe...- confie em
mim...acredite em mim...- deixe. Talvez fosse demais se ele também não pusesse
delicadamente sua mão na nossa, dizendo;- NÃO TENHA MEDO. EU VENCI O MUNDO.
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Daí-nos
Senhora a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de vós a MÃE
DAS DORES, para que possamos participar de vossos sofrimentos e vos consolemos pelo
nosso amor e nossa fidelidade.
Choramos convosco, Ó RAINHA DOS
MÁRTIRES, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no
céu.
AMÉM.
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