quarta-feira, 8 de março de 2017

Caminho, verdade e vida – padre Zezinho.


 
 

            Jesus era diferente. Os profetas anunciavam um caminho, uma verdade e uma vida que estava no Grande Outro; Deus. Jesus vem em nome de Deus, a quem chama de Meu Pai, e anuncia que ele mesmo é o Caminho, a Verdade e a Vida. E deixou claro que ninguém chegaria ao seu Pai sem ir por ele. Morreu por isso. Acharam-no blasfemo. Não apenas ensinava o caminho. Quem quisesse ser feliz, teria de viver como ele viveu. Difícil de compreender;- não foi fácil para os discípulos acreditarem nele, fazia milagres incríveis e dizia coisas incríveis, mas suas cabeças não assimilavam com facilidade o que Jesus dizia. Dura é essa fala, quem a pode compreender?- disseram alguns. Mateus dá uma luz sobre esse comportamento de Jesus quando repete a profecia de Isaías. Ouvireis o tempo todo mas jamais compreendereis, vereis o tempo todo, mas jamais percebereis. Pois o coração desse povo criou calo, raramente ouvem com os ouvidos, e fecharam seus olhos. Não fosse isso poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos e compreender com seus corações, e eu os curaria. Felizes os seus ouvidos porque ouvem e seus olhos porque veem, nada foi sem esforço. Foi seu método e assim agia para que, vendo, não vissem, e ouvindo, não ouvissem. Mexia com a lógica de seu tempo e a lógica de todos os tempos. Loucos também fazem isso. Seria Jesus um louco? Então foi o louco mais sereno, mais lúcido e mais pensante que o mundo já conheceu. Se com toda aquela sabedoria fosse louco, então o que são os nossos licenciados e doutores? Mais sábios que Jesus?

            Traído, caluniado e torturado;- Judas o traiu por decepção e por achar que levaria vantagem nisso. Os que o caluniaram acharam que estavam salvando sua religião e seu povo. Os que o torturaram, como todo torturador, simplesmente o fizeram porque se sentiam poderosos ao cuspir e pisar num ser humano. Não precisaram de nenhum motivo senão o fato de que eram torturadores, e torturadores acham qualquer motivo para torturar, assim como caluniadores acham qualquer motivo para caluniar;- Jesus foi traído, torturado e caluniado não pelo povo judeu, mas por algumas pessoas incapazes de enfrentá-lo. Não tinham cabeça para desafiá-lo, usaram o jogo político sujo e a força bruta. Era assim antes de Jesus, continuou assim depois dele. Com uma diferença;- as vítimas agora sabem que a morte não é o fim, os fracos, organizados, podem vencer...

            Morreu crucificado;- a morte de Jesus foi dolorosa e humilhante. Carregou sua cruz e nela morreu enquanto alguns desqualificados ainda riam e faziam troça do profeta que ontem mesmo parecia ter tanto poder. Lá estava ele crucificado entre dois ladrões. Igualaram-no a dois marginais. Os donos da fé daquele tempo tinham vencido. Jesus, o seu maior problema naqueles 30 meses, estava morto. Bem feito! Disseram. Antes de morrer, Jesus gritara ao Pai;- perdoai-os Pai. Eles não sabem o que estão fazendo!

            Profeta, libertador mártir;- os seguidores de Jesus afirmam;- nenhum profeta foi maior em Israel. É Maior que Abraão, Isaac e Jacó, maior que Moisés, Jesus veio completar a lei. Os judeus não pensam assim e é um direito que lhes compete. Ainda esperam pelo Messias. Para nós, Jesus é o Messias, profeta, libertador e mártir. Nós cremos que nele cumpriram-se todas as profecias sobre o Messias.

            Pedra de contradição;- porque desafiou o judaísmo, Jesus morreu. Evidentemente não foi o povo judeu que o matou. Foram alguns líderes. O povo gostava dele. Mas Jesus desafiou o poder de alguns grupos. Foi odiado por isso, acusado, condenado e morto. Quem se encarregou disso foram os fariseus e os saduceus, os dois partidos dominantes na época. O motivo foi religioso e político. Os acesos debates com seus adversários deixam entrever que eles foram fechando o cerco. Jesus aceitou o desafio. Venceu-os no debate e foi vencido no jogo político.

            Passou fazendo o bem;- a bondade de Jesus não foi parada nem tímida. Foi uma bondade ativa e corajosa. Perdoou, animou, restabeleceu, encheu de esperança, curou, ressuscitou, foi ao encontro, anunciou e denunciou quando foi preciso. Quis mudar pessoas e estruturas. Enfrentou o mal de coração duro e encheu de ternura os bons e os feridos pela vida. De tal maneira que, mais tarde, Pedro diria;- Deus o ungiu e ele saiu por toda a parte fazendo o bem e curando todos os que estavam sob o poder do demônio porque Deus estava com ele.

            Jesus foi bom, mas não foi bonzinho nem ingênuo. Não deixou por menos. Quando viu maldade, reagiu com força profética. Quando viu dor, pecado e fraqueza, perdoou e ajudou. Gente ruim, ele não tolerava. Maldade premeditada, pecado contra o Espírito Santo, ele não aceitava.

            Protótipo;- São Paulo diz que Jesus é modelo de homem novo, novo Adão, alguém que deu certo e restaurou a humanidade ao seu primeiro projeto. Jesus é o protótipo do que o homem pode um dia vir a ser se o imitar.

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Tema da campanha da fraternidade;- fraternidade;- biomas brasileiros e defesa da vida.

            Um jejum que pode ajudar neste tempo é o jejum do olhar para fora. Abandonar o hábito de ser turistas do alheio para ser exploradores do próprio coração. Jejum também das palavras que podem ser evitadas. Para que o silêncio seja algo familiar ao ouvido e a mente. Estas atitudes podem ajudar a recolher esse eu profundo e pessoal que necessita de momentos de intimidade com Deus, para escutar e falar-lhes tantas e tantas coisas...-palavra e vida 2017.

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            A trajetória de um campeão é saber fazer uma releitura da sua vida. Edna Cavaletti.

Seja um presente de Deus aqui na terra, perdoe, abençoa e siga em frente. As cicatrizes serão curadas pelo Espírito Santo de Deus, que te põe a caminho do céu. Edna Cavaletti.

            Redução penal para os jovens delinquentes com o nosso sistema penitenciário falido, não vai dar certo. Grupos de orações das nossas igrejas, sejam um para raio desta lei maluca, o caminho é outro;- só vamos vencer com orações- com mais sensibilidade e educação. Será que os engravatados não vão enxergar?      Edna Cavaletti.

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