Os católicos se
definem santos por vocação. Deus nos quer santos. E cremos que nossa igreja nos
ajuda a ser santos. Mas também se definem pecadores por contingência. Somos
membros de uma igreja santa e pecadora. Religião não é para anjos. Eles não
precisam de religião. Também não é mais para os que já morreram. Eles já
chegaram.religião é para os humanos e para os vivos. Por isso, numa igreja
vivem os santos e os pecadores. Uns mais, outros menos, mas todos pecadores.
Quando alguém acusar a igreja católica de pecadora, aceite. É a pura verdade.
As outras religiões também são, só que nem todas admitem. Não basta entrar numa
igreja para virar santo. Não importa a religião que sigam, as pessoas podem ser
boas ou más, angélicas ou diabólicas. Mas não é porque receberam o carimbo
desta ou daquela igreja.
Ninguém é santo só porque é católico ou evangélico. Nem
mais iluminado por ser espírita ou messiânico. A medida é o amor. As igrejas
podem ajudar ou atrapalhar. Depende muito dos pregadores e das suas lideranças.
Nós, católicos, cremos que a nossa tem condição de formar santos. Mas está
cheia de pecadores. Eu sou um deles, você, também. Somos igual ao boneco João
Teimoso, que cai, que cai, levanta, cai, levanta. Um dia pára de cair. Naquele
dia começamos a entender a graça de ser católico.
E o sacramento da penitência passa a ter força em nossa
vida. Não há religião sem conversão –
não há igreja sem perdão – mas só se converte e só é perdoado quem primeiro se
sente pecador e acredita que pode ser uma pessoa mais santa do que é. A nossa
igreja é aberta aos dois;- ao santo e ao pecador. Ao pecador – ela repete a
palavra de Jesus;-
Vá e não torne a pecar. Ao que peca,
pouco ela adverte;- reze para não cair em tentação. O espírito está pronto, mas
a carne é fraca.
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A
fé nos assegura que Deus veio ao encontro do homem na pessoa de Jesus Cristo, -
no qual habita toda a plenitude da divindade.
Se, pois, o homem deseja encontrar a
felicidade, é para Cristo que deve orientar os seus passos.
João
Paulo ii em fortaleza.
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