Há muitos anos, li um livro a
respeito de como falar em público. O título do primeiro capítulo era (nunca
tente ser um orador melhor do que a pessoa que você é, pois seu público vai
perceber. Lembrava a definição de um bom orador feita por Quintiliano;- uma boa
pessoa que fala bem. A implicação óbvia é que nossas motivações em geral se
revelam apesar de nossas tentativas de camuflá-las. Todos nos sentimos e somos
mal compreendidos de vez em quando mas, a longo prazo, as intuições dos outros
a respeito de nossa motivações costumam ser acuradas, mesmo quando incompletas.
As pessoas que tentam dialogar devem,
portanto, procurar entender muito bem suas motivações. Acho que existem 3
possibilidades ás quais se deve prestar atenção especial. AREJAMENTO;- quando
queremos arejar um cômodo, deixamos o ar entrar. Deixamos sair o ar viciado e
os maus cheiros. As emoções também podem se acumular dentro de nós até que
sintamos a necessidade de arejá-las, de colocá-las para fora. Pode haver certos
momentos em que isso seja necessário mas, quanto menor sua quantidade, tanto
melhores serão o diálogo e a relação afetiva.
O arejamento é essencialmente
egocêntrico. Quero me sentir melhor e por isso uso você como lata de lixo para
meus detritos emocionais. A necessidade ocasional desse arejamento é
compreensível, mas ninguém quer ser lata de lixo habitual, nem um lenço para
secar suas lágrimas. Despejar meus problemas emocionais em você para me sentir
melhor é estar centrado em mim mesmo. Quando se torna um hábito, surge uma
pessoa egocêntrica, e uma pessoa assim tem pouca capacidade de diálogo ou de
amor.
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É
bom saber;-
Não há prazer tão agradável quanto o
de renovar-se. Públio Siro.
O
dever leva-nos a fazer as coisas bem, mas o amor nos conduz a fazê-las com
perfeição. Philips Brooks.
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