segunda-feira, 5 de junho de 2017

O segredo do amor eterno. Powell.


 
 

            Há muitos anos, li um livro a respeito de como falar em público. O título do primeiro capítulo era (nunca tente ser um orador melhor do que a pessoa que você é, pois seu público vai perceber. Lembrava a definição de um bom orador feita por Quintiliano;- uma boa pessoa que fala bem. A implicação óbvia é que nossas motivações em geral se revelam apesar de nossas tentativas de camuflá-las. Todos nos sentimos e somos mal compreendidos de vez em quando mas, a longo prazo, as intuições dos outros a respeito de nossa motivações costumam ser acuradas, mesmo quando incompletas.

As pessoas que tentam dialogar devem, portanto, procurar entender muito bem suas motivações. Acho que existem 3 possibilidades ás quais se deve prestar atenção especial. AREJAMENTO;- quando queremos arejar um cômodo, deixamos o ar entrar. Deixamos sair o ar viciado e os maus cheiros. As emoções também podem se acumular dentro de nós até que sintamos a necessidade de arejá-las, de colocá-las para fora. Pode haver certos momentos em que isso seja necessário mas, quanto menor sua quantidade, tanto melhores serão o diálogo e a relação afetiva.

            O arejamento é essencialmente egocêntrico. Quero me sentir melhor e por isso uso você como lata de lixo para meus detritos emocionais. A necessidade ocasional desse arejamento é compreensível, mas ninguém quer ser lata de lixo habitual, nem um lenço para secar suas lágrimas. Despejar meus problemas emocionais em você para me sentir melhor é estar centrado em mim mesmo. Quando se torna um hábito, surge uma pessoa egocêntrica, e uma pessoa assim tem pouca capacidade de diálogo ou de amor.  

 

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É bom saber;-

            Não há prazer tão agradável quanto o de renovar-se.   Públio Siro.

 

O dever leva-nos a fazer as coisas bem, mas o amor nos conduz a fazê-las com perfeição. Philips Brooks.

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