- o demônio existe e atua nas
pessoas e na sociedade. A sua ação é misteriosa, mas real e eficaz.
-quem é o demônio. O seu poder é
limitado. Necessidade da ajuda divina para vencer.
-Jesus Cristo é o vencedor do
demônio. Confiança nele. Meios que devemos utilizar. A água benta.
O
demônio existe. A sagrada escritura fala dele desde o primeiro até o último dos
livros revelados. Na parábola do trigo e do joio, o Senhor afirma que a má
semente, cuja finalidade é sufocar o trigo, foi lançada pelo inimigo. Na
parábola do semeador, vem o maligno e arranca o que se tinha semeado. Alguns,
inclinados a um otimismo superficial, pensam que o mal é meramente uma
imperfeição incidental num mundo em contínua evolução a caminho de dias
melhores. Não obstante, a história do homem sofre a influência do demônio.
Podemos ver nos nossos dias manifestações de uma intensa malícia que não se
explica unicamente pela ação do homem. O demônio, de forma muito diversas,
causa estragos na humanidade.
Não há dúvida de que através de toda a
história humana, existe uma dura batalha contra o poder das trevas, e essa
batalha, iniciada nas origens do mundo, durará, como diz o Senhor, até o último
dia. Pode-se, pois, dizer que o demônio provoca numerosos danos de natureza
espiritual e até, indiretamente, de natureza física, tanto nos indivíduos como
na sociedade.
A ação do demônio é misteriosa, real
e eficaz. Desde os primeiros séculos, os cristãos tiveram consciência dessa
atividade diabólica. São Pedro prevenia os primeiros cristãos;- sede sóbrios, e
vigiai. O vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como leão que ruge,
buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. Como Jesus Cristo, o poder
do demônio reduziu-se consideravelmente, pois ele nos libertou de poder de
satanás, graças a obra redentora de Cristo, o demônio lho permitir, consentindo
no mal e afastando-se de Deus. O Senhor manifesta-se em numerosas passagens do
evangelho como vencedor do demônio, livrando muitos infelizes da possessão
diabólica. Nele está posta toda a nossa confiança, pois ele não permite que
sejamos tentados acima das nossas forças. Portanto, ninguém peca por
necessidade. Consideremos com profundidade, o que isso significa.
O demônio é um ser pessoal, real e
concreto, de natureza espiritual e invisível, que, pelo seu pecado, se afastou
de Deus para sempre, porque o diabo e os outros demônios foram criados por Deus
naturalmente bons;- mas eles, por si mesmos, se tornaram maus;- ele é o pai da
mentira, do pecado, da discórdia, da desgraça, do ódio, do absurdo e do mal que
há em toda a terra.
É a serpente astuta e invejosa que traz a
morte ao mundo, que semeia o mal no coração do homem, o único inimigo que
devemos temer se não estamos perto de Deus.
Seu único fim no mundo, ao qual não
renunciou, é a nossa perdição. E tentará diariamente alcançar esse fim por
todos os meios ao seu alcance. Tudo começou com a rejeição de Deus e do seu
reino, com a usurpação dos seus direitos soberanos, na tentativa de alterar a
economia da salvação e a própria ordem de toda a criação. Encontramos um
reflexo dessa atitude nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais;-
sereis como deuses.
Assim, o espírito maligno trata de
transplantar para o homem a atitude de rivalidade, de insubordinação e de
oposição a Deus que se converteu no motivo de toda a sua existência. O demônio
é o primeiro causador do mal e dos desconcertos e rupturas que se produzem nas
famílias e na sociedade. Suponhamos – diz o Cardeal Newman – que sobre as ruas
de uma cidade populosa se abatia de repente uma total escuridão;- podem
imaginar, sem que eu lhes descreva, o ruído e o clamor que se produziriam.
Transeuntes, carruagens, caros, cavalos, todos mergulhariam no caos.
Assim é o estado do mundo. O
espírito que atua sobre os filhos da incredulidade, o deus deste mundo, como
diz São Paulo, cegou os olhos dos que não crêem, e eis que se vêem forçados a
brigar e a discutir porque perderam o caminho;- e disputam uns com os outros,
uns dizendo isto, outros aquilo, porque não enxergam.
Nas
suas tentações, o demônio utiliza a fraude, já que só pode apresentar bens
falsos e uma felicidade fictícia, que se converte sempre em solidão e amargura.
Fora de Deus não existem, não podem existir, nem o bem nem a felicidade
verdadeira. Fora de Deus só existe escuridão, vazio e a maior das tristezas.
