Judeu como Paulo, fraco entre
fracos....- Jacob Libermann era filho de um rabino judeu radical. Vendo-o como
o seu sucessor, o pai o mandou estudar o Talmude e as Sagradas Escrituras.
Jacob não teve permissão para aprender outras línguas senão o hebraico. Em
Metz, Jacó entrou em profunda crise que derivou para grande indiferentismo
religioso. Passa a interessar-se por outras ciências e idiomas, e um dia
cai-lhe nas mãos o livro dos evangelhos em hebraico. Ele o lê com muito interesse
e fica impressionado pelos muitos milagres operados por Jesus.
Certo dia, dominado pela angústia e
incerteza, de joelhos, suplicou ao Deus de seus pais que lhe revelasse se a
crença dos cristãos era verdadeira e, se fosse falsa, que o afastasse dela, imediatamente.
Libermann escreve;- o Senhor ouviu minhas preces. E passei a acreditar em tudo
sem esforço. Desde aquele instante, nada mais eu desejava tanto que me ver
mergulhado nas águas sagradas. O que aconteceu na vigília do natal de 1826.
Pouco antes de ser ordenado
subdiácono, sofre um ataque de epilepsia. Mais tarde, numa peregrinação a
Loreto, é agraciado com a cura. Certo dia, Libermann é procurado por dois
futuros sacerdotes, um filho de haitiana e o outro das Ilhas Reunião. Queriam
que ele fundasse um instituto para cuidar de ex escravos negros entregues á
própria sorte, analfabetos e embrutecidos pela vida. Ordenado sacerdote, aceita
o desafio e começa a obra dos negros, entre escravos e ex escravos, nas
colônias dos países da Europa.
Na fusão da obra do padre Libermann,
com os Espiritanos, ele foi eleito superior geral. Deixou escritos espirituais,
uma congregação missionária florescente e testemunho de despojamento e
sofrimento pela causa do reino. A regra 12 dos Espiritanos diz;- Assumimos tarefas
para as quais a igreja dificilmente encontra operários. A internacionalidade
dos Espiritanos é sua nota característica. No início do novo milênio os
Espiritanos trabalham em 54 países, preocupados com a inculturação do
evangelho.
Libermann escrevia aos
missionários;- não julgueis á primeira vista, tendo como referência aquilo que
vedes na Europa. Tornai-vos negros com os negros, para formá-los como devem ser
formados, não á maneira europeia. Deixai aos negros aquilo que lhes é próprio;-
comportai-vos com eles como os servos se comportam com seus senhores. E isso o
fareis para levá-los á perfeição, para santificá-los e fazer deles, pouco a
pouco, com o tempo, um povo para Deus.
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