segunda-feira, 5 de junho de 2017

A solidão do homem;- Pare Zezinho (grande professor).


 
 

            Estamos na terra como náufragos num barquinho á deriva. Tão pequeno que ninguém nos veria, nem com potentes instrumentos. Da terra o que se sente e se vê é solidão. Talvez haja outra civilização como a nossa. Talvez haja milhões de planetinhas com hidrogênio, oxigênio, hélio, carbono, nitrogênio e neon e lá haja o DNA, a célula mãe de todas as células vivas, e, de repente, Deus tenha criado milhões ou bilhões de outras terras como a nossa.

            Até agora, porém, nem eles chegaram até nós, nem nós até eles. O ser humano está apenas nascendo. Faz apenas 5.000 anos que o homem começou a contar histórias sobre si mesmo. Os estudos ainda não sabem há quanto tempo o homem existe. E, se existiu nestes últimos 100.000 anos, então não deixou vestígios. São cerca de 40.000 gerações querendo saber o porquê da vida e do universo. A vida existe há cerca de 4 milhões de anos, mas o homem só registra sua passagem há menos de 10.000 anos. E não temos provas definitivas.

            Se o sol demora 200.000 anos para dar uma volta na galáxia, isto quer dizer que o homem começou a se manifestar nesta última viagem do sol pela via láctea, depois de 100 outras viagens. Somos habitantes novos do universo. E, nesse ínterim, muitas civilizações humanas já nasceram, cresceram e morreram sem deixar vestígios. Simplesmente não sabemos quase nada do que está ao nosso redor. Não temos com quem falar. Não conhecemos outros seres inteligentes além de nós. E se mandarmos agora uma mensagem para Antares, na esperança de algum planeta daí ter vida e alguém responder, a viagem da mensagem a 300 mil quilômetros por segundo levaria 424 anos luz( 424x9,5 trilhões de quilômetros) só de ida. Outro tanto de volta. Não estaríamos aqui há mais de 800 anos quando a resposta voltasse.

            Diante deste universo, a solidão sem resposta leva muitos ao ateísmo. Acham estúpido crer no criador que tivesse feito isso tudo sem objetivo nenhum, senão fazer;- preferem um acaso, porque seu credo é o homem. Se não é pelo homem, é inútil o universo vazio. E há também os que, diante da mesma solidão, preferem crer. Sabem que provavelmente nunca verão um ser de outro planeta. Mas continuam perguntando. E enquanto não vem a resposta, preferem acreditar que não é acaso, nem estupidez. Esta explosão tinha uma razão. Nós aparecemos só há 1.000 séculos. Ou foi mais? Ninguém sabe! O Criador da explosão continua a criar. No enigma do universo, somos apenas os primórdios. Talvez as primeiras gotas de um oceano em formação.-----------------------------------------

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