Mas o poder do demônio é limitado, e também ele está sob o domínio e a
soberania de Deus, que é o único Senhor do universo. O demônio – como também o anjo – não chega a
penetrar na nossa intimidade, se nós não o queremos. Os espíritos imundos não
podem conhecer a natureza dos nossos pensamentos. Só lhes é dado pressenti-los
por indícios sensíveis, ou então examinando as nossas disposições, as nossas
palavras ou as coisas para as quais percebem que nos inclinamos. É-lhes
totalmente inacessível o que não exteriorizamos e permanece oculto nas nossas
almas.
Mesmo os pensamentos que eles próprios
nos sugerem, a acolhida que lhes damos, a reação que provocam em nós, nada
disso o conhecem pela própria essência da alma, mas, quando muito, pelos
movimentos e manifestações externas.
O demônio não pode violentar a nossa
liberdade a fim de incliná-la para o mal. É um fato certo que o demônio não
pode seduzir ninguém, a não ser os que lhe prestam o consentimento da sua
vontade. O Santo Cura d’Ars diz que o demônio é um grande cão acorrentado que
arremete, que faz muito barulho, mas que só morde os que se aproximam dele em
demasia.
No entanto, nenhum poder humano pode ser
comparado ao seu, e somente o poder divino o pode vencer e somente a luz divina
pode desmascarar as suas entranhas. A alma que queira vencer a potência do
demônio não o poderá conseguir se oração, nem poderá entender os seus enganos
sem mortificação e sem humildade.
Os atos dos apóstolos resumem a vida
de Cristo com estas palavras. Ele passou fazendo o bem e curando todos os
oprimidos do demônio. E São João, referindo-se ao motivo da Encarnação,
explica;- para isso veio o Filho de Deus, para desfazer as obras do demônio.
Cristo é o verdadeiro vencedor do demônio;- agora será lançado fora o príncipe
deste mundo, dirá Jesus Última Ceia, poucas horas antes da Paixão. Deus decide
entrar na história humana de um modo novo e definitivo, enviando o seu Filho,
na nossa carne, a fim de por Ele arrancar os homens do poder das trevas e de
satanás.
Não obstante, o demônio continua a
deter certo poder sobre o mundo, na medida em que os homens rejeitam os frutos
da redenção. Exerce o seu domínio sobre aqueles que, de uma forma ou de outra,
se entregam voluntariamente a ele, preferindo o reino das trevas ao reino da
graça. Por isso não nos devemos surpreender se tantas trevas vemos triunfar o
mal e ser lesada a justiça. Deve dar-nos uma grande confiança saber que o
Senhor nos deixou muitos meios para vencer e para viver no mundo com a paz e a
alegria de um bom cristão. Entre esses meios contam-se a oração, a
mortificação, a freqüente recepção da sagrada eucaristia e a confissão, bem
como o amor á Virgem Maria. Com Nossa Senhora caminhamos sempre seguros.
O uso da água benta é também uma
proteção eficaz contra a ação do demônio. Perguntas-me porque te recomendo
sempre, com tanto empenho, o uso diário da água benta. Podia dar-te muitas
razões. Bastará, com certeza, esta da Santa de Ávila;- de nenhuma coisa fogem
tanto os demônios, para não voltar, como da água benta. João Paulo ii
exorta-nos a rezar com plena consciência as palavras que dizemos no último
pedido do Pai Nosso;- não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal,
do maligno.
Fazei, Ó Senhor,
que não cedamos ante a infidelidade a que nos induz aquele que foi infiel desde
o começo. O nosso esforço por viver melhor nestes dias é a fidelidade aquilo
que sabemos que Deus nos pede é a melhor manifestação de que, não servirei ao
demônio, queremos opor o nosso serviam pessoal;- EU TE SERVIREI, SENHOR.
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Vamos
refletir?
As tentações que nos espreitam dia
após dia têm uma dimensão cognitiva muito importante. Antes de cair na
tentação, modifica-se de alguma maneira nossa forma de perceber e interpretar a
realidade;-
Deixamos de ver as coisas como Deus
as vê e passamos a lê-las e a interpretá-las como o faz qualquer ser humano,
inclusive teu melhor amigo, como Pedro a Jesus, pode afastar-te de ver as
coisas como Deus as vê. É preciso
habituar-se mais ao discernimento.
Palavra e vida 2017; editora ave Maria.
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Deus
não é como a internet, na qual com um clique se acessa tudo.a esta mulher do
evangelho de marcos 7, 24-30, antes de conceder-lhe a cura da sua filha, ele a
submete á prova, não só para que ela saiba o que traz dentro do seu coração,
mas também para que, como diz São Paulo, a provação gere nela e a paciência
desenvolva nela uma virtude forte.
Jesus permite que essa mulher
experimente a humilhação, como tantas
vezes sucede a ti, porque só depois da provação teu coração estará
preparado para receber o que Deus te quer proporcionar. Palavra e vida 2017.
Ave Maria.
